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Planos de saúde pagam R$ 184 mi ao SUS em sete meses, diz ministro
FOLHA DE S. PAULO - SP |
COTIDIANO |
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02/09/2014 |
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Saúde
DO RIO - O governo federal obteve R$ 184 milhões de janeiro a julho deste ano com pagamento de dívidas e ressarcimento ao SUS (Sistema Único de Saúde) feitos por operadoras de saúde.
Em todo o ano passado, foram arrecadados cerca de R$ 183 milhões. Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o valor deste ano será maior por causa do Refis, programa que permite que empresas parcelem dívidas com a União.
O ressarcimento ao SUS é uma obrigação legal das operadoras, que precisam pagar por convênios que tiveram seus beneficiários atendidos pelo sistema, e só vale para internações. |
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Mudança de cenário ainda é leve
VALOR ECONÔMICO -SP |
REVISTA VALOR 1000 MAIORES EMPRESAS |
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02/09/2014 |
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Os efeitos da desaceleração da economia têm baixo impacto no setor, que cresce a dois dígitos
Por Denise Bueno
A indústria brasileira de seguros vem mantendo nos últimos sete anos um desempenho completamente descolado da economia brasileira. O ritmo de crescimento na faixa dos dois dígitos se manteve em 2013 e deve prosseguir neste ano, embora os números do primeiro trimestre apontem ligeira queda (3%) nas receitas lotais. "Apesar do desaquecimento da economia, o setor continua crescendo por conta de pequena penetração do seguro na economia. Não vejo tendência de grande desaceleração nos próximos cinco anos", afirma Marco Antonio Rossi, presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg).
De acordo com os números da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a receita total dos mercados de seguro, resseguro, capitalização e previdência complementar abei ta somou R$ 185 bilhões em 2013, o que representou um aumento de 13,7% em relação ao exercício anterior. Já os 50 maiores grupos seguradores listados no ranking de Valor 1000 exibem um crescimento de 20,4% na arrecadação de prêmios emitidos líquidos nesse mesmo período. Nos primeiros quatro meses de 2014, segundo dados da consultoria Siscorp, houve uma evolução no faturamento em seguros gerais (8%), capitalização (10%) e previdência (5%). E queda de 12% nos prêmios de seguros de pessoas.
Na visão de Acácio Queiroz, presidente do conselho de administração da Chubb Seguros, as seguradoras ligadas a bancos foram as mais beneficiadas em 2013, por conseguirem aumentar a penetração de seguros na base de clientes bancarizados. "Seguradoras independentes, como a Chubb, registraram avanços menores do que companhias que têm agências bancárias como distribuidores de seguros", afirma o executivo. "O ano de 2015 não será diferente de 2014, seja quem for o vencedor das eleições", diz.
Rossi, que lambem preside a Bradesco Seguros, explica que o desempenho da companhia, primeira colocada no ranking de seguros de Valor 1000, é resultado da reformulação da estrutura comercial iniciada em 2013. "Passamos a atuar de uma forma multidisciplinar com foco no cliente, e não mais nos produtos, para ganhar competitividade em algumas aéreas, como a de automóvel", diz.
Independentes ou ligadas a conglomerados financeiros, as seguradoras seguem direcionando o foco de sua estratégia mercadológica para as pequenas e médias empresas. Segundo o Sebrae, o Brasil tem (1,3 milhões de empresas. Deste total, 99% são micro e pequenas empresas (MPEs), responsáveis por mais de dois terços das ocupações do setor privado. Muitas companhias que apostavam suas fichas na área de inlraest rutura reposicionaram a força de vendas para as 1'MEs, uma vez que muitos projetos ainda continuam engavetados.
No Banco do Brasil, que tem entre seus sócios a espanhola Mapfre em riscos patrimoniais e a Icatu em capitalização, as PMEs estão na base da estratégia para manterá BB Seguridade entre as preferidas dos analistas financeiros. Desde que a holding de seguridade do BB entrou na bolsa, em abril de 2013, os papéis já tiveram forte valorização, com o valor de mercado do grupo passando de R$ 32 bilhões para R$ (>6 bilhões no primeiro trimestre de 2014. "Esse é um segmento pouco atendido até agora pelo mercado de seguros, até então focado no varejo, e por isso vemos muitas oportunidades. Quanto a grandes riscos, os governos e empresas sabem que têm de fazer os investimentos em infraestrutura para sustentar o crescimento da economia do país", afirma Marcelo Labuto, CEO da BB Seguridade.
A holding tem como meta chegar a 30% da base de clientes do banco com algum produto de seguridade nos próximos cinco anos. Hoje, a fatia está em 13%. Em 2013, a BB Seguridade apresentou um lucro de R$ 2,26 bilhões, com avanço de 29% na comparação anual. O faturamento total da empresa - que inclui os prêmios de seguro, contribuições de previdência e arrecadação de títulos de capitalização - fechou o ano passado em RS 43,3 bilhões, um crescimento de 30% ante 2012.
Marcos Eduardo Ferreira, CEO da BB e Mapfre para a área de seguros gerais, explica que a companhia ganhou agilidade e preço, simplificando tudo o que é operacional e burocrático."Conquistamos clientes e tornamos a operação brasileira a segunda maior do grupo Mapfre no mundo", diz.
O Itaú Unibanco optou por sair do segmento de grandes riscos e concentrar sua atuação no que o mercado chama de "bancassurance", ou seja, apólices vendidas por meio de um grande banco de dados, seja de correntistas, portadores de cartões de crédito ou mesmo clientes das redes varejistas parceiras. A oferta de produtos poderá incluir até mesmo concorrentes, informa Fernando Teles, diretor da área de seguros do Itaú Unibanco, que tem dois terços da receita proveniente dos clientes do banco e um terço dos clientes das redes varejistas parceiras, como Pão de Açúcar, Walmart, TAM, Vivo, Fiat, entre outras.
"Nossa estratégia está em entender o ciclo de vida, a capacidade de pagamento, as características sociodemográficas de nosso banco de clientes. E faremos a melhor oferta. Seja de um produto criado internamente ou de uma parceira com outra companhia. O nosso lema é ter o produto certo para o cliente certo no canal certo", resume o diretor do Itaú. Neste ano, o Itaú fechou uma parceria com a seguradora americana Prudential para a venda de seguros de vida customizados aos clientes do private bank.
A decisão do Itaú de sair de grandes riscos gerou uma transformação semelhante à abertura do resseguro, em 200H, afirmam especialistas. A ACE Seguradora venceu uma disputa que vinha sendo travada por importantes grupos internacionais ao ofertar R$ 1,5 bilhão pela maior carteira de seguros de grandes riscos do Brasil. A previsão de conclusão do negócio é estimada para o primeiro trimestre de 2015.
