Sejam as doenças que assolam a população ou as mudanças e regras do setor, a saúde tem um espaço privilegiado na mídia. Para falar sobre o assunto, a jornalista Cristiane Segatto apresentou um panorama da cobertura da saúde suplementar, baseando-se em sua visão de 25 anos nos principais veículos do Brasil, como Grupo Globo, Estadão e Grupo Abril.
Um de seus principais trabalhos foi a reportagem em que investigou, durante sete meses, os altos custos hospitalares. A matéria foi veiculada em 2014 e, na época, Cristiane percebeu a urgência em adotar novos modelos de pagamento baseados em valor para o paciente. Segundo ela, para equilibrar as contas e melhorar a qualidade dos serviços, também é preciso ter foco em Atenção Primária à Saúde (APS), programas de qualidade, investimento em modernizações e conscientização do beneficiário sobre mau uso dos planos.
Nos últimos anos, a mídia impressa tem focado ainda em reportagens sobre novas formas de remuneração, APS, prevenção e inovações do setor. Já o meio televisivo aborda defesa do consumidor como reclamações sobre atendimentos, questionamentos de reajustes, ações contra operadores e críticas à atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Para Cristiane, o mercado pode ser melhor entendido quando comunicar adequadamente as vantagens da Atenção Primária, vencer a resistência quanto ao uso de tecnologias, entender o paciente como consumidor, remunerar o bom desempenho dos médicos e ser mais transparente.
Nos Estados Unidos, pesquisas apontam que, diferentemente dos especialistas, o público não considera que o uso excessivo dos serviços eleva os custos. Para os norte-americanos, isso se dá pelo alto preço dos medicamentos, cobranças caras dos hospitais e fraudes e desperdícios.
O debate foi moderado pelo presidente da Unimed Centro-Oeste Paulista, Ajax Rabelo Machado.
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