Radar Unimed Diário | 13 de julho de 2015 | edição 803
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Unimed na imprensa
   

Comissão de Defesa do Consumidor notifica Unimed
O presidente da Comissão de Direito da Pessoa Humana, Questões de Gênero, Assuntos Indígenas, da Mulher, do Idoso, da Criança, do Adolescente... (A GAZETA - AP - 11/07/2015)

Pronto-socorro: 46% dos casos não são urgentes (VICTOR HUGO)
Dos atendimentos realizados em sete pronto-socorros de hospitais estaduais em 2014, 46% deveriam ter sido feitos em postos de saúde ou... (A GAZETA - ES - 13/07/2015)

Herpes-zóster: tão perto e pouco conhecido
Estima-se que 95% da população carrega o vírus varicela-zóster (FOLHA DE LONDRINA - PR - 13/07/2015)

Campanha de Cadastro de Doadores de Medula Óssea acontece dia 17
Na próxima sexta-feira (17), haverá uma Campanha de Cadastro de Doadores de Medula Óssea, promovida pela Unimed Litoral Sul. A campanha... (JORNAL AGORA - RS - 10/07/2015)

Vôlei: Mezzani e Unimed renovam com o Concilig
Mais dois parceiros que estiveram ao lado do Concilig Vôlei Bauru na temporada passada renovaram o contrato de patrocínio com a equipe... (JORNAL DA CIDADE DE BAURU - SP - 12/07/2015)

Segmento de crédito espera por novas resoluções para manter suas taxas de crescimento
Rafael Vigna Sistema cooperativo evolui desde 2009 devido à liquidez, diz Trombka Em um ano marcado pela retração econômica, as cooperativas... (JORNAL DO COMÉRCIO - RS - 13/07/2015)

Faturamento de cooperativas gaúchas cresce
Guilherme Daroit Setor teve resultado superior ao do Estado, destacou Vergilio Perius Seguindo tendência já percebida há alguns anos... (JORNAL DO COMÉRCIO - RS - 13/07/2015)

Compromisso com o país (Artigo)
Vivenciamos um período conturbado, marcado por alta dos juros, aumento do desemprego, queda do poder de compra, projeção... (O TEMPO - MG - 04/07/2015)

Unimed Rio Preto substitui plataforma HP por IBM Power
Expectativa é que a nova infraestrutura tecnológica suporte o crescimento previsto pela empresa para os próximos cinco anos (COMPUTER WORLD - 13/07/2015)

Dez anos depois de acidente, placa perfura esôfago e mulher morre
Vítima estava internada desde o dia 5; faria substituição da placa de titânio (CORREIO DO ESTADO - ON LINE - MS - 12/07/2015)

Cerca de 220 alunos participam de simulado de vendaval em Blumenau
Ação foi feita na escola Júlia Lopes de Almeida, na Ponta Aguda, nesta sexta-feira (DIÁRIO CATARINENSE - ON LINE - 10/07/2015)

Enfermeiro ofende mulher em hospital de VR
Um vídeo postado no final da noite de ontem numa rede social mostra uma discussão entre uma mulher e um enfermeiro no Hospital da Unimed... (FOCO REGIONAL - 13/07/2015)

Grávidas encontram dificuldades para saber taxa de cesariana de médicos e hospitais
Já estão valendo as novas regras da Agência Nacional de Saúde de incentivo ao parto normal na rede privada: partograma, cartão da gestante... (SAÚDE PLENA - 13/07/2015)

Agora e na retranca
A história de como o grande mecenas do Fluminense quase afundou a Unimed no Rio de Janeiro e agora luta para pagar dívidas e pôr as finanças em ordem (VEJA - 12/07/2015)

 
 
Notícias de interesse
   

Valor da vida
Saiba quanto custa para a família a ausência dos provedores com a nova regra de pensão do INSS; filhos pequenos exigem indenização maior (FOLHA DE S. PAULO - SP - 13/07/2015)

Luz ancestral (Artigo)
No sentido oposto à fria indústria da cesárea, renasce a acolhedora figura da parteira (O ESTADO DE S. PAULO - SP - 12/07/2015)

Cesariana ou parto normal (Artigo)
ANS baixou resolução para tentar coibir o uso indiscriminado de cesarianas nos planos de saúde privados, e regras causaram fortes reações, contra e a favor (O ESTADO DE S. PAULO - SP - 13/07/2015)

Saúde nos tribunais (SOCIEDADE)
É crescente o número de ações reivindicando tratamento médico, remédio e internação, tanto no setor público quanto no privado (O GLOBO - RJ - 12/07/2015)

As muitas implicações do reajuste dos planos de saúde (Artigo)
RICARDO RAMIRESSócio da Dagoberto AdvogadosO reajuste e a "falta de oferta de planos individuais" são consequências da culpa de três... (BRASIL ECONÔMICO - SP - 13/07/2015)

Planos de Saúde devem indenizar idosos pelo aumento abusivo nas mensalidades
Um dos maiores pontos de conflito entre planos de saúde e usuários está no aumento abusivo das mensalidades decorrentes da idade avançada... (A CRÍTICA - MS - 12/07/2015)

Saúde da família é reestruturada
Programa Mais Médicos fará parte do pacote que visa otimizar o trabalho na cidade (CORREIO POPULAR - SP - 11/07/2015)

Limitações para o câncer
Consulta pública da ANS discute a possibilidade de os planos restringirem o tratamentooncológico oral domiciliar. Medida pode ser tiro no pé e aumentar gastos em hospitais (ESTADO DE MINAS - MG - 12/07/2015)

Saúde sem dinheiro extra e crise continua
O Estado descartou repassar mais R$ 2 milhões por mês do Sistema Único de Saúde para Montes Claros cobrir as despesas com a rede hospitalar... (GAZETA NORTE MINEIRA - MG - 11/07/2015)

Brasil é líder mundial em números de cesárias
As novas regras do Ministério Público para as cesarianas colocou em evidência a polêmica sobre os tipos de parto no País. Mas o que fez... (JORNAL DO POVO - RS - 11/07/2015)

Planos de saúde negam terapias complementares para crianças autistas
Advogada ganha direito a tratamento para a filha. Conquista acena mudanças para outras famílias, impedidas de desfrutar desses benefícios (GAZETA DO POVO - ON LINE - 12/07/2015)

Vacina de caxumba: uma dose não basta para proteger da doença
Infectologistas recomendam primeira imunização aos dois anos e reforço aos dez anos (O DIA - ON LINE - RJ - 11/07/2015)

ANS, cadê a lista das piores operadoras de plano de saúde?
A Câmara dos Deputados está cobrando da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a divulgação da lista de reclamações feitas por consumidores... (BLOG DO ELIOMAR DE LIMA - 10/07/2015)

 
 
Agência de notícias
   

Colaboradores da Unimed Paranaguá recebem ceritificação do Curso referente a tabela CBHPM

Clínica de Vacinas da Unimed Catanduva disponibiliza a vacina de Meningite B

Unimed Barbacena realiza desfile e apresenta seus novos uniformes

Unimed Volta Redonda: Gastronomia Hospitalar é tema de debate em Congresso Nacional de Nutrição

Unimed Piracicaba comemora Dia do Cooperativismo

Unimed Norte Pioneiro realiza campanha Descarte Consciente

Instituto Unimed-BH patrocina mostra Senna Emotion

Unimed Cuiabá: Operadores de telemarketing são homenageados

Unimed Paulistana arrecada mais de 1900 itens em Campanha do Agasalho

Unimed Vale do Caí: Reunião debate reformulação do Sistema Ventura

Unimed Porto Alegre inaugura em Canoas nova unidade assistencial 24 horas

Unimed Cascavel apresenta case no Comitê Nacional de Mercado

 
 
Concorrentes
   

Qualicorp reduz capital social em R$ 400 milhões (Dinheiro em Ação)
O Conselho de Administração da Qualicorp decidiu reduzir o seu capital social em R$ 400 milhões, sem cancelamento de ações. Os acionistas... (ISTO É DINHEIRO - 12/07/2015)

 
 
 
Clipping diário da Unimed do Brasil
 
 
 

Valor da vida

FOLHA DE S. PAULO - SP MERCADO Matéria 13/07/2015

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Veja a matéria no site de origem:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/225974-valor-da-vida.shtml

 
       
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Luz ancestral (Artigo)

O ESTADO DE S. PAULO - SP ALIAS Artigo 12/07/2015

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O ato de parir é biológico, fisiológico e natural, mas também social e familiar. É moldado pela cultura e pela tradição. O parto tradicional, umahe-rança de nossos ancestrais, permite a interação social e conta a história de um povo. Reforça suas crenças, expõe suas emoções, define suas relações sociais e reafirma a identidade sociocultural coletiva. Esse sis-temade pertinências e significados se manifesta no parto. Assim, o modo como se nasce, o local onde se nasce, a forma de dar à luz e de nascer, e quem atende o parto é tão importante quanto o próprio ato do nascimento. É um gesto que passa a integrar a memória sociocultural de uma família e de uma comunidade.

Em um contexto antropológico o modo de partejar explica e é explicado pelas manifestações culturais e sociais, servindo como reflexo de uma época. Nenhum nascimento é neutro. O ato de nascer atende a uma função orgânica e social (de manutenção da espécie). Já o partejar é um ato cultural, pois se constitui de atitudes,ligadas as crenças, costumes, protocolos, condutas e situa-ções.Umpartoevocaamemóriaedesperta lembranças daancestralidade. Esse contexto simbólico é que nos alerta para a importância da preservação do "saber fazer" do parto tradicional, da manutenção e transmissão continuada do conhecimento adquirido por nossos antepassados. Assim fortalecemos a identidade e as práticas de um patrimônio cultural imaterial.