"Vejo uma tendência em grandes riscos concentrados nas seguradoras estrangeiras. O que é bom, pois em termos de tecnologia elas estão mais bem preparadas em razão da atuação internacional com experiência cm catástrofes", afirma José Adalberto Ferrara, CEO da Tokio ras que estão saindo deste mercado, a Tokio Marine acredita no crescimento deste nicho, tanto que está agregando pessoas à equipe para alcançar o objetivo de dobrar a participação em grandes riscos, que hoje é de 4,8%", afirma. Em julho, Edson Toguchi deixou o comando das grandes contas do grupo Allianz para cuidar do segmento na seguradora japonesa, que encerrou 2013 com faturamento de R$ 2 bilhões (55% provenientes cle automóvel, 25% de grandes riscos, 9,3% de pessoas e 8% de riscos diversos e massificados).
Renato Rodrigues, CEO da seguradora XI., acredita que a concorrência em grandes riscos ficará mais acirrada. "Para nosso grupo, que trabalha exclusivamente com riscos corporativos, o ritmo mais contido da economia pode ter mais impacto à medida que as empresas enfrentem problemas com fluxo de caixa. No entanto, há uma grande preocupação com gerenciamento de riscos nos grandes grupos e também nas médias e pequenas empresas, que buscam proteção, especialmente de responsabilidade civil", afirma.
O segmento de capitalização conseguiu aumentar a receita em 11,3% e arrecadar RS 8,7 bilhões nos primeiros cinco meses de 2014, segundo Marco Barros, presidente da Federação Nacional das Empresas de Capitalização (Fenacap). Até maio, o setor injetou na economia RS (i bilhões em resgates finais e antecipados, 17,2% a mais do que no ano passado. "Boa parte dos clientes utiliza esses recursos resgatados para aquisição de novos títulos", afirma.
O perfil do público-alvo em capitalização não contempla apenas as classes emergentes, como explica Richard Vinhosa, CEO de vida, previdência e capitalização da Zurich no Brasil. Segundo ele, a carteira da companhia é composta por 70% de clientes da classe C, 10% da D, 5% da B e 5% da A. "Essas pessoas procuram os títulos, sobretudo, para poupança e planejamento na aquisição de bens, viagens e pagamento da universidade dos filhos", afirma.
Com novos competidores e coberturas desde a abertura do mercado, seis anos atrás, o setor de resseguros movimentou KS 7,84 bilhões em 2013, o que representa um crescimento de 21.2% em relação ao ano anterior. As operadoras locais abocanharam (74% desse total (IRB Brasil Re com 32% e outras locais com 32%) e as companhias estrangeiras ficaram com 36%, segundo estudo da resseguradora Terra Brasis.
Ângelo Colombo, presidente da Allianz Global Corporate&Specialty (AGCS), braço ressegurador do grupo alemão, prevê crescer 50% em 2014 e atingir o equilíbrio da operação até 2017. "Estamos operando com rentabilidade, apesar de os investimentos em infraestrutura não terem acontecido no Brasil como prevíamos. Porém, as despesas de implementação ainda estão sendo diluídas", explica. Uma estratégica do grupo AGCN para driblai a frustração com a falta de investimento local foi buscar projetos em outros países, como Colômbia, Chile, Uruguai c Peru.
O ramo de automóvel vem sofrendo com a queda nas vendas da indústria automobilística. O segmento representa cerca de 50% das vencias de seguros gerais. Em 2013 as vendas movimentaram RS 29,3 bilhões, com alta de 19%. Luiz Alberto Pomarole, diretor-vice-presidente da Porto Seguro, sócia do Itaú Unibanco e a maior do segmento, acredita que a carteira deverá ser beneficiada 110 médio prazo pela Lei dos Desmanches, aprovada neste ano. "Se o ladrão não tem para quem vender, o roubo diminui e o preço do seguro cai. Além disso, temos investido na certificação de peças recuperadas de carros batidos que não foram afetadas pelo acidente", diz. Hoje, menos de 30% dos veículos cio país possuem seguro, porém a expectativa do setor é de que este número ultrapasse 50% com o aumento da oferta de seguros para automóveis com mais de cinco anos de uso.
A disputa 110 ramo de seguro auto é grande. A Liberty Seguros, por exemplo, apostou no marketing relacionado à Copa do Mundo. Investiu cerca de R$ 35 milhões na campanha de patrocínio do evento. Segundo Adriana Gomes, diretora de marketing da seguradora,a ativação da marca em mídias sociais gerou mais de 580 mil fãs no Facebook e mais de seis milhões de visualizações no YouTube.
Outra estrangeira empenhada em crescer no mercado brasileiro é a HDI, cuja carteira soma mais de 1,5 milhão de veículos segurados. A seguradora alemã tem ainda disponíveis mais de R$ l bilhão da oferta que fez para compra da carteira de grandes riscos do Itaú, arrematada pela Ace. "O dinheiro poderá ser usado para outra aquisição, desde que identifiquemos um negócio promissor no Brasil e região", afirma João Francisco Borges da Costa, CEO da companhia. A estratégia, segundo ele, é crescer organicamente. Era 2013, o grupo aumentou sua presença no Sul do país (tem 17% de participação no Rio Grande do Sul, 17% no Paraná e 15% em Santa Catarina). A meta agora é conquistar segurados em São Paulo e Rio de Janeiro, Estado onde estão programadas a maioria das inaugurações cle sucursais neste ano. "No curto prazo, o fraco desempenho da indústria automotiva preocupa, mas nosso plano tem um horizonte de cinco anos - e acreditamos que ainda há um grande mercado a ser conquistado no Brasil." |
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Controle maior sobre os gastos
VALOR ECONÔMICO -SP |
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02/09/2014 |
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Operadoras precisam melhorar a gestão para ter rentabilidade e atender 50 milhões de usuários
Por Guilherme Meirelles
Além da inflação de preços de serviços e insumos, que também aflige a todos os brasileiros, os gestores das operadoras de planos de saúde (empresas de medicina de grupo, seguradoras e cooperativas médicas) tem sido obrigados a conviver com a chamada "inflação médica", que há anos cresce acima dos índices oficiais e não dá sinais de que vá arrefecer em um futuro próximo. Mas, cie acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), já há indícios de maior controle por parte das operadoras das chamadas despesas assistenciais (consultas, exames, cirurgias e medicamentos), o que indica uma ação mais positiva das empresas na gestão de seus gastos.
Em 2013, o setor registrou uma receita bruta da ordem de R$ 108 bilhões, crescimento de 9,5% ante 2012. Por sua vez, a.s despesas assistenciais ficaram em RS 90,6 bilhões, alia de 8% no mesmo período. O índice de semestral idade, que mede a relação entre as despesas assistenciais e a receita das mensalidades (ou contraprestações), ficou em 83,7%, recuo de 1,2 ponto percentual, o que proporcionou uma margem operacional de 0,6%, índice ainda baixo, mas significativamente melhor do que em 2012, quando fechou em 2,5%. I)e um modo geral, as margens têm se mantido em níveis baixos, comparadas a outros setores da economia - a margem líquida ficou em 2,2% enquanto o ROF. (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) atingiu 7,1 %, menor índice desde 2009.
Mesmo em patamares distantes do ideal, o número de beneficiários tem se mantido em alta. Até o primeiro tri mestre de 2014, segundo a ANS, havia 50,7 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares, contingente 4,7% superior ao de março de 2013. Só no primeiro trimestre, o crescimento foi de 0,3%. A em idade também aponta a presença de 20,9 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, segmento que cresceu 0,9% no trimestre e 8,4% no acumulado de 12 meses. Em ambas as modalidades, os planos coletivos respondem por cerca de 80% dos beneficiários. O mais recente aumento autorizado pela ANS para esses planos foi de 9,65%, em julho, que atinge também os planos individuais novos (contratados a partir de janeiro de 1999).
Para Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IFSS), o gargalo da inflação médica, que faz com que os reajustes anuais de planos coletivos fiquem na média de 15%, é um problema decorrente de falhas na cadeia produtiva. Fie cita o caso de um stent, que entra no Brasil por RS 2 mil e acaba sendo comercializado a um hospital por até RS 18 mil. "Medicamentos e equipamentos sempre chegam caros aos hospitais e operadoras. São frequentes as denúncias de cartéis", diz. Carneiro cita dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a respeito das fontes de receita dos estabelecimentos. "Os equipamentos, medicamentos e exames representam 64,3% da receita, enquanto diárias de internação respondem por apenas 25,1%. O período de internação hoje é menor, mas os custos de tratamento são mais caros."
Outro ponto que tem onerado as operadoras e impactado nas despesas, diz Carneiro, é a judicialização que envolve as pendências dos planos de saúde anteriores à Lei 9.656/98, que estabeleceu distinções entre os planos antigos e os posteriores à edição da medida. "Devido a conditos envolvendo o Estatuto do Idoso e o Código de Defesa do Consumidor, a maioria dos juizes em primeira instância são favoráveis a beneficiários de planos antigos que não têm direito a determinadas coberturas." Assim, a adaptação das companhias passa por novos sistemas De controle. "A questão da rentabilidade das operadoras está relacionada ao modelo de gestão que elas adotam", afirma Leandro Reis, diretor de normas e habilitações De operadoras Da ANS.
Desde a criação da ANS, em 2001, o número de operadoras de planos médicos e odontológicos vem caindo ano a ano. Hoje são 1.438 operadoras - em 2001 eram aproximadamente 2.700. "É um setor que trabalha com margens reduzidas, e é cada vez mais profissionalizado, que tem passado por um processo de consolidação e uma seleção natural, na qual as operadoras menos preparadas acabam não aguentando o peso dos custos", diz Reis.
Nos últimos anos, duas grandes operações agitaram o mercado: em 2012, a gigante americana United Health pagou RS 6,49 bilhões pelo controle da Amil. líder no ranking de planos de saúde de Valor 1000, com receita bruta de RS 12,284 bilhões em 2013; em março deste ano, foi a vez da Intermédica, sétima colocada no ranking, ser adquirida pelo fundo de private ecjuity Bain Capital por cerca de RS 2 bilhões.
Não há uma receita específica de gerenciamento que contemple todo o setor, até porque a legislação estabelece distinções entre medicina de grupo, seguradoras, cooperativas e autogestão (casos de algumas empresas públicas e corporações privatizadas). No caso da autogestão, as empresas não possuem fins lucrativos e revertem as suas receitas no próprio sistema, diz Denise Eloi, presidente da Unidas, entidade que reúne cinco milhões de beneficiários de 140 empresas. Já entre as medicinas e grupo e cooperativas. uma das medidas que vêm sendo imolantadas é trabalhar cada vez mais com hospitais e clínicas próprias, o que permite maior controle na precilicação.
Com 28 cooperativas entre as 50 maiores do ranking de Valor 1000, a Unimed do Brasil possui uma rede própria de 107 hospitais, 202 pronto-atendimentos, 90 laboratórios, 122 farmácias e 93 centros de diagnósticos administrados de forma autônoma pelas 353 cooperativas do Sistema Unimed, que atendem cerca de 20 milhões de beneficiários. Segundo Eudes de Freitas Aquino, presidente da Unimed Brasil, a estrutura verticalizada permitiu que fosse constituída uma central de compras, com representantes das coligadas, que analisa cotações de todos os insumos, desde itens básicos administrativos até equipamentos cirúrgicos. "Definimos uma lista de preços e a apresentamos aos fornecedores, perguntando se estão dispostos a seguir a tabela. Conseguimos descontos de até 700%", afirma.
Para Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), entidade que reúne 245 operadoras, a tendência à verticalização nada mais é que um retorno à origem da maior parte das operadoras, que se tornaram planos de saúde a partir de um hospital próprio e se expandiram por meio de rede de médicos credenciados.
Segundo o diretor, o ponto mais crítico das despesas está hoje no ramo OPM1 (órteses, próteses e materiais especiais) destinado a cirurgias ortopédicas, em especial as de coluna. "Em média, um paciente faz quatro exames para cada consulta médica. Em muitos casos, são exames desnecessários por ele já ter realizado o mesmo procedimento pouco tempo antes."
A contribuição pecuniária do beneficiário em consultas e exames tende a ser mais frequente nos próximos anos, prevê José Cechin, diretor-executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fena Saúde). "Estudos feitos nos EUA asseguram que a coparticipação do benefíciário é importante para ele perceber que há um custo." Além do modelo de coparticipação, Cechin recomenda às associadas que estimulem junto aos beneficiários a busca por uma segunda opinião médica, principalmente em situações que envolvam cirurgias.Sem citar a seguradora, ele cita o caso em que foi formado um comitê médico multidisciplinar, que analisou 1.600 pedidos de cirurgia de coluna e concluiu que em mil deles não havia necessidade de intervenção.
Para Mauricio Lopes, vice-presidente de saúde e odonto da SulAmérica, segunda colocada no ranking de seguro-saúde,os trabalhos de prevenção e promoção à saúde são prioridades. Por ser uma companhia de capital aberto, diz Lopes, a SulAmérica também adota práticas de governança que incluem rígidos controles de gastos em todas as áreas. "Tenho a base de utilização de remédios, exames e consultas de todos os beneficiários e o histórico de compra de medicamentos por faixa etária, sexo e região." O resultado é o crescimento acima das médias do mercado, como o obtido no primeiro trimestre, no qual o ramo saúde/odonto cresceu 14,7% em faturamento comparado a igual período do ano passado.
Líder no ranking entre as maiores seguradoras, com prêmios ganhos de RS 12,210 bilhões e lucro líquido de RS 636,1 milhões em 2013, a Bradesco Saúde e Mediservice tem aumentado sua participação no mercado por meio de maior escala em planos corporativos, principalmente para pequenas e médias empresas. Juntas, as duas marcas reúnem mais de 4,2 milhões de beneficiários e alcançaram um crescimento de 7,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, com um faturamento superior a RS 3.37 bilhões, alta de 21% ante o primeiro trimestre do ano anterior. "E preciso ter escala para fazer diluição de riscos. O negócio não engloba apenas os custos médicos, e sim despesas administrativas, corretagem e despesas financeiras. As margens do setor estão apertadas, há situação de sinistralidade", afirma o presidente Mareio Coriolano.