Mais do que às técnicas, essas maneiras de "atender o parto" estão relacionadas aos significados atribuídos aos nascimentos e ao ato do nascer, dados pelo grupo social em que se está inserido. O parto é também um ato de perpetuação e assimilação sociocultural. Mas, nas últimas décadas, ele se transformou em negócio, algo a ser comercializado e que deve gerar lucro, que envolve estabelecimentos comerciais (hospitais, clínicas, laboratórios) e profissionais (médicos, enfermeiros, técnicos de saúde). Essa estrutura foi criada pelo processo de colonização cultural do pós-guerra, com a necessidade da criação de novos mercados consumidores para a indústria norte-americana de remédios e equipamentos hospitalares.

Não desconsideramos a importância de tais equipamentos, profissionais e remédios, porém não associamos o parto a doença ou a exceção, e sim a saúde e a normalidade. Pois sabemos que os partos de risco e que realmente precisam do ambiente hospitalar são a exceção e não a regra, e apenas em casos excepcionais deveria utilizá-lo. Concordamos e incentivamos esse tratamento para tais exceções.

A prática das parteiras ancestrais tem suas raízes na fusão dos saberes africano e indígena, que gerou um terceiro saber, adaptado a cada realidade local. O ambiente do partejar e as práticas utilizadas transcendem a figura da parteira e auxiliam na reprodução do imaginário acerca da ancestralidade. E é no parto tradicional que esse tempo ancestral volta ase tornar presente, renovado e atualizado. As rezas, as ervas medicinais, o canto, os instrumentos, a religião e a religiosidade remetem a aspectos que caracterizam e identificam a parteira, tornando-a símbolo da identidade social (é madrinha de muitos afilhados) e cultural da comunidade onde se insere.

As parteiras tradicionais são também arquétipos simbólicos dessa tradição ancestral. Recorrer ao conhecimento dessas pessoas, então, insere os integrantes da comunidade num continuum espaçotemporal onde esses elementos culturais são repassados, assimilados e repactuados. As parteiras com mais idade (as anciãs) tornam-se referência desse conhecimento que remete à memória coletiva, à ancestralidade comum.

Nosso ideal e nosso desafio consistem em transformar o que geralmente se considera acessório ou pitoresco (a cultura imaterial) em fator principal do autoconhecimento e da reapropriação da história pelo cidadão e pela comunidade. É uma tradição que foi vilipendiada pela homogeneização do nascer, por meio da indústria da cesárea. Mas essa ancestralidade é fundamental para formar a identidade de um povo, e não deve ser condenada a uma morte lenta e gradual.

Recebi o dom de parteira direto de minhas ancestrais. Assumi também a missão de formar outras parteiras (a quem chamo de afilhadas) e com elas estruturamos o Centro Ativo de Integração do Ser (CAIS do Parto) e a Escola de Saberes, Cultura e Tradição Ancestral (ESCTA), que se localizam em Olinda (PE) e se dedicam a passar adiante o conhecimento. Ao longo dos últimos 25 anos, organizamos a Rede Nacional de Parteiras Tradicionais e promovemos nove congressos internacionais. Também incentivamos o intercambio do partejar tradicional com escolas da América Latina e Caribe e difundimos essa ciência nos centros urbanos, onde formamos parteiras e dou-las urbanas - que hoje atuam em 14 estados brasileiros. Em nossa escola, temos nas rodas dos casais grávidos um importante espaço para acolher famílias que desejam parir na tradição ancestral. Nesse espaço, incentivamos uma profunda conexão com a resiliência humana, na busca pela autocura a partir de elementos da natureza, honrando a ancestralidade e reencontrando o caminho da simplicidade.

SUELY CARVALHO É PARTEIRA TRADICIONAL, FUNDADORA DA ONG CAIS DO PARTO E COORDENADORA DA REDE NACIONAL DE PARTEIRAS TRADICIONAIS DO BRASIL

Ao auxiliar na forma como um povo nasce, ela se torna símbolo social e cultural de uma comunidade

Diferente do anunciado no começo do ano, a ANS decidiu que os planos de saúde continuarão cobrindo as cesáreas feitas por decisão da grávida e do obstetra. A novidade agora é que as gestantes terão de assinar termo de ciência sobre os riscos do procedimento.

 
       
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Cesariana ou parto normal (Artigo)

O ESTADO DE S. PAULO - SP ECONOMIA E NEGÓCIOS Artigo 13/07/2015

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ANTONIO PENTEADO MENDONÇA

Os médicos norte-americanos não gostam de cesariana. Por conta disso, conheço mulheres que chegaram a ficar, depois do início do trabalho de parto, mais de 24 horas esperando o filho nascer.

Não adianta insistir, lá eles não negociam. Enquanto houver a possibilidade da criança nascer através de parto normal, serão tomadas todas as medidas necessárias para que isso aconteça. A cesariana é vista como exceção absoluta. Só é utilizada em última instância, quando não há outro recurso ou para salvar a mãe e a criança.

Há quem diga que os norte-americanos estão certos, há quem diga que o sofrimento experimentado por algumas mulheres e seus filhos, no momento do parto, pode deixar marcas sérias, físicas e psíquicas, tanto numa como noutro.

A tradição brasileira é menos radical. Aliás, bem menos radical. De acordo com dados oficiais, a incidência de cesarianas na rede pública é de 40% dos partos, enquanto nos planos de saúde privados atinge o total de 85% dos nascimentos. Não há dúvida, é um número muito elevado. E fica muito acima da média dos países desenvolvidos.

O problema é que o quadro não é novo. Faz décadas que a cirurgia cesariana é feita em grande escala no Brasil. Está errado? Está certo? É um problema com consequências reais para as pacientes e as crianças? E só uma questão de custo? Tanto faz, haverá sempre quem defenda e quem ataque a quantidade de cesarianas realizadas no País.

Questões filosóficas, morais, religiosas, de risco à saúde da mãe e do filho, de conveniência, de medo, de saúde pública, de custos sociais, etc. invariavelmente balizarão as discussões sobre o assunto e as soluções mais adequadas.

Pelos dados oficiais, a incidência de cesarianas na rede pública é de 40% dos partos

E um cenário preocupante? Com relação aos patamares encontrados nos partos pagos pelos planos de saúde privados, sem dúvida nenhuma. Mais de 80% dos procedimentos realizados através de cirurgias cesarianas assusta.

É por isso que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu se envolver na questão e baixar regulamentação visando coibir o uso indiscriminado das cesarianas pelas mulheres seguradas pelos planos de saúde privados.

Como não poderia deixar de ser, as novas regras causaram reações fortes, contra e a favor. A primeira pergunta que eu ouvi é se a mudança não havia sido orquestrada pelas operadoras dos planos de saúde privados, interessadas em reduzir os custos dos partos. Afinal, a cesariana é mais cara do que o parto normal.

Daí em diante, ouvi argumentos os mais lógicos e os menos lógicos a favor e contra a ação da ANS. Que, diga-se de passagem, no dia seguinte à promulgação da resolução criando restrições radicais, deu marcha à ré e decidiu flexibilizaras regras, abrindo espaço para que a cesariana eletiva continue a ser feita, desde que a mulher assine um documento assumindo a responsabilidade e dizendo que está ciente dos riscos de uma cesariana.

Não discuto, a ANS tem razão em se preocupar com o altíssimo número de cesarianas feitas através dos planos de saúde privados. Principalmente se levarmos em conta a realidade norte-americana e dos demais países ricos, onde o parto natural é privilegiado e a cesariana vista como exceção a ser utilizada em último caso.

De outro lado, até que ponto cabe a uma agência reguladora se imiscuir na vida das pessoas, ainda mais de uma mulher grávida coberta por um plano de saúde privado, em princípio - já que teve competência para gerar o filho - alguém com capacidade socioeconômica e discernimento para decidir o que é melhor para ela?

Assim, a flexibilização das regras da resolução, anunciada pela ANS logo no dia seguinte, é uma medida de bom senso e deve minimizar eventuais problemas criados pela nova diretriz. Mas a pergunta que fica é por que fazer mal feito? Será que a reação não era óbvia? Por que não baixar a resolução já com todas as alternativas, inclusive a possibilidade de fazer cesariana de acordo com a vontade da mulher? A sensação que se tem é que a burocracia brasileira adora complicar o que pode ser simples. Invariavelmente por incompetência.

❖PRESIDENTE DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS. SÓCIO DE PENTEADO MENDONÇA ADVOCACIA E COMENTARISTA DA RÁDIO ESTADÃO*

 
       
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Saúde nos tribunais (SOCIEDADE)

O GLOBO - RJ SOCIEDADE Coluna 12/07/2015

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Otermo foi cunhado para designar a interferência dos tribunais nas situações em que o funcionamento dos poderes Legislativo e Executivo falharam ou mostraram-se insuficientes ou insatisfatórios. Contudo, em vez da política, a judicialização se alastra no setor da saúde, tanto pública quanto privada. A multiplicação dos processos é evidência da fadiga de um sistema que já não dá conta das necessidades dos usuários. No Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no fim de junho, havia 42.297 ações na área da saúde em tramitação. Reivindicam tratamento médico, remédio, internação. De um lado, salvam pacientes. De outro, ampliam o abismo de desigualdade, que separa doentes de baixa renda e sem informação de quem pode pagar advogado ou conhece os caminhos da Justiça gratuita.