Com atuação apenas em planos coletivos, a Bradesco Saúde pretende reforçar a sua atuação junto às pequenas e médias empresas que tenham entre 3 e 199 vidas com o produto SPG (Seguro Para Grupos), que cresceu 23.6% no primeiro trimestre. Hoje, este segmento conta com 788 mil beneficiários em mais de 84 mil empresas atendidas. "Tivemos um crescimento de 159% em quatro anos", afirma Coriolano.
Segundo a ANS, mais de 77% das operadoras estão sediadas nas regiões Sul c Sudeste, o que abre espaço para novos mercados em áreas com potencial de crescimento. A Marítima Seguros, sétima colocada no ranking de Valor 1000, aposta na expansão regional para crescer em escala. No primeiro semestre, iniciou suas atividades em Manaus (AM) e pretende explorar novos mercados em breve. "Vamos buscar pequenas e médias empresas com até 30 vidas", afirma Eduardo Monteiro, diretor-técnico. Segundo ele, a expansão é resultado de um plano de investimentos de KS 7,5 milhões em sistema de controle e tecnologia. No primeiro trimestre, a Marítima registrou RS 145,5 milhões em prêmios líquidos emitidos, alta de 17,4% ante o mesmo período de 2013.
Além dos novos poios regionais, há também nichos específicos. Com planos individuais (15%) e corporativos (85%) voltados exclusivamente para a classe AAAA, com mensalidade média de RS 5.630, podendo alcançar R$ 12.900, conforme a faixa etária, a Otnint pretende crescer entre 12% e 13% no faturamento em 2014, mesmo com as limitações de escala em razão dos preços. A carteira atual é de 105 mil vidas e 2.200 clientes, com permanência média de nove anos. Segundo Andre Coulinho, diretor-geral, o diferencial das coberturas e dos hospitais e clínicas faz. com que o plano seja um bônus para as empresas manterem seus executivos.
Na outra ponta, com planos entre RS 298 e RS 673 mensais, a operadora paulista Prevent Senior vem se consolidando com foco exclusivo em pessoas acima de 50 anos. Com uma estrutura 100% verticalizada oito hospitais, quatro laboratórios e nove clínicas especializadas, todas na Grande São Paulo-, a Prevent Senior consegue um baixo índice de sinistrai idade (63%) ao investir em programas de prevenção para seus 237 mil beneficiários, todos em planos individuais."Queremos chegara 280 mil até o fim do ano e entrar no mercado de Santos. Vamos superar RS I bilhão em receitas", afirma Teresa Cristina Mello, diretora de relações corporativas.
Com uma gestão de riscos menos agressiva e materiais mais baratos, os planos odontológicos conseguem manter resultados mais expressivos. No primeiro trimestre, a Odontoprev, empresa líder de mercado, com 6,2 milhões de beneficiários e 25 mil empresas, registrou receita líquida de RS 282 milhões, alta de 10,7% comparada ao mesmo período de 2013. Segundo Mauro Figueiredo, presidente da Odontoprev, o bom desempenho permitiu que o lucro de R$58,3 milhões do trimestre fosse distribuído aos acionistas. |
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Vacina vem do próprio paciente
CORREIO BRAZILIENSE - DF |
SAÚDE |
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02/09/2014 |
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Fora do Brasil, é realidade a terapia celular, considerada um estágio mais avançado da imunoterapia. Médicos norte-americanos e europeus podem recorrer a uma droga que funciona como vacina para tratar câncer de próstata avançado. O medicamento é produzido a partir de células do próprio paciente, manipuladas em laboratório para que possam combater o tumor. A vantagem da terapia celular é ser um tratamento pouco agressivo e aumentar em quatro meses a sobrevida dos pacientes.
Além de desenvolver medicamentos dirigidos, individualizar o tratamento é identificar os pacientes que podem se beneficiar dele. O diretor de Relações Institucionais do Cetus Hospital Dia, Charles Pádua, lembra que, em um passado não muito distante, todas as mulheres com câncer de mama eram submetidas à quimioterapia para complementar o tratamento cirúrgico. "Hoje, temos testes genéticos que podem determinar se a pessoa com tumor em estágio inicial está ou não em determinado grupo de risco. Isso nos possibilita avaliar quem vai ser eleito para a quimioterapia", destaca.
Esse exame, porém, custa cerca de R$ 10 mil e não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). "Infelizmente, individualizar o tratamento não é barato. A medicina personalizada economiza recursos porque você tem a possibilidade de saber quem são os pacientes que vão precisar daquela droga, mas é tudo muito caro", lamenta o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Evanius Wiermann.
Considerando que quase 80% da população no Brasil é dependente do SUS, o oncologista percebe que os brasileiros acabam divididos entre os pacientes de convênio, que conseguem ter acesso a medicamentos, e os da saúde pública, que estão restritos a poucas opções terapêuticas.
Custo alto
Cada dose do medicamento da linha de imunoterapia que trata pacientes com melanoma custa aproximadamente R$ 70 mil. É preciso tomar pelo menos quatro. Alguns convênios cobrem o tratamento, mas o SUS não. Para ter acesso à vacina para câncer de próstata, os brasileiros precisam ir aos EUA. Wiermann teme que a droga nem chegue ao Brasil devido ao alto custo (mais de R$ 200 mil por três aplicações). "Muitas das patentes vão cair ao longo do tempo e dar espaço para os medicamentos similares, forçando a queda dos preços", enxerga.
Por outro lado, o oncologista Charles Pádua acredita que é preciso ter critério para incluir tanto na rede pública quanto na particular tratamentos que realmente deem resultados. "Temos que tirar o foco do valor do remédio e pensar na pessoa que precisa dele. Não importa se custa R$ 1 mil ou R$ 100 mil, desde que mude a vida do paciente", pontua. No início do ano, foram incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vários medicamentos para o câncer, que devem ser oferecidos pelos convênios. O SUS também passou a oferecer novas drogas, mas ainda não abrange todos os tratamentos. (CA) |
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Bem no alvo para combater o câncer
CORREIO BRAZILIENSE - DF |
SAÚDE |
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02/09/2014 |
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Belo Horizonte - O câncer não é mais visto como uma única doença. Técnicas cada vez mais modernas permitem identificar as alterações genéticas que estimulam o crescimento das células cancerígenas de cada tipo de tumor. Com isso, os tratamentos passam a ser direcionados a alvos específicos e os ganhos na oncologia se mostram expressivos. As novas opções terapêuticas levam esperança para os pacientes e indicam que a medicina personalizada, uma realidade em todo o mundo, pode ser mesmo promissora.
O tratamento do câncer começou a mudar a partir do Projeto Genoma Humano, concluído em 2003, que mapeou toda a sequência do DNA. Em seguida, surgiram análises moleculares precisas, que permitiram dividir a doença de acordo com a alteração genética relacionada a cada tumor. Já se sabe, por exemplo, que existem mais de 30 tipos de câncer de pulmão. "O câncer está sendo estratificado segundo alterações moleculares passíveis de serem combatidas por medicamentos específicos. É como se estivéssemos tratando doenças completamente diferentes. Entre elas, doenças raras, que atingem 1% dos pacientes", informa o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Evanius Wiermann.