A DEFENSORIA PÚBLICA DO RIO encomendou ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) um estudo sobre o número de processos ajuizados contra o setor público, desde 2011. Em pouco mais de quatro anos, foram 57.401 ações. Medicamentos envolvem nada menos que 14.270 litígios; outros 2.604 tratam de internação hospitalar; e 1.613, de realização de exames ou cirurgias de eficácia não comprovada. O levantamento, explica o subdefensor público-geral do estado, Rodrigo Baptista Pacheco, servirá para analisar a demanda da população e a carga de trabalho nas comarcas fluminenses: "Conseguiremos saber se o número de defensores e a distribuição entre municípios são adequados".

Mas chama a atenção o fato de a saúde ser tema de um em cada três processos movidos pela Defensoria contra a Fazenda Pública. Outro dado: no TJRio, 62% das ações em andamento têm atuação dos defensores; em março de 2015, eram 26.583 processos envolvendo entes públicos e setor privado.

Coordenadora de saúde da Defensoria do Rio, Thaisa Guerreiro diz que a judicialização aumentou na esteira da Constituição de 1988, que sepultou a cidadania regulada. "A saúde tornou-se direito fundamental de todo cidadão, independentemente de contribuição, de ser ou não trabalhador. Daí a possibilidade de o Poder Judiciário intervir para cobrar de todos os entes federativos o dever de prestar esse serviço essencial", explica.

No setor público, as demandas judiciais estão relacionadas, na maior parte dos casos, ao subfinanciamento. Como os recursos são insuficientes para garantir o acesso universal, o Judiciário age para que os autores das ações tenham prioridade no atendimento médico-hospitalar. Há casos também de maus gestores que se beneficiam de decisões judiciais para driblar a necessidade de licitações. Já no setor privado, os processos estão comumente relacionados à restrição de cobertura aos usuários, sob alegação de desequilíbrio econômico-financeiro. "De um lado ou de outro, a saúde está passando por um momento crítico. E os mais prejudicados são os mais pobres e os que desconhecem seus direitos constitucionais", completa a defensora.

No livro "A saúde dos planos de saúde", Drauzio Varella, médico, e Mauricio Ceschin, ex-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), defendem mudanças no modelo privado. "O setor está diante de uma situação em que há recursos finitos, demanda e custos crescentes e margens se estreitando... As mudanças têm de envolver financiamento, gestão da assistência, comunicação com o usuário, cultura de tratamento para a prevenção", entre outras questões. Ou o árbitro será sempre a Justiça.

 
       
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As muitas implicações do reajuste dos planos de saúde (Artigo)

BRASIL ECONÔMICO - SP OPINIÃO Artigo 13/07/2015

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RICARDO RAMIRES

Sócio da Dagoberto Advogados

O reajuste e a "falta de oferta de planos individuais" são consequências da culpa de três atores: ANS, operadoras e consumidores

No dia 3 de junho de 2015, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou o índice máximo de reajuste a ser aplicado nos planos de saúde da modalidade individual-familiar de 13,55%. Ressaltemos que, dentre as modalidades de planos, há os individuais familiares e ou coletivos, que se subdividem em coletivos por adesão e empresarial. Existem três tipos de reajustes: anual, por mudança de faixa etária e por sinistralidade, sendo este último não aplicado aos planos individuais familiares.

O índice da ANS é calculado, em tese, levando-se em consideração a inflação nacional e a inflação do segmento, além do incremento de novas tecnologias e procedimentos. A cada dois anos, a ANS promove adendos ao Rol de Procedimentos, que consiste na cobertura mínima obrigatória a todos os planos. Nesses últimos anos, foram acrescidos 262 novos procedimentos, sem falar em novas tecnologias que surgem a todo o momento. Porém, a agência não realiza qualquer tipo de pesquisa ou cálculo para entender melhor o impacto financeiro que isso causa. Oque sabemos é que tais despesas não acompanham os reajustes, o que implica em uma grande defasagem.

Muito tem se falado em relação às empresas que deixaram de comercializar planos individuais, e que a oferta tem diminuído cada vez mais. De fato, a redução deste tipo de contratação diminuiu muito em razão de alguns fatores, dentre eles o excesso de regulação. Outra questão é o fato da ANS não autorizar reajustes complementares para cobrir o aumento de custo com esses novos procedimentos.

Se não bastasse isso, o Poder Judiciário e ANS fazem aplicar o Rol a contratos firmados antes de sua vigência, o que causa um grande desequilíbrio já que as empresas não podem reajustar os contratos de planos individuais já comercializados acima do índice da ANS. Além disso, os reajustes segundo as operadoras não são suficientes para cobrir os novos procedimentos bienalmente incluídos norol, as novas tecnologias e a inflação do segmento.

O reajuste e a "falta de oferta de planos individuais" são consequências da culpa de três atores: ANS, operadoras e consumidores. Pontuo os consumidores porque há um fator não contemplado na composição do reajuste - não apenas destes contratos, mas de todas as modalidades: o Poder Judiciário. Atualmente existem mais de 400 mil ações, vulgarmente chamadas de liminares, relacionadas ao assunto. O custo delas ainda é um mistério, pois ninguém sabe dizer quanto representa a interferência do Judiciário na operação. O que sabemos é que representa umvalor significativo, impossível de ser transferido aos beneficiários.

A questão não é simples. Porém, os stakeholders devem observar que todas as reações têm consequências. Uma regulação muito dura acarreta uma menor oferta de determinados produtos e a concentração de mercado, assim como a falta de preparo das empresas no momento da precificação e a má gestão de determinados processos leva a um risco, muitas vezes fatal. Por fim, é necessária uma atuação mais consciente dos usuários para entenderem melhor o que estão contratando e seus limites. E a atuação do Poder Judiciário não pode apenas se pautar emdeterminadospreceitos individuais, mas com base no senso coletivo e na relevância pública do segmento. Afinal, essas causas individuais refletem em toda população: nos preços, nos reajustes e nas ofertas.

 
       
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Planos de Saúde devem indenizar idosos pelo aumento abusivo nas mensalidades

A CRÍTICA - MS CADERNO A Matéria 12/07/2015

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Um dos maiores pontos de conflito entre planos de saúde e usuários está no aumento abusivo das mensalidades decorrentes da idade avançada. De forma repentina, o consumidor se depara com a infeliz notícia de que a parcela de seu plano aumentou de forma exorbitante. Muitas vezes, até tenta-se negociar com a empresa um percentual de reajuste razoável, mas geralmente a resposta é negativa.

Inúmeros usuários, talvez por desconhecimento de seus direitos, deixam de questionar na justiça tal ilegalidade.

Por outro lado, boa parte desse contingente tem recorrido ao ajuizamento de ações judiciais com o intuito de que a operadora se abstenha de cobrar a importância excessiva (passando a cobrar apenas o valor considerado legal) e ainda seja condenada ao ressarcimento dos valores pagos indevidamente (e em dobro) mais os danos morais pelos desgastes emocionais sofridos. E a grande maioria, a propósito, sai vitoriosa.

Os Tribunais têm afastado os argumentos sustentados pelas empresas, partindo da premissa de que o Código de Defesa do Consumidor repudia qualquer previsão contratual que coloque o consumidor em extrema desvantagem, expressando que a mudança de faixa etária, por si só, não autoriza o reajuste extremo.

Ou seja, nem tudo que está no contrato faz lei entre as partes.

Deve-se dizer que não estamos questionando a possibilidade de aumento, mas a forma como a maioria das empresas opera, pois logo nas primeiras faixas etárias -com a intenção de atrair clientes-estabelecem um reajuste muito sutil. E, então, sorrateiramente quando o cliente atinge o status de idoso (ultima mudança de faixa etária), o aumento é avassalador, podendo chegar a 500%".

Em suma, o reajuste em razão da mudança de faixa etária pode até ser admitido, mas desde que haja previsão contratual e não sejam aplicados índices desproporcionais que obriguem o idoso à desistência do contrato ou à resignação de se manter vinculado sob o temor de colocar em perigo o seu bem da vida. Isso implica em clara afronta aos princípios da dignidade da pessoa humana, boa fé objetiva, equidade, lealdade, cooperação e transparência. Aliás, o Estatuto do Idoso e a Lei que regula a conduta dos planos de saúde são expressos ao vedar desmandos que impeçam a participação do idoso no plano.

Para completar, no estado de Direito em que vivemos- que elegeu o respeito ao ser humano como a base de todo o sistema normativo- é vedada a prática de qualquer ato ou fato que discrimine essa notável quadra da população, principalmente quando isso importa na limitação de seu acesso ã saúde, direito sem o qual o homem não mantém a sua própria existência.

Por isso, se houver suspeita de ilegalidade no reajuste da mensalidade em razão da idade avançada, o consumidor poderá lançar mão de outro direito seu, o acesso à Justiça.

E que assim seja feita! (*) (*) A autora é advogada e membro da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB Nacional e Presidente da Comissão de Biodireito da seccional de Mato Grosso do Sul.

 
       
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Comissão de Defesa do Consumidor notifica Unimed

A GAZETA - AP POLÍTICA Matéria 11/07/2015

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O presidente da Comissão de Direito da Pessoa Humana, Questões de Gênero, Assuntos Indígenas, da Mulher, do Idoso, da Criança, do Adolescente, do Afro-Brasileiro e Defesa do consumidor (CDH), deputado Estadual Pedro da Lua (PSC-AP), notificou a Unimed Fama na manhã desta quinta-feira, 9.

Desde maio que a Unimed Macapá passou a ser gerida pela Federação das Unimeds da Amazônia (Fama), com sede em Manaus.