Os avanços apontam para o que se chama de medicina personalizada, em que medicamentos são desenvolvidos para combater um determinado tipo de tumor. A terapia-alvo é uma das estratégias que revolucionaram o tratamento do câncer por ser capaz de atingir partes específicas das células cancerígenas, oferecendo menos danos às células saudáveis e reduzindo efeitos colaterais. "Individualizar o tratamento não é nada mais que conhecer melhor a doença, descobrir o que está ocorrendo e usar a droga certa. Se sei que as células cancerígenas precisam de novos vasos sanguíneos para se desenvolver, vou inibir o processo", esclareceu Carlos Barrios, diretor do Grupo Latino Americano de Pesquisa em Oncologia (Lacog) e do Instituto do Câncer do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. "Poderei não curar, pois o câncer é inteligente e cria outros mecanismos, mas vou mudar o curso da doença."
Os primeiros a se beneficiarem da terapia-alvo foram pacientes diagnosticados com leucemia mieloide crônica, que passaram a ser tratados com inibidores de tirosina quinase, remédios que conseguem destruir a proteína ligada ao crescimento das células cancerígenas. A doença é controlada de tal maneira que os pessoas vivem décadas com qualidade de vida e virtualmente curados. As novas drogas também aumentam a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão originado por uma mutação genética específica. Eles chegam a viver três vezes mais. "Estamos caminhando para descobrir outras moléculas que podem ser alvo de bloqueio. Não quer dizer que vamos ficar sem o tratamento convencional com quimioterapia, mas significa que, às vezes, vamos associá-lo com outros medicamentos", pontua o diretor de relações institucionais do Cetus Hospital Dia, Charles Pádua.
Como no caso de duas pacientes do centro de oncologia que participam de um estudo internacional para analisar a eficácia de um medicamento oral, testado em estágio avançado de câncer de mama. O tratamento tenta bloquear um mecanismo intracelular intimamente relacionado com a resistência do tumor. "O medicamento está sendo associado à droga convencional para reverter o mecanismo de resistência que é adquirido ao longo do tratamento das mulheres. Em determinado momento, temos que mudar a estratégia porque o câncer fica resistente à droga", explica Pádua.
Outra maneira de personalizar o tratamento do câncer é utilizar a imunoterapia, cujas drogas estimulam o sistema imunológico em vez de atuar diretamente no tumor. "Por algum motivo que não conhecemos, os mecanismos naturais de defesa acabam falhando no combate à doença. A ideia é fazer com que o corpo reconheça como estranhas as células tumorais e possa combatê-las", informa Fábio Nasser Santos, oncologista clínico do A.C. Camargo Cancer Center.
Estudos internacionais mostram resultados promissores em pacientes com melanoma, câncer de pele mais agressivo ligado a uma mutação específica. Até então, não havia opção terapêutica para eles. Ainda não se pode falar em cura no contexto da doença avançada, mas Santos diz que o novo tratamento consegue controlar o câncer por mais tempo. A sobrevida dos pacientes com melanoma que antes era em média de nove a 10 meses pulou para 20 meses com a imunoterapia, ganho significativo para a oncologia.
Novas mutações
É bem provável que o caminho para a cura do câncer passe pela medicina personalizada. Por isso, o oncologista clínico do A.C. Camargo Cancer Center Fábio Nasser Santos lembra que falta aprofundar os estudos de novos medicamentos, pois a solução para o problema não está em simplesmente desenvolver drogas que atuam em determinado mecanismo celular. O desafio, na opinião do especialista, é entender por que certos tratamentos funcionam por um determinado tempo e descobrir uma maneira de combater a resistência do câncer, já que células cancerígenas mais resistentes acabam sobrevivendo e voltam a se multiplicar. Assim, será possível oferecer aos pacientes medicamentos que agem em novas mutações genéticas, permitindo que eles respondam melhor ao tratamento e vivam por mais tempo.
Personagem da notícia
Curado de um melanoma
O diagnóstico se confirmou há nove anos. Ricardo descobriu que uma verruga no braço era sinal de melanoma, câncer de pele mais agressivo. Cinco anos depois, o militar carioca teve que operar para retirar três nódulos nos pulmões e um na coxa direita. Um deles voltou no ano seguinte. Como se recusou a ir de novo para a sala de cirurgia, Ricardo buscou outra alternativa. Começou primeiro pela quimioterapia, mas o tumor voltou a crescer. Foi, então, que os médicos decidiram testar um novo medicamento com probabilidade de 5% de resultado positivo, e o câncer de Ricardo desapareceu. Nem a equipe responsável pelo exame que constatou o sumiço acreditou, pois nunca tinha visto um melanoma regredir. "Ainda existe uma chance de o câncer voltar, mas do jeito que o remédio atacou meu organismo, não acredito. Em novembro, vai fazer dois anos que não estou tomando mais nada", comemora. Ricardo conseguiu fazer o tratamento gratuitamente no A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo.
Ricardo José do Amaral Caldeira, 63 anos, coronel reformado |
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Prêmio Vale Sustentável lança 2ª edição em Taubaté
DIÁRIO DE TAUBATÉ |
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02/09/2014 |
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Este ano a expectativa é aumentar o número de participantes e também incentivar ainda mais o network entre as empresas de todo Vale do Paraíba.
O Prêmio Vale Sustentável lança a sua 2ª edição, com um coquetel para convidados, no dia 10 de setembro, às 19h30, no hotel Baobá, em Taubaté.
Com a proposta de premiar projetos que valorizam ações sustentáveis realizadas por diversas empresas e indústrias da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, o Prêmio Vale Sustentável, também pretende divulgar e reforçar o compromisso com a qualidade de vida da região em que vivemos.
A 1ª edição foi um sucesso e contou com excelentes projetos e empresas engajadas na sustentabilidade, como as vencedoras: Volkswagen, FLC Indústria e Comércio de Plásticos, Fatea, TIQ Tremembé Indústria Química e Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
Para essa edição a novidade é a criação do Selo Sustentável para empresas e instituições participantes e a organização de um grupo de trabalho que irá discutir e desenvolver na prática ações que geram sustentabilidade.
De acordo com a idealizadora do prêmio Amanda Assunção, a expectativa para essa edição é aumentar o número de participantes e também incentivar ainda mais o network entre as empresas de todo Vale do Paraíba. ?Por isso a criação de um grupo de trabalho?, diz.
A inscrição é gratuita. Veja como inscrever a sua empresa no site www.premiovalesustentavel.com.br.