Desde então os usuários do plano Unimed passaram a enfrentar inúmeros transtornos. O Guia Médico da cooperativa, que chegou a ter 40 páginas, hoje se limita a oito laudas. "Todos os médicos e laboratórios estão deixando de atender pela Unimed", denuncia a usuária Leila Queiroz.

A Federação das Unimeds dos Estados da Amazônia surgiu com a fusão, em 2003, da Federação das Unimeds da Amazônia Ocidental (Famoc) e da Federação das Unimeds da Amazônia Oriental (Famor), tendo como objetivo construir uma instituição para representar as Unimeds da Região Norte, no cenário nacional.

A Fama comprou a Unimed no início do ano mas somente esta semana mandou cartas aos usuários, dando prazo até terça-feira, 7, para que optem pela portabilidade.

O problema é que o atendimento é moroso e chega a demorar até cinco horas, segundo denunciam usuários.

Pedro da Lua também convocou o represente legal da Unimed Fama a comparecer a Assembleia Legislativa, na sala de comissões, no dia 05 de agosto, às 15h, para comprovar a resolução de todos os pontos elencados, sob pena de representação junto ao poder judiciário, e formalização de denúncia junto a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

 
       
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Pronto-socorro: 46% dos casos não são urgentes (VICTOR HUGO)

A GAZETA - ES CIDADES Coluna 13/07/2015

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Dos atendimentos realizados em sete pronto-socorros de hospitais estaduais em 2014, 46% deveriam ter sido feitos em postos de saúde ou Pronto Atendimentos (PAs). Isso porque eles foram classificados como verde e azul, o que significa, segundo os critérios de classificação de risco, que eram casos pouco urgentes ou não urgentes. A maior incidência é no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Vila Velha, onde 57% dos atendimentos do pronto-socorro não eram urgentes.

Na rede particular...

... a situação é ainda pior. Na Unimed Vitória, mais de 70% dos atendimentos prestados nos prontos-socorros não se caracterizam como casos graves.

É que...

Em alguns horários ou para alguns casos, nem sempre se encontra atendimento nos postos e PAs. Mas, nos pronto- socorros, o tempo de espera dos casos que não são graves é enorme.

 
       
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Saúde da família é reestruturada

CORREIO POPULAR - SP CIDADES Matéria 11/07/2015

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O Programa Mais Médicos passa, a partir de agora, a fazer parte dos estudos de reestruturação da Atenção Básica em Nova Odessa. A Prefeitura, através da Secretaria de Saúde, iniciou uma nova fase do projeto, que visa a reorganização da atenção básica. Faz parte deste estudo a implantação do programa Estratégia Saúde da Família e também a reorganização do Programa Saúde da Família.

Nesta semana, o secretário de Saúde da cidade, Sérgio Molina, e a diretora de Saúde Básica, Gláucia Blumer Paulon, se reuniram com representante do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, Carolina Vitti Domingues, para discutir as ações. Os secretários de Governo, Wagner Morais, e Administração, Francisco Mauro Ramalho, também participaram do encontro.

Atualmente, Nova Odessa conta com nove médicos participantes do Programa Mais Médicos na cidade. Segundo Molina, o primeiro momento do projeto foi a vinda de novos profissionais para a cidade.

Agora, será dado encaminhamento ao programa com a implantação do novo programa e a reorganização da Saúde da Família. "O Ministério dará toda assessoria para que viabilizemos essas novas etapas ainda no segundo semestre deste ano", disse o secretário.

Molina afirmou que as ações buscam a descentralização do atendimento, fortalecendo as Unidades Básicas de Saúde (UBSs)e o atendimento domiciliar e, consequentemente, o vínculo entre os profissionais e o paciente.

O secretário afirmou que um projeto já está sendo elaborado e os profissionais envolvidos serão capacitados para oferecer da melhor forma possível o atendimento aos pacientes.

"Estamos caminhando, reestruturando e humanizando nosso atendimento. Este é o nosso objetivo", disse Molina. (Da Agência Anhanguera)

"O Ministério (da Saúde) dará toda assessoria para que viabilizemos essas novas etapas." SÉRGIO MOLINA Secretário de Saúde

 
       
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Limitações para o câncer

ESTADO DE MINAS - MG ECONOMIA Matéria 12/07/2015

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A restrição ao tratamento oral domiciliar para o câncer, em debate na consulta pública aberta pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), pode limitar o acesso de pacientes oncológicos ao tratamento da dor. A medida pode ainda elevar os gastos do sistema com internações hospitalares. Associações e entidades médicas no país defendem a modificação do atual texto, já que ele limita o acesso dos usuários de planos de saúde ao medicamento oral. A proposta do texto é que a droga seja oferecida para um único e determinado tipo de dor, classificada como neuropática, excluindo as outras formas.

A consulta pública para atualização do rol de procedimentos que devem ser cobertos pelos convênios entra em sua última semana e será encerrada no próximo domingo. A dor definida como neuropática está relacionada a uma lesão nervosa. No entanto, especialistas apontam que seu caráter subjetivo é de difícil diagnóstico até mesmo para especialistas e defendem que todos os tipos de dor sejam cobertos. Segundo Elgi Werneck Júnior, membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e oncologista do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), com o texto atual as operadoras encontram uma brecha na lei para não cobrir o tratamento de quem sofre, por exemplo, com dores decorrentes da quimioterapia ou radioterapia. Outro dificultador é que não há um exame que comprove precisamente qual o tipo de dor o paciente sofre, para atestar se ele tem direito ao tratamento ou não.

O rol de procedimentos é atualizado a cada dois anos, onde são incluídas novas coberturas e nesse momento a consulta pública está aberta para participação também dos consumidores. Elgi Werneck aponta que a proposta colocada em consulta pela agência reguladora está na contramão da tendência da desospitalização. Uma vez que não encontra solução para aliviar suas dores no próprio domicílio, os pacientes recorrem aos hospitais. Além do desgaste para o paciente já debilitado pela doença, existe a possibilidade de crescimento de custos para o sistema, o que tende a inflar as mensalidades.

No Brasil, os custos do tratamento domiciliar de dores relacionadas ao câncer, comparado ao hospitalar, podem ter uma redução superior a 10%, segundo estudo publicado no Jornal Brasileiro de Economia em Saúde (JBES). Para se ter ideia, no sistema público, o tratamento domiciliar reduziu o tempo de hospitalização com economia de até R$ 143 por paciente, queda de 12% no custo total da internação. Observando que os gastos hospitalares são os que mais pesam na conta do setor, no sistema privado o mesmo procedimento domiciliar alcançou economia de R$ 392,66 por paciente, o que representa uma redução de até 14% no valor total do tratamento durante a hospitalização.

Outra questão forte da consulta pública é que ela exclui pacientes curados da doença do acesso à medicação. "Uma paciente de câncer de mama por exemplo, pode já está curada, mas continuar sofrendo dores decorrentes da doença que ela teve. Ela não pode ter acesso ao medicamento oral domiciliar", aponta o médico.

FORA DA LISTA Outra polêmica da consulta pública envolve a retirada do quimioterápico oral, Everolimus, para tratamento do câncer de mama com metástase, da lista de medicamentos que devem ser cobertos pelos planos. A agência reguladora se baseou em decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que encontra resistência por parte de instituições médicas.

Advogados de defesa do consumidor apontam que a ampliação do rol evita enxurrada de ações no Judiciário. Palova Parreiras, membro da comissão de bioética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), diz que nesse momento o consumidor deve participar da consulta pública, mas ressalta que o tratamento médico, quando há risco para a saúde do usuário, vem sendo garantido pelo Judiciário. Antônio Carlos Teodoro, advogado especializado em defesa do consumidor, aponta que decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) já pacificaram sobre a questão do tratamento, que deve ser definido pelo próprio médico.

Outros pontos

Entre outras propostas na revisão do rol de procedimentos está a inclusão da Enzalutamida, droga usada para o tratamento do câncer de próstata, avaliação geriátrica ampla, prótese auditiva e implante de cardiodesfibrilador multissítio, que ajuda a

evitar a morte súbita em pacientes cardíacos.

 
       
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Herpes-zóster: tão perto e pouco conhecido

FOLHA DE LONDRINA - PR Matéria 13/07/2015

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Já tive pacientes, amigos e familiares com herpes-zóster e foi um sofrimento. A afirmação da fisioterapeuta Vania Correia e Silva vai além de um alerta. Com esses exemplos tão próximos, aliada à importância que a doença demanda, ela resolveu tomar a vacina como forma de prevenção.

Assim como Vania, muitos homens e mulheres despertaram para a prevenção, após a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) lançar no mês passado, uma campanha educativa sobre o herpes-zóster.

A doença ainda é desconhecida pela maioria da população, apesar de 95% das pessoas carregarem o vírus. No entanto, nem todos vão apresentar a doença. Estima-se que 30% da população terá zóster ao longo da vida, podendo ocorrer em vários episódios.

Dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) mostram ainda que essa estimativa pode chegar a 50% entre os indivíduos que atingem 85 anos de idade.

Ninguém pega o zóster. Quem teve catapora (varicela) adquire o vírus e as partículas desse vírus ficam dormentes nos nervos, principalmente nos espinhais e cranianos. Ao atingir 50 anos, começamos a sofrer um processo de imunosenescência (envelhecimento do sistema imunológico) e, então, as lesões podem aparecer , explica o geriatra Rubens de Fraga Junior, conselheiro da SBGG.