A iniciativa é da Rede Difusora de Comunicação em parceria com o Ciesp e o Instituto IS, tem o patrocínio da Unitau, Basf, Sinal Comunicação, Unimed de Taubaté, Alpha Ambiental, Prefeitura de Taubaté, Hotel Baobá e CopyArt. Conta com a colaboração da Artcen, Promoative, Robson Salgado e CRZ Multimídia. |
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Congresso aborda questões de cooperativismo médico e de planos de saúde
EASYCOOP |
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01/09/2014 15:36:00 |
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O desafios da saúde suplementar, a exploração da mão-de-obra médica pelas operadoras e o cooperativismo como alternativa economicamente sustentável aos planos de saúde, esses pontos fizeram parte de mais uma rodada de discussão do Congresso dos Magistrados de Rondônia. O evento aborda temas de interesse da magistratura, do Poder Judiciário e da sociedade brasileira e para tratar sobre a temática "Cooperativismo médico e planos de saúde", o especialista em Direito Cooperativo, Ronaldo Chaves Gaudio levou as próprias pesquisas e experiências ao conhecimento dos participantes na manhã do último sábado (23).
Assuntos ligados à área da medicina tem chamado atenção nos últimos anos do Poder Judiciário. Isso porque entre os anos 2000 e 2012, a proporção de médicos alvo de processos por erro profissional no Brasil quase dobrou. Os números indicam que as ações na Justiça passou de 4% para 7%, o que representa aproximadamente 28 mil profissionais que são réus em ações na esfera Cível, Ética ou Criminal. Os dados foram levantados pelo livro "Erro Médico e Judicialização da Medicina".
O Superior Tribunal de Justiça também fez um levantamento no qual aponta que nos últimos dez anos, o Brasil teve um aumento de 1.600% no número de processos judiciais envolvendo médicos. O crescimento também está relacionado ao número de profissionais condenados nos tribunais de ética dos Conselhos Regionais, a ampliação das condenações corresponde a 180%. Para o especialista em Direito Cooperativo, Ronaldo Chaves Gaudio é possível encontrar"comportamento de consumidor que querem se aproveitar da tendência do Judiciário preocupado com a saúde do cidadão a dar tutela de urgência e às vezes não são cabíveis dentro de uma relação contratual, descobrindo prazos que são impostos a agência reguladora para tutelar o cidadão", frisou.
Durante o último dia de Congresso, Ronaldo destacou que muitas operadoras foram criadas por médicos e empresários, além disso, esses profissionais transformaram próprio empreendimento em organizações capitalistas, explorando a mão-de-obra de outros médicos com baixa remuneração e visando somente o lucro para a empresa.
Para o especialista, a maneira mais sustentável para o campo da medicina seria o cooperativismo que corresponde atualmente por 8% do Produto Interno Bruto brasileiro (PIB) que é a soma de todas as riquezas produzidas pela nação ao longo de um ano. Para o palestrante a medida "representa a iniciativa dos médicos em trabalharem no mercado de saúde para uma operadora que vê neles uma mão-de-obra como fator de custo ao empreendimento médio. Portanto, o empreendimento funciona com rendimento e coloca a empresa trabalhando para ele", justifica.
Com relação ao número de processos que tem crescido cada vez mais na Justiça Gaudio é taxativo "existe um déficit do estado com relação a saúde do cidadão entregue ao Judiciário. A Justiça passa a ter uma responsabilidade muito grande de prover o que o Estado não tem capacidade de entregar para a população. Por isso redunda em uma Judicialização muito grande e é inadequado esperar que o Judiciário decida liminarmente contrário o que se trata do laudo médico", avalia.
Ronaldo também destacou a importância em se criar assessoramento técnico ao magistrado ou que se monte um Colegiado interdisciplinar formado não apenas por médicos, mas que possa dar suporte técnico ao juiz para fundamentar na análise das informações médicas que chegam ao conhecimento do magistrado. Gaudio também afirmou que em alguns estados essa metodologia tem sido adotada com a elaboração de enunciados de orientação ao juiz, trabalhando com a mediação da solução para esses tipos de conflitos, "isso tem colaborado bastante, pois evita abusos da operadora e ao mesmo tempo evita tutelas que possam gerar efeitos econômicos sistêmicos ruins para os planos de saúde e seus beneficiários em geral". |
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Unimed Norte/Nordeste disponibiliza em portal na internet seção exclusiva para usuários Camed
EASYCOOP |
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01/09/2014 16:26:00 |
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A partir de 1º de outubro de 2014, todos os mais de cem mil clientes/beneficiários da Camed Vida passam a ser atendidos automaticamente pela Unimed Norte/Nordeste, conforme decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que no último dia 08 de agosto autorizou a operação de compra da carteira de clientes/beneficiários da operadora de planos de saúde, que tem como instituição mantenedora o Banco do Nordeste (BNB), pela cooperativa de trabalho médico. Como forma de fornecer mais detalhes sobre esse processo de transição, a Unimed Norte/Nordeste disponibilizou uma seção específica em seu portal na internet, localizado no endereço www.unimednne.com.br.
O espaço esclarece dúvidas sobre como serão os atendimentos a partir do próximo mês de outubro, com destaque para manutenção da atual rede hospitalar a que tinha direito no antigo plano CAMED VIDA, bem como a ampliação da oferta de serviços com a disponibilização da rede do Sistema Unimed.
O ciente/beneficiário também poderá conhecer mais sobre a sua nova operadora de planos de saúde, que tem quase 40 anos de história e presença marcante do Acre à Bahia. Além disso, destaca sua capilaridade nacional por meio do Sistema Nacional Unimed, presente em 83% do território brasileiro através de 109 mil médicos, 107 hospitais e 11 hospitais dia próprios, que disponibilizam 8.366 leitos próprios e 3.018 hospitais credenciados. "Além disso, a rede disponibiliza 189 pronto-atendimentos, 74 laboratórios e 88 centros de diagnósticos, todos próprios. São mais de 25 mil recursos credenciados, que respondem por mais de mais de 92 milhões de consultas/ano, 2,2 milhões internações/ano, e 197 milhões de exames complementares/ano", aponta o material.
Ao longo do mês de setembro, os novos clientes/beneficiários da Unimed Norte/Nordeste receberão comunicados com esclarecimentos completos sobre a mudança, assim como as novas carteiras para utilização dos planos de saúde e odontológico que passam a ter vigência a partir de 1º outubro.
Detalhes - A migração dos clientes/beneficiários da Camed Vida para a Unimed Norte/Nordeste será automática, sem necessidade de recadastramento. Na fase de transição, durante o mês de setembro, os clientes/beneficiários continuarão a ser atendidos pela Camed Vida, com a carteira de identificação atual. Ainda até o final de setembro, os clientes/beneficiários da Camed Vida devem continuar utilizando os canais de comunicação habituais com a operadora para o esclarecimento de dúvidas, pedidos de informações e autorizações de procedimentos médicos.
O presidente da Unimed Norte/Nordeste, Reginaldo Tavares de Albuquerque, destacou que todo o processo de negociação foi bastante tranqüilo e harmonioso entre as partes, o que garante uma transição segura e equilibrada para os clientes/beneficiários, que passarão a contar com a maior rede de assistência de saúde do país. "O compromisso é cuidar da vida das pessoas, ofertando o melhor de nossa capacidade de trabalho, sempre com muita responsabilidade e respeito. Fazemos parte do maior sistema cooperativista de trabalho médico do mundo e também a maior rede de assistência médica do Brasil, presente em 83% do território nacional", acentuou.