Ele lembra, entretanto, que o zóster é diferente do herpes labial ou genital. São da mesma família, mas o zóster está ligado apenas à varicela , completa. Conhecido popularmente como cobreiro, o zóster causa lesões na pele semelhantes a bolhas e pode estar associado a fortes dores. Também pode ocorrer ardência e perda de sensibilidade na região atingida.

SINTOMAS

Normalmente, o zóster se manifesta em apenas um lado do corpo, com destaque para as regiões do tórax, abdômen e rosto. Em um quadro agudo, pode provocar dor crônica, a chamada nevralgia pós-herpética, que pode persistir por meses e até anos.

De 10% a 25% dos pacientes ainda podem ter comprometimento ocular com complicações, como ceratite, úlcera de córnea, queda da pálpebra e até perda visual significativa. No início dos sintomas, muitas pessoas recorrem às benzedeiras e receitas caseiras, mas nada disso é indicado porque pode aumentar o risco de complicações. A recomendação é procurar um médico , sustenta.

Se o tratamento, que consiste basicamente no uso de medicamentos como antivirais e analgésicos, for iniciado nas primeiras 72 horas, as chances de complicações são reduzidas. No Brasil, de acordo com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, a cada ano são registradas cerca de 10 mil internações causadas por complicações do vírus.

PREVENÇÃO

Há pouco mais de um ano, a Anvisa liberou a vacina preventiva contra o vírus varicela-zóster no Brasil. Na Clínica de Vacinação da Unimed em Londrina, por exemplo, entre os meses de maio e junho houve um aumento na procura de 87,5% pela vacina.

Ela estimula o nosso sistema imunológico a produzir anticorpos contra o vírus da varicela, o que diminui o risco da doença reativar , comenta o infectologista Wilson Liuti Costa Junior, ao ressaltar a indicação a partir dos 50 anos.

A aplicação é subcutânea, e mesmo quem já teve herpes-zóster pode tomar a vacina, que tem dose única. A contraindicação é para pacientes imunodeprimidos ou aqueles que apresentam reação alérgica grave. A vacina está disponível na rede privada de saúde, a um custo aproximado de R$ 400.

A divulgação do zóster é importante porque ela pode comprometer a qualidade de vida dos idosos. A pessoa com dor tem dificuldade até mesmo para executar simples tarefas, como pentear o cabelo , reforça o geriatra.

 
       
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Saúde sem dinheiro extra e crise continua

GAZETA NORTE MINEIRA - MG CIDADE Matéria 11/07/2015

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O Estado descartou repassar mais R$ 2 milhões por mês do Sistema Único de Saúde para Montes Claros cobrir as despesas com a rede hospitalar e com isso, a crise entre a Prefeitura de Montes Claros e os hospitais apresenta mais uma novela: o prefeito Ruy Muniz está convocando os dirigentes hospitalares a discutirem na segunda-feira o Plano Operativo, mas obrigando a criarem no mínimo cinco leitos de saúde mental. Pelos critérios do Ministério da Saúde, Montes Claros tem de contar com apenas 16 leitos mentais, mas o prefeito exige o dobro e o impasse continua.

Na reunião realizada quarta-feira, em Belo Horizonte, Ruy Muniz surpreendeu o Estado quando pediu o aumento mensal de R$ 2 milhões por mês no teto municipal, com o Estado e a União dividindo esse valor e ainda propôs que as cirurgias eletivas fossem realizadas no Hospital Universitário Clemente de Farias, ligado a Universidade Estadual de Montes Claros; e Hospital das Clínicas, vinculado ao grupo Funorte/Soebras, que é de sua propriedade.

Na quinta-feira o Estado descartou a possibilidade de repassar os R$ 2 milhões para aumentar o teto do SUS. Muniz foi direto: anunciou que o Hospital das Clínicas da Funorte/Soebras não assumirá a maternidade, em substituição ao Hospital Aroldo Tourinho, que se recusou a manter esse serviço; não montará os 10 leitos mentais que estava negociando e nem mesmo fará o atendimento da média complexidade, com a realização das cirurgias eletivas.

Na tarde de quinta-feira, o prefeito Ruy Muniz explicou que mandará a Secretaria Municipal de Saúde convocar os hospitais na segunda-feira para apresentar o Plano de Operação, mas exigirá que montem os leitos de saúde mental. O Hospital Universitário já tem 12 leitos, enquanto os hospitais Aroldo Tourinho, Dílson Godinho, Prontosocor e Santa Casa deverão montar pelo menos cincos leitos, deixando a cidade com 32 leitos de saúde mental. Ele anunciou que por enquanto, o Hospital Aroldo Tourinho manterá a maternidade, até que o Hospital das Clínicas seja credenciado pelo SUS, para assumir esta função.

Como o Estado recusou aumentar o teto em R$ 2 milhões por mês, o prefeito Ruy Muniz informou que volta ao acordo anterior, do Estado e Município dividirem a diferença para manter o atendimento de Urgência e Emergência. Anteriormente, esse serviço implicava em gasto mensal de R$ 15 milhões, enquanto o SUS pagava R$ 13,5 milhões, faltando R$ 1,5 milhão. Muniz afirma que depois de ajustes no serviço, esta diferença oscila de R$ 400 a 500 mil, que serão divididos pelo Estado e Prefeitura.

 
       
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Campanha de Cadastro de Doadores de Medula Óssea acontece dia 17

JORNAL AGORA - RS Matéria 10/07/2015

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Na próxima sexta-feira (17), haverá uma Campanha de Cadastro de Doadores de Medula Óssea, promovida pela Unimed Litoral Sul. A campanha, que ocorrerá na sede da Cooperativa Médica, com entrada pela rua General Portinho, é aberta para a comunidade e tem como objetivo preencher os 150 cadastros de doadores disponibilizados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O transplante de medula óssea é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como doenças hematológicas, onco-hematológicas, doenças genéticas hereditárias, imunodeficiências, alguns tumores sólidos e doenças autoimunes. O caso mais conhecido pelos moradores do Rio Grande é o do menino Rafael Froner, que foi diagnosticado com hipoplasia medular severa e precisa encontrar um doador de medula óssea compatível.

A avó de Rafael Calderão Froner, Maria de Lourdes Calderão, representa a família do menino na luta de mais de um ano e meio para encontrar um doador compatível. "Peço mais uma vez que as pessoas se cadastrem, já que quanto maior for a procura, maior é a chance de finalmente acharmos um doador para o Rafael", pede ela. "Também gostaria de agradecer a todos que já participaram e apoiam há tanto tempo a nossa causa", conclui.

Maria de Lourdes também explica que Rafael não é o único caso de necessidade de transplante de medula óssea registrado na cidade, tendo sido registrados pelo menos mais quatro casos.

Ela conta que entrou em contato com o Inca para o pedido de abertura de um hemocentro em Rio Grande, já que o mais próximo encontra-se em Pelotas, e este é utilizado para toda a região.

"Quando fui ao Inca, fui informada de que o instituto acredita que o hemocentro de Pelotas é suficiente para atender toda a região, mas nós só conseguimos locomover as atividades até Rio Grande uma vez por ano", conta ela. "Nós precisamos de um hemocentro em Rio Grande, que consiga atuar, pelo menos, uma ou duas vezes por mês para atender a nossa cidade", conclui.

A avó de Rafael também informou que um abaixo-assinado para trazer o hemocentro uma vez por mês para a cidade será lançado junto com a campanha. "Esta será a nossa primeira grande mobilização pela causa. Fui informada de que precisamos de 10 mil assinaturas, planejamos divulgar em todos os meios possíveis para atingir o número necessário de assinaturas", explica Maria de Lourdes.

Tanto a família de Rafael, quanto a Unimed esperam que a campanha seja mais uma vez bem sucedida, já que mobilizou um grande número de pessoas em suas outras edições. Para realizar o cadastro e ser doador, é necessário ter entre 18 e 54 anos e estar em bom estado de saúde. Por Luiza Trápaga

 
       
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Vôlei: Mezzani e Unimed renovam com o Concilig

JORNAL DA CIDADE DE BAURU - SP ESPORTES Matéria 12/07/2015

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Mais dois parceiros que estiveram ao lado do Concilig Vôlei Bauru na temporada passada renovaram o contrato de patrocínio com a equipe bauruense para o período 2015/16. É a Mezzani, empresa bauruense do segmento de massas frescas, com 67 anos de tradição no mercado nacional, e a Unimed Bauru.

Administrada atualmente pela terceira geração da Família Nagasawa, a Mezzani aposta na integração com a comunidade bauruense. "Um dos valores da Mezzani é a responsabilidade social. Nós estamos em Bauru, geramos empregos e recolhemos impostos aqui. Nada mais justo que participarmos, dentro do possível, de tudo que envolve a sociedade bauruense e o esporte faz parte desse contexto. Nós oferecemos produtos de qualidade e saudáveis e é importante estarmos atrelados ao esporte, que é uma prática saudável. É claro que a visibilidade que a equipe vai ter agora, com a Superliga, também é relevante estrategicamente para a empresa", explica Carlos Sette, diretor executivo da Mezzani.

Para o diretor do Concilig Vôlei Bauru, Reinaldo Mandaliti, é importante ter parceiros como a Mezzani envolvidos no projeto da equipe. "Além do aporte financeiro, ter o apoio de uma empresa tradicional no país como a Mezzani traz muita credibilidade para o nosso projeto. Sem falar que é mais uma empresa de Bauru apoiando o esporte da cidade."