Para o diretor geral da operadora de planos de saúde Unimed Norte/Nordeste, Darival Bringel de Olinda, a cooperativa de trabalho médico é detentora de uma história de quase 40 anos, com relevantes serviços prestados à sociedade. "Fundada em 15 de agosto de 1977, tem sua sede na cidade de João Pessoa, capital da Paraíba, e é constituída por 9 Federações e 68 Singulares, distribuídas do Acre à Bahia", ressaltou.
Com capilaridade nacional e presença marcante nas regiões Norte e Nordeste, os clientes da Unimed Norte/Nordeste contam com cerca de 110 mil médicos, 107 hospitais e 11 hospitais dia próprios, que disponibilizam 8.252 leitos próprios e 2.960 hospitais credenciados. Além disso, a rede disponibiliza 202 pronto-atendimentos, 90 laboratórios e 93 centros de diagnósticos, todos próprios. São mais de 25 mil recursos credenciados, que respondem por mais de mais de 92 milhões de consultas/ano, 2,2 milhões internações/ano, e 197 milhões de exames complementares/ano. |
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Cancelar por escrito evita prejuízo futuro
ESTADÃO - ON LINE |
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01/09/2014 |
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Consumidor deve ficar com uma via da solicitação, orienta Fundação Procon
Por Jerusa Rodrigues*
Para evitar surpresas desagradáveis e receber cobranças de serviços não mais prestados, a recomendação de especialistas e órgãos de defesa do consumidor é sempre solicitar o cancelamento por escrito.
A Fundação Procon-SP recomenda que seja entregue uma cópia do pedido ao fornecedor e solicitada uma via protocolada ou enviado o pedido de cancelamento pelos Correios, com aviso de recebimento.
Esses cuidados, alerta o Procon, evitam que os contratos permaneçam em aberto e sejam feitas cobranças futuras, como ocorreu com a professora e guia de Turismo Silvana C. dos Santos, de 51 anos. Ela recebeu da Qualicorp a cobrança de duas parcelas do plano de saúde da Unimed referentes a 2011 e a 2012.
"Na época segui a orientação da própria administradora e fiz o pedido de cancelamento por e-mail em dezembro", diz. "Não fui informada de que deveria ter feito uma carta de próprio punho e agora recebo diariamente ligações de cobrança de uma empresa terceirizada", reclama.
A Qualicorp Administradora de Benefícios S.A. informa que não há pendências no nome da beneficiária. Mas a leitora diz que continua a receber telefonemas de cobrança.
Segundo o advogado Julius Conforti, é válido o requerimento enviado por e-mail pela leitora. "Cabia à administradora do plano orientar corretamente a usuária sobre a necessidade do envio da carta e dizer se havia pendências financeiras." Conforti ressalta que o Poder Judiciário entende que o pagamento das mensalidades é devido até o momento em que haja o efetivo cancelamento do contrato, mesmo que o consumidor não utilize os serviços no período precedente.
"Caso a leitora venha a ser incluída nas listas mantidas pelos órgãos de proteção ao crédito, ou venha a ser cobrada judicialmente, poderá insurgir-se também judicialmente contra a administradora de benefícios, a empresa de cobrança e o convênio médico, dada a responsabilidade solidária."
Confusão. O engenheiro Amir Antônio Khair, de 74 anos, cancelou seu plano de saúde com a Qualicorp, em dezembro de 2013, e soube que faltava o pagamento daquele mesmo mês. "Cobraram também o mês de janeiro e paguei." Khair diz que a Qualicorp o orientou a solicitar a compensação dos meses de dezembro e janeiro, mas a empresa não concluiu a operação e o nome dele pode ir à Serasa.
A Qualicorp diz em carta que não há pendências em nome do usuário.
Segundo o professor de Direito do Consumidor do Mackenzie Bruno Boris, a carta que indica a ausência de pendência de pagamento é a garantia do consumidor de que nada deve ao fornecedor. "Caso venha a ter seus dados inscritos nos cadastros de restrição ao crédito, com a respectiva carta poderá demandar reparação contra o fornecedor responsável."
*matéria originalmente publicada na versão impressa de O Estado de S. Paulo, em 1.º/9/2014 |
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ANS aplica mais de R$ 3,4 mi em multas a planos de saúde
EXAME - ON LINE |
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01/09/2014 08:27:00 |
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01/09/2014 15:30
No total, as penalidades ultrapassam a marca de R$ 3,4 milhões. As decisões foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira
Ayr Aliski, do
Planos: em SP, maior multa foi para a Unimed Paulistana Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico
Brasília - Os núcleos regionais da diretoria de fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos estados de Mato Grosso, Pará e São Paulo aplicaram hoje 30 multas a operadoras de saúde.
No total, as penalidades ultrapassam a marca de R$ 3,4 milhões. As decisões foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 1.
A multa de valor mais elevado - R$ 900 mil - foi aplicada pelo núcleo da ANS em Mato Grosso à Associação dos Servidores Civis do Brasil (ASCB), por exercer atividade de operadora de plano de saúde sem a autorização de funcionamento da ANS.
Em São Paulo, a multa mais alta foi aplicada à Unimed Paulistana Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico, por redimensionar a rede hospitalar, por redução, com a exclusão do Hospital Santa Catarina.
No Pará, a maior multa de hoje - R$ 160 mil - foi aplicada à Unimed de Belém Cooperativa de Trabalho Médico, por descumprimento de contrato ao deixar de incluir em cônjuge e filha de beneficiário como dependente do plano e operar produtos de forma diversa do registrado. |
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ANS aplica mais de R$ 3,4 milhões em multas a planos de saúde em três estados
FOLHA DE PERNAMBUCO DIGITAL |
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01/09/2014 15:31:00 |
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Os núcleos regionais da diretoria de fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos estados de Mato Grosso, Pará e São Paulo aplicaram 30 multas a operadoras de saúde. No total, as penalidades ultrapassam a marca de R$ 3,4 milhões. As decisões foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira (1º).A multa de valor mais elevado - R$ 900 mil - foi aplicada pelo núcleo da ANS em Mato Grosso à Associação dos Servidores Civis do Brasil (ASCB), por exercer atividade de operadora de plano de saúde sem a autorização de funcionamento da ANS. Em São Paulo, a multa mais alta foi aplicada à Unimed Paulistana Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico, por redimensionar a rede hospitalar, por redução, com a exclusão do Hospital Santa Catarina. No Pará, a maior multa - R$ 160 mil - foi aplicada à Unimed de Belém Cooperativa de Trabalho Médico, por descumprimento de contrato ao deixar de incluir em cônjuge e filha de beneficiário como dependente do plano e operar produtos de forma diversa do registrado. |
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Paciente critica atendimento da Unimed na BR-316, no Pará
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PARÁ |
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01/09/2014 08:25:00 |
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01/09/2014 18h14 - Atualizado em 01/09/2014 18h14
Enfermeira que atendeu jovem teria aplicado injeção sem luvas cirúrgicas.
Unimed afirma que uma visita será feita à unidade nesta terça-feira, 2.
Do G1 PA
A jornalista Melissa Noguchi precisou de atendimento médico no último dia 25 de agosto mas, ao procurar o hospital do seu plano de saúde, ficou chocada com a estrutura física e o atendimento do prédio da Unimed localizado na BR-316, em Ananindeua, região metropolitana de Belém: ao buscar atendimento, Melissa se deparou com um prédio sujo e chegou a ver profissionais que não utilizaram equipamentos de proteção, como luvas. Segundo a Unimed, o hospital está em obras que devem melhorar o atendimento.
"Os procedimentos de aplicação de injeção foram feitos sem luvas. Além do ambiente insalubre, com as luzes apagadas, provavelmente para economizar energia, havia muita infiltração pelas paredes e teto, as cadeiras de repouso e medicação estão rasgadas e enferrujadas. A limpeza das lixeiras me parece não ser feita com freqüência", reclama a jovem.
Ainda de acordo com a usuária, o lixo hospitalar transbordava em uma sala. "A sala com o odor forte. Voltei no dia seguinte com o meu marido e o odor se mantinha. Eu que mal entendo de higiene hospitalar e ambiente adequado para esse fim fiquei incomodada em me tratarem desse jeito nesse local", pontuou.
Melissa diz que reclamou da situação para o médico que a atendeu e que ele chegou a verificar a situação de uma das salas para pedir solução. "O valor pago ao plano não é proporcional à qualidade do serviço oferecido. No dia 26, quando vim com o meu marido, o médico que atendeu ele nem jaleco usava. Eu realmente me incomodei com o atendimento".
Visita será feita nesta terça O diretor vice-presidente da Unimed Belém, Antônio Delduque, procurou o G1 para informar quais medidas serão tomadas para garantir a melhoria no atendimento da unidade de urgência e emergência da BR-316.
"Nós já haviámos identificado esses problemas na unidade. Nós agradecemos à Melissa por nos ter apresentado as condições atuais do espaço e garantimos que vamos in loco verificar a unidade, procurar detalhes de como foi feito esse atendimento, juntamente com a coordenação das unidades de emergência. Programamos uma visita para terça-feira (2)", informou o vice-presidente por telefone.
Delduque disse ainda que o serviço no local será ampliado. "Vamos criar 17 leitos e outros nove de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). São investimentos a longo prazo, mas já começamos as obras e devemos terminar até o final do ano. É bom nós identificarmos essas demandas para melhorar o atendimento", concluiu. |
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Ressarcimento da ANS ao SUS nos sete primeiros meses de 2014 supera o total de 2013
O GLOBO - ON LINE |
ECONOMIA |
Matéria |
01/09/2014 15:30:00 |
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RIO - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta segunda-feira os dados relativos ao ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) relativo às internações de pacientes com planos de saúde em unidades da rede pública. De janeiro a julho, foram arrecadados R$ 184 milhões, valor superior aos R$ 183,2 milhões dos doze meses de 2013. A cifra, relativa a 199.991 internações, também ultrapassa os R$ 123,5 milhões da arrecadação total de 2001 a 2010.
- O que a ANS foi capaz de produzir em termos de ressarcimento nestes sete primeiros meses seria capaz de garantir a compra de 600 ambulâncias do tipo UTI do SAMU, 65 UPAs completas, 350 unidades básicas de saúde - destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Porém, o aumento não indica que há mais pessoas optando pela rede pública. De acordo com o diretor-presidente da ANS, André Longo, este é um reflexo do aperfeiçoamento do sistema de cobrança do ressarcimento:
- Foi feita uma grande modificação ao longo dos últimos quatro anos. (...) Houve dinamização dos fluxos e dinamização dos processos de trabalhos, tornando-os mais rápidos - esclareceu, completando: - Provavelmente no ano de 2014 nós superaremos os dois anos anteriores e talvez até os três anteriores em termos de arrecadação. Muito também por conta do Refis que o governo federal colocou em prática este ano.
Na avaliação do diretor-presidente da agência, também pesaram na maior arrecadação a maior transparência do processo (há no site da ANS a lista das operadoras inadimplentes com o ressarcimento) e a obrigatoriedade da inclusão da dívida com o ressarcimento nos balanços das empresas. Longo ressaltou ainda que nem todas as 199.991 internações aferidas até julho foram realizadas em 2014, já que há pendências de outros anos acumuladas.
A partir do cruzamento dos dados dos pacientes atendidos pela rede de saúde pública com o banco de dados da ANS, identificam-se os usuários com plano que recorreram ao SUS e as operadoras são notificadas. O valor pago pelas operadoras é repassado para o SUS.
- Quando a operadora não paga, após o devido processo legal, isso vai para a inscrição na dívida ativa e inclusive para o cadastro de inadimplentes, que inviabiliza que essas operadoras consigam financiamentos, recursos públicos - explicou André Longo.
Até o final do primeiro semestre deste ano, 462 operadoras já estavam na dívida ativa.
- A inscrição na dívida ativa garante que não haja nenhuma modalidade de perdão - afirma o ministro - Vamos perseguir os R$ 579 milhões que temos inscritos em dívida ativa. Este ano, temos em torno de R$ 104,5 milhões inscritos em dívida ativa, a maior parte corresponde a exercícios anteriores - disse Chioro.
O ministro disse ainda que o objetivo é chegar a 2015 lidando apenas com os procedimentos do ano anterior, sem "estoque" de outros anos.
CARTÃO NACIONAL DE SAÚDE FACILITARIA O PROCESSO
Martha Oliveira, diretora de Desenvolvimento Setorial empossada nesta segunda-feira, disse que o Cartão Nacional de Saúde facilitaria a apuração das informações - que atualmente resultam do cruzamento dos bancos do SUS e da ANS:
- A gente tem um projeto de integração disto tudo através do Cartão Nacional de Saúde que a gente espera que vá integrar tudo isto em breve, e vai ser usado para diversos fins, facilitando a identificação destas pessoas.
Atualmente, apenas as internações geram cobranças às operadoras. Outros procedimentos ainda não são cobrados, mas isso deve mudar.
- Trabalhamos para que, em breve cobremos também as APACs (autorizações para procedimentos de alta complexidade, como ressonância magnéticas). Pode parecer a mesma coisa (...), mas o formulário é diferente, a maneira como a pessoa preenche é diferente, o banco do Data Sus é diferente, é preciso fazer uma checagem diferente para compatibilizar com os nossos dados para isso ser internalizado nos nossos procedimentos. E o volume de procedimentos de alta complexidade feitos no SUS também é muito maior. - explicou a diretora.
De acordo com o ministro da Saúde, foram 1,5 bilhão de consultas médicas e mais de 2 bilhões de exames em 2013, contra 12,3 milhões de internações no mesmo período.
- A tendência é consolidar e qualificar essa questão das internações, depois passar para os procedimentos ambulatoriais de alto custo e, progressivamente, conforme o nosso sistema de informação for produzindo melhorias na capacidade de análise, a gente estender para o conjunto de procedimentos, até o dia em que chegaremos a todos, como vacinas e atendimento do SAMU - afirmou Chioro. |
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