A Unimed Bauru também renovou o patrocínio para a temporada 2015/16. A cooperativa médica esteve ao lado da equipe na temporada passada, quando o Concilig Vôlei Bauru disputou pela primeira vez a elite do campeonato paulista e conquistou a Superliga B.

Para o presidente da Unimed Bauru, Roberson Antequera Moron, faz parte da política da empresa prestigiar e apoiar ações saudáveis como as do projeto do Concilig Vôlei Bauru. "A mensagem que o esporte passa é de saúde. É um marketing que tem relação com os nossos objetivos como uma empresa de saúde. Nós investimos em esporte e passamos para os nossos clientes que praticar esporte é fundamental para uma vida saudável. Temos que prestigiar o esporte bauruense", explica.

A empresa é responsável por fornecer os planos de saúde de todas as atletas e comissão técnica, além de disponibilizar equipe médica e ambulância de emergência em todas as partidas do Concilig Vôlei Bauru no Ginásio Panela de Pressão. "Ter uma empresa do porte e com a credibilidade da Unimed Bauru é fundamental para o nosso projeto. Não só pela questão financeira, mas também pela necessidade do apoio médico que uma equipe de alto nível como a nossa precisa ter. Contar com esse suporte, de uma empresa que dispensa apresentações, traz segurança para todos que estão envolvidos com o Concilig Vôlei Bauru", ressalta o diretor da equipe Rodrigo Mandaliti.

 
       
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Segmento de crédito espera por novas resoluções para manter suas taxas de crescimento

JORNAL DO COMÉRCIO - RS ECONOMIA Matéria 13/07/2015

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Rafael Vigna

Sistema cooperativo evolui desde 2009 devido à liquidez, diz Trombka

Em um ano marcado pela retração econômica, as cooperativas de crédito enfrentam novos desafios para sustentar os níveis expressivos de crescimento registrados ao longo dos últimos 9 anos. Uma nova norma do Banco Central (BC), prevista para agosto, deve reformular a Resolução nº 3.859 e desamarrar as regulamentações para o funcionamento das instituições deste segmento.

Em novembro de 2014, a autoridade monetária havia formalizado a autorização para a emissão de Letras Financeiras (LFs). A medida trouxe efeitos imediatos para o fortalecimento do patrimônio de referência das cerca de 1.139 instituições que integram o segmento no Brasil. Além disso, três projetos de lei (PLs) em tramitação (PL nº 409/11, PL nº 271/05 e PLP nº 100/09) prometem gerar benefícios. Entre eles, o acesso de repasses de recursos dos chamados Constitucionais de Financiamento, alterações tributárias e permissão para operações financeiras, como a captação de depósitos e concessão de crédito junto aos órgãos públicos municipais.

Conforme esclarece o coordenador do conselho consultivo do ramo de crédito da entidade que congrega os representantes deste segmento, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Celso Regis, a resolução deve flexibilizar a abertura para novos segmentos. A ideia é retirar a segmentação das cooperativas e abrir para o público em geral. Contaremos com a possibilidade de que aqueles que estão com os recursos em outras instituições comecem a utilizar as cooperativas , define.

O presidente da Unicred, Léo Trombka, por sua vez, destaca que desde 2009, após a crise financeira, o sistema cooperativo evolui em razão da liquidez. Quando surge esse tipo de crise, não precisamos aumentar taxas de juros e reduzir prazos de pagamentos, porque temos liquidez e emprestamos para o nosso cooperado , comenta.

A cooperativa, criada em 1989, por médicos da Unimed, hoje em dia, conta com uma carteira de 200 mil cooperados e atua junto aos profissionais da saúde e outras categorias, como arquitetos e engenheiros. A instituição, que conta com R$ 6 bilhões em depósitos à prazo, cresceu cerca de 20% em depósitos totais, 22% em ativos, 17% em operações de crédito e 18,02% em patrimônio líquido 18,02%. Os números apresentados superam, inclusive, o desempenho de diversos bancos de capital aberto.

A explicação, segundo Trombka, passa pelas taxas diferenciadas. A diferença, nas linhas para pessoa física, por exemplo, pode variar de 1,84% ao mês (na cooperativa) até 6,47% (em alguns bancos tradicionais). É uma realidade, porque temos esse princípio. Isso gera uma menor inadimplência. Ocorre que estamos melhores preparados para absorver crises em razão do tipo de estrutura , diz.

O chamado ramo de crédito, desde 2008, cresce em uma velocidade média de 26% ao ano. Isso significa que, a cada triênio, o setor dobra de tamanho. No início deste ano, o BC divulgou um relatório identificando que o conjunto das cooperativas de créditos registrou alta de 22% no volume de ativos, enquanto o S?NF cresceu 14%. Atualmente, o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) é formado por cinco confederações, 37 centrais, 1.106 cooperativas singulares, dois bancos cooperativos, 5.333 pontos de atendimento e 7,5 milhões de associados. Entre 2006 e 2014, os ativos do setor saltaram 590%, totalizando R$ 143 bilhões. O patrimônio líquido cresceu 418%, registrando R$ 25,9 bilhões, e o número de associados foi ampliado em 171%, totalizando 7,5 milhões pessoas, segundo a OCB. Em 2014, os ativos atingiram R$ 202 bilhões.

 
       
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Faturamento de cooperativas gaúchas cresce

JORNAL DO COMÉRCIO - RS ECONOMIA Matéria 13/07/2015

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Guilherme Daroit

Setor teve resultado superior ao do Estado, destacou Vergilio Perius

Seguindo tendência já percebida há alguns anos, o balanço das cooperativas gaúchas foi, novamente, positivo em 2014. Ao todo, as 440 cooperativas ativas registraram ingressos de R$ 31,2 bilhões no ano passado, um aumento de 10,6% em relação a 2013, que marca um ano de expansão em praticamente todos as atividades realizadas pelas entidades. Considerando-se o último qui?nquênio, então, o crescimento do faturamento do setor se torna ainda mais robusto: 68,2%.

É um crescimento fantástico, principalmente se posto em relação a um Estado que praticamente não cresceu nada , comenta Vergilio Perius, presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado (Ocergs). A entidade é a responsável pelos dados divulgados no estudo Expressão do Cooperativismo Gaúcho, que se mantiveram positivos mesmo com a perda de 24 entidades em funcionamento no Estado. Além do faturamento, também cresceram em 2014 o número de associados, que chegou aos 2,6 milhões, e os empregos gerados, passando das 58,4 mil vagas.

Entre os principais ramos de atividades realizadas pelas entidades gaúchas, o crédito registrou o maior crescimento, de praticamente 30%, totalizando pela primeira vez os R$ 5 bilhões em faturamento. As cooperativas de crédito crescem muito e serão o diferencial nos próximos 10 anos , projeta Perius, salientando o número de 1,7 milhão de associados apenas no ramo. Apesar disso, a maior fatia do faturamento segue sendo a das agropecuárias, cujos ingressos chegaram aos R$ 19,8 bilhões em 2014, um aumento de 6%.

Tivemos um resultado muito bom nos grãos, que, em 2015, está sendo ainda mais evidente, com crescimento no share das cooperativas no recebimento das colheitas , justifica o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoergs), Paulo Pires. Apenas na soja, por exemplo, a participação das entidades na safra passou de 22,3% em 2013 para 40,8% em 2014, sustentada na criação de novas unidades e maior capacidade de armazenagem. Além disso, a produtividade trazida pelos esforços de assistência técnica aos produtores também é citado pelas entidades.

A vocação exportadora dos alimentos, porém, minimiza os efeitos, segundo Perius, pelos custos envolvidos na logística de transporte dos grãos ao porto do Rio Grande. O aumento, sentido também nas empresas de leite e de carne suína, nos permite pensar ainda mais na verticalização, agregando maior valor a nossa produção , complementa Pires, que aposta também nos recentes acordos comerciais de exportação de alimentos a países como Rússia e Estados Unidos para tentar repetir o crescimento em 2015.

À exceção do ramo de produção, que engloba cooperativas que fabricam cimento e sistemas hidráulicos, por exemplo, e que reduziu seu faturamento em mais de 8% no ano, seguindo tendência já vista há algum tempo - em 2011, os ingressos do ramo eram de mais de R$ 426 milhões, contra os atuais R$ 363 milhões - todos os outros setores cresceram. Foi o caso das cooperativas de saúde, que em 2013 haviam permanecido estáveis e, em 2014, retomaram expansão da ordem de 16,5%, atingindo R$ 4,5 bilhões. Apesar da crise sentida por todos, estamos seguindo com os investimentos em novos hospitais e tendo oportunidades perante o caos da saúde pública , argumenta Márcio Pizzato, presidente da Unimed Porto Alegre, que, sozinha, cresceu 15% no ano passado.

Outro ramo, o de infraestrutura, cresceu 6,7%, com faturamento de R$ 847 milhões. A energia fornecida pelas cooperativas chegou a 271 mil consumidores, 61% deles no meio rural, com um crescimento de 13,2% no volume entregue. Com isso e o resultado da venda da energia gerada no mercado livre, as cooperativas têm investido em qualidade e no apoio aos produtores que buscam aumentar sua carga para maior produção , defende o superintendente da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Estado (Fecoergs), José Zordan. Ao todo, o sistema cooperativo gaúcho gerou R$ 1,7 bilhão em tributos em 2014, aumento de 17,4% em relação a 2013.

 
       
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Brasil é líder mundial em números de cesárias

JORNAL DO POVO - RS Matéria 11/07/2015

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As novas regras do Ministério Público para as cesarianas colocou em evidência a polêmica sobre os tipos de parto no País. Mas o que fez o Governo Federal adotar esta medida? Já ouviu dizer que o exagero nunca é de bom gosto? Pois então, o Brasil faz cesárea em excesso e desnecessariamente. E o exagero fez a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertar sobre o assunto, fato que fez o País repensar as formas de nascimento.

O Brasil é o líder disparado nesse tipo de parto. De acordo com o ranking da OMS, somos o único país do globo a ter mais da metade de todos os nascimentos feitos por essa cirurgia: 53,7%. Esse procedimento cirúrgico é um método que tornou os nascimentos mais seguros e menos sofridos em certo número de casos em que há risco para mães e bebês.

Em todo o mundo, ele é usado quando o parto normal pode levar à morte da gestante ou da criança. No Brasil, contudo, a cesariana é uma regra. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, 84% dos brasileiros que vêm ao mundo na rede particular nascem dessa forma. Na rede pública, são 40%. Segundo a OMS, a porcentagem adequada gira em torno dos 15%.

Na Finlândia e na Holanda é de 17%, na França, de 21%.

Um dos argumentos usados com maior frequência para explicar os altos números é que a brasileira não quer sofrer. De fato, o parto normal no Brasil submete a gestante a dores desnecessárias. Métodos que são comuns em outros países são ignorados no país. Nos hospitais, por exemplo, o parto costuma ser feito com a mulher deitada, o que dificulta a saída do bebê: as posições recomendadas são de agachamento ou mesmo em pé, porque a força da gravidade ajuda o processo. Além disso, é regra a utilização da ocitocina, que aumenta a dilatação e as doloridas contrações.

O parto normal, portanto, não precisaria ser sinônimo de sofrimento. Mas um modelo de saúde implantado no Brasil há mais de três décadas em tudo induz à cesariana - uma operação que de fato é rápida e prática, mas também é cara e eleva em até 120 vezes as chances de problemas respiratórios para o recém-nascido e em três vezes o risco de morte materna.

Para a obstetriz Marina Ros, que trabalha no Hospital Spaarne, em Hoofddorp, na Holanda, a porcentagem de nascimentos por cesárea no Brasil é muito alta. "Aqui no hospital só é feita quando absolutamente necessária. É muito melhor dar à luz com parto normal. A recuperação é mais fácil. A cesariana pode ter complicações graves", explica a holandesa.

Marina enumera ainda os riscos que este tipo de cirurgia pode ter. "Durante a operação, há grande possibilidade de danos no útero, bexiga, uretra, intestinos. Além disso, o útero podem relaxar rapidamente o que pode aumentar o risco de uma grande quantidade de perda de sangue. Após a operação, há maior risco de infecção da ferida, da bexiga ou do útero. A abundância de complicações que podem ocorrer não me permitir escolher este tipo de parto", conclui.

Segundo ela, na Holanda, a cesariana só é feita quando há complicações que impedem o parto normal. Mas a fama do Brasil chegou até lá. "Costumo ver e ouvir na mídia que as mulheres no Brasil escolhem a cesariana conscientemente, sem que exista uma indicação médica para isso", conta.

Para ela, mãe e bebê só precisam da hora certa. "Para o bebê é melhor nascer naturalmente, a hora certa do bebê, quando ele ou ela está pronto para isso", acredita.

Países como Holanda e Inglaterra, com índices de mortalidade materna e infantil baixíssimos, ainda baseiam toda a assistência ao parto na figura da obstetriz ou parteira. Nestes países, os médicos obstetras são considerados especialistas que tratam apenas de eventuais complicações e das gestações de risco. As obstetrizes cuidam do pré-natal e fazem o parto normal da grande maioria das mulheres.

Na Holanda, 35% de todos os bebês nascem em casa. Lá, o parto domiciliar é quase rotina. A taxa de cesárea é menor que 10%. Os partos de baixo risco são acompanhados por obstetrizes, que costumam trabalhar em cooperativas de três. É possível optar por um parto domiciliar ou um parto hospitalar, sempre com a obstetriz.

O obstetra só entra em cena quando há alguma indicação médica específica, ou seja, quando a gestação é de risco. É ele quem faz a cesárea, quando necessária. As obstetrizes também não podem usar nem o fórceps nem o vácuo-extrator.

Mesmo hoje em dia, as práticas relativas ao parto variam muito nos diferentes países. O modelo americano é o que mais se assemelha ao brasileiro. No entanto, a taxa de cesárea nos EUA não passa dos 25% e, mesmo assim, é considerada alta. É muito raro, por exemplo, que um parto normal seja realizado numa sala de cirurgia, como é de praxe no Brasil. Já existe um nível de consciência e questionamento por parte das mulheres americanas que faz com que práticas como movimentar-se e usar o chuveiro ou a banheira para aliviar as dores durante o trabalho de parto sejam amplamente difundidas e aceitas, assim como também acontece no Brasil.

 
       
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Compromisso com o país (Artigo)

O TEMPO - MG OPINIÃO Artigo 04/07/2015

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O crescimento pela coletividade

Vivenciamos um período conturbado, marcado por alta dos juros, aumento do desemprego, queda do poder de compra, projeção de elevação da inflação anual de7,9%para 9% (segundo o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central de 24 de junho de 2015), escândalos da operação Lava Jato (prisão de altos executivos), declarações políticas incongruentes com as bases partidárias e alianças de outrora, surpresas no futebol e outros fatos que vão "tirando lascas" da solidez da esperança de um povo que ama a sua nação verde-amarela.

O cenário pode não ser dos mais otimistas, mas o momento é de se buscarem novas soluções e novos caminhos que vençam os desafios e tragam ao cidadão brasileiro dias de mais paz, segurança, qualidade de vida e retomada dos sonhos.

Uma nação que tem recursos naturais invejáveis e um dos maiores potenciais de sustentabilidade do planeta - prefiro me concentrar nesses aspectos - são fatores positivos que nos levam a contemplar o horizonte e a lutar para que ele seja melhor para toda a coletividade.

E, falando em coletividade, defendo o cooperativismo como modelo socioeconômico sustentável, que promove a geração de empregos, sem deixar de lado o respeito à dignidade humana e a busca dos objetivos comuns dos cooperados, entre outros fins.

No Brasil, as cooperativas estão classificadas em 13 ramos de atividade econômica, sendo um deles a saúde. Na minha experiência no cooperativismo médico na maior instituição do setor do mundo, posso afirmar que as cooperativas unem forças para vencer os desafios do mercado e, no nosso caso, a exploração advinda do mercantilismo.

As cooperativas representam um importante instrumento para a economia atual e devem ser reconhecidas como modelo. O cooperativismo privilegia a gestão democrática, em que todos participam do processo de tomada de decisões. Os cooperados têm voz para manifestar seus anseios e buscar soluções para a longevidade do negócio.

Soluções que não visam ao lucro a qualquer preço, mas que buscam a valorização da classe médica e o compromisso com a excelência na saúde.

Por tudo isso, seus integrantes têm um sentimento maior de pertencimento e se comprometem ainda mais quando surgem as dificuldades, pois, no cooperativismo, a participação de cada membro é fundamental. A cooperativa é do cooperado, e são esses que desenham os caminhos que pretendem seguir.

O cooperativismo médico surgiu da luta, da união da classe médica e de um movimento "pra frente". Movimento que precisa ser (re)incorporado à alma dos milhões e milhões de brasileiros que sabem que a crise existe, mas que ela não deve tomar conta de uma nação nem provocar a inércia de um povo que estufa o peito e canta: "Gigante pela própria natureza,/ És belo, és forte, impávido colosso,/ E o teu futuro espelha essa grandeza".

Aproveitemos o 4 de julho, Dia Mundial do Cooperativismo, para promover a reflexão necessária para a retomada do compromisso de cada um de nós coma coletividade chamada Brasil.

Marcelo Mergh Monteiro - Presidente da Unimed Federação Minas

 
       
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Unimed Rio Preto substitui plataforma HP por IBM Power

COMPUTER WORLD Nota 13/07/2015 08:22:00

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Com o crescimento acelerado registrado nos últimos dois anos, a equipe de TI da Unimed de São José do Rio Preto (SP) sentiu a necessidade de procurar uma plataforma mais robusta e estável para rodar seus sistemas. O ambiente composto por máquinas HP x86 operava há seis anos e já dava sinais de instabilidade. Além disso, não mais comportava o volume de processamento demandado.

Hoje a provedora de planos de saúde gerencia mais de 208 mil vidas, emprega mais de 800 funcionários (o número de colaboradores dobrou em 1 ano e meio), apoia mais de 1,4 mil cooperados e uma infraestrutura tecnológica que suporta um banco de dados Oracle de 3TB, além de dois data centers.

Após pesquisar o mercado em busca de uma ferramenta aderente a suas necessidades, a empresa resolveu adotar o sistema Power, da IBM. O projeto foi conduzido pela integradora Visual Systems, com o apoio da distribuidora Ação Informática.

Entre julho e agosto de 2014, todo o ambiente da Unimed Rio Preto foi migrado para duas Powers 740, com 2 processadores de 8 core, 256GB de memória e outras duas Powers 720, cada uma com 128GB. Para o storage, foi adquirida a solução IBM V7000, com capacidade para 40TB.

Com a solução, alguns processos que levavam até 10 horas para serem concluídos, agora são  executados em apenas 2 horas. A plataforma também melhorou a performance de processamento do ERP em uso na empresa.  O objetivo é que nova infraestrutura suporte o crescimento previsto pela empresa para os próximos cinco anos.

 
       
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Dez anos depois de acidente, placa perfura esôfago e mulher morre

CORREIO DO ESTADO - ON LINE - MS Matéria 12/07/2015 15:43:00

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Dez anos depois de sofrer acidente automobilístico e ficar tetraplégica, Regina Barbosa de Souza, 37 anos, morreu por volta das 7h50min deste domingo (12), no Hospital Unimed, na Avenida Mato Grosso, Bairro Carandá Bosque, em Campo Grande. Ela tinha uma placa de titânio na coluna, que perfurou seu esôfago e, por conta disso, estava internada para ser submetida a cirurgia de substituição.

A mãe da vítima, de 64 anos, informou à Polícia Civil, que investiga o caso como morte a esclarecer, que a filha havia ficado tetraplégica em decorrência de acidente, ocorrido há 10 anos. Havia sofrido trauma na coluna e tinha placa de titânio na região do pescoço, a qual se deslocou e perfurou seu esôfago.

Regina estava internada no hospital Unimed desde o dia 5 deste mês para cirurgia de substituição da placa. No dia 11, teve complicações na saúde, que culminaram em insuficiência respiratória aguda, pneumonia e choque séptico. Ela foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morreu às 7h50min de hoje.

Como a causa do óbito ainda não foi comprovada e por ter acontecido dentro de unidade hospitalar,o caso foi levado à polícia que abriu inquérito como morte a esclarecer.

 
       
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Cerca de 220 alunos participam de simulado de vendaval em Blumenau

DIÁRIO CATARINENSE - ON LINE Matéria 10/07/2015 16:18:00

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Ação foi feita na escola Júlia Lopes de Almeida, na Ponta Aguda, nesta sexta-feira

Alunos de todas as idades da Escola de Educação Básica Júlia Lopes de Almeida, no bairro Ponta Aguda em Blumenau, participaram de uma simulação de vendaval na manhã desta sexta-feira. O treinamento, promovido pelo programa Viver Bem na Escola da Unimed, foi feito em parceria com a Defesa Civil do município. Durante a atividade áreas da escola foram interditadas e quedas de árvores foram criadas para ensinar como alunos e professores devem reagir em situações como essa. Segundo a assessoria de imprensa da Unimed, esta é a segunda escola a receber o treinamento, que já vai para o segundo ano. Em 2014 o foco eram situações que envolvem fogo e este ano o cronograma de atividades visa os destelhamentos. De acordo com Adriano da Cunha, diretor da Defesa Civil, a escola foi escolhida para o simulado por fazer parte do programa de agentes mirins da Defesa Civil, e estar localizada ao lado de uma encosta _ que oferece mais riscos em caso de vendavais. - Foi importante para que as crianças treinassem a reação que devem ter. Cronometramos o tempo de todos os procedimentos, desde o acionamento dos bombeiros, feito pelo diretor da escola, até a evacuação dos alunos. Foi uma experiência positiva - avaliou. Para o diretor da escola, Adijanes Vitor Zimmermann, a ação foi importante para treinar os alunos não só para ocasiões na escola, mas também em casa, onde podem repassar aos pais o que fazer em caso de vendaval: - Simulamos alunos feridos e até um caso em que a criança se desesperou e foi para o meio do mato, necessitando de um resgate dos bombeiros. Foi um aprendizado para todos. Além dos 220 alunos da escola, cerca de 60 pessoas participaram do simulado, que encerrou oficialmente a Semana da Defesa Civil, que teve como evento principal o simulado de deslizamento realizado na Rua Araranguá no último sábado, dia 4.

 
       
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Enfermeiro ofende mulher em hospital de VR

FOCO REGIONAL NOTÍCIAS Nota 13/07/2015 08:18:00

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Um vídeo postado no final da noite de ontem numa rede social mostra uma discussão entre uma mulher e um enfermeiro no Hospital da Unimed, em Volta Redonda. O fato ocorreu porque ela se irritou com o enfermeiro, pois cobrava atendimento para um homem que estava passando mal na área de triagem e caiu no chão, sem receber socorro imediato.

O paciente caiu ao lado da sala onde se encontrava o enfermeiro, que no momento atendia a outra pessoa. A certa altura, o enfermeiro teria chamado a mulher de "vaca", depois que ela lhe disse que ele deveria estar num pasto.

- Vaca é a senhora sua mãe - respondeu a mulher.

O vídeo foi publicado por Samantta Bruzinga de Rezende em sua página de relacionamento e, 17 horas depois, já tinha sido visualizado por mais de 73 mil pessoas e compartilhado por quase 4,3 mil. Segundo ela, o homem estava acompanhado da mulher, que segurava um bebê de quatro meses.

A imagem mostra o paciente sendo levantado pelos braços e pernas por outros dois homens, que aparentemente não são funcionários do hospital, e levado para outra dependência, sob o olhar do mesmo enfermeiro.

Em nota, a Unimed Volta Redonda lamentou o ocorrido e disse que o fato está sendo apurado. Leia a manifestação da cooperativa médica: "Em relação ao vídeo publicado, a Unimed Volta Redonda lamenta o ocorrido e informa que imediatamente iniciou a apuração do caso para tomar as medidas cabíveis. A instituição reforça o seu compromisso de cuidar das pessoas e não compactua com qualquer prática contrária a essa conduta. A cooperativa informa que o paciente foi atendido, medicado e liberado após a medicação. Por fim, a entidade ressalta que busca utilizar de todos os meios para cumprir sua missão de valorizar a vida".

 
       
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Planos de saúde negam terapias complementares para crianças autistas

GAZETA DO POVO - ON LINE VIDA E CIDADANIA Matéria 12/07/2015

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No final do ano passado, Hanna Baptista recebeu uma notícia inesperada. A filha Gabriela, de 3 anos, foi diagnosticada com autismo. O desespero aumentou ao saber que o plano de saúde com o qual tem contrato não iria cobrir as sete terapias das quais Gabriela precisava. Com o tratamento precoce, a criança que apresenta transtorno do espectro autista pode vir no futuro a se relacionar e a ter uma vida com mais autonomia.

"Sem esse tratamento, a maior probabilidade é que ela se alheie cada vez mais do mundo que a cerca, dependendo sempre dos cuidados de outras pessoas", conta Hanna. Em busca de uma solução, a mãe, que é advogada, entrou com uma ação judicial para que o plano fosse obrigado a custear o tratamento da filha.

A liminar na 25.ª Vara Cível de Curitiba, expedida há cerca de um mês, veio acompanhada de uma imensa alegria. O Poder Judiciário determinou que o plano de saúde custeasse todo o tratamento de Gabriela. Em caso de descumprimento, o plano teria que pagar R$ 1 mil por dia. "Do dia que propus ação ao dia que começou o tratamento foram apenas cinco dias [de espera]", relata.

O que Hanna conseguiu serve de exemplo para que outras mães de crianças com autismo possam ter acesso a todo tratamento médico que cabe ao plano de saúde. Essa é uma das principais bandeiras de Hanna. "Minha luta é para incentivar aos pais que procurem seus direitos", afirma.

A advogada conta que caso não entrasse com a ação judicial, o tratamento completo da filha poderia chegar a R$ 20 mil por mês. "Antes de acionar a Justiça, o plano negou todo atendimento que tinha solicitado, que era focado nas necessidades de quem tem autismo. É direito da minha filha ter o atendimento adequado", relata.

Segundo Hanna, não se trata simplesmente de o plano de saúde não se dispor a custear tratamentos, por se tratarem de metodologias específicas, necessárias para autistas.

"Existem tratamentos necessários que são previstos de forma genérica pelo rol da Agência Nacional de Saúde (ANS) e outros que nem sequer são previstos no mesmo", explica. Mesmo que fisioterapia, fonoaudiologia e psicoterapia estejam previstos no rol da ANS, essas técnicas não são oferecidas pelos métodos indicados à crianças autistas.

"Já equoterapia, musicoterapia e hidroterapia não têm previsão alguma - porém todos esses tratamentos devem ser custeados pelo plano de saúde, em quantidade e pela metodologia indicadas pelo médico assistente. Os pais devem procurar a Justiça não para conseguir que o tratamento genericamente previsto seja dado de forma específica, mas sim para conseguir todo tratamento necessário, previsto ou não no rol da ANS", ressalta.

Hanna afirma ainda que cláusulas de exclusão de tratamentos não previstos no rol Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos de saúde no Brasil, são abusivas em contratos com planos de saúde. "O contrato é por adesão, e deve ser interpretado em benefício do consumidor. Esses tipos de exclusões de cobertura são abusivos", salienta.

 
       
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Vacina de caxumba: uma dose não basta para proteger da doença

O DIA - ON LINE - RJ Matéria 11/07/2015 00:22:00

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Rio - Caxumba se resolve com vacina. Em duas doses e, se precisar, uma terceira. Esta é a recomendação dos especialistas em imunização ouvidos pelo DIA após o surto da doença que atingiu o Rio de Janeiro, além de cidades da região metropolitana como Niterói e Nova Iguaçu.

A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), Isabela Ballalai, explicou que nenhuma vacina é 100% eficaz, e que no caso da Tríplice Viral, entre 3% e 5% das pessoas vacinadas não estão imunes.

"Quanto mais gente estiver vacinada, menos vírus no ambiente, e isso protege, obviamente, inclusive quem não tomou a vacina", explicou Isabela Ballai.

Segundo a médica,há dois tipos de falhas na vacinação contra caxumba. A primeira é quando a pessoa toma apenas uma dose - a primeira é aos dois anos de idade. O reforço é feito aos dez anos, justamente porque com uma única vacina, não há garantia de imunização. Em casos de surto, os infectologistas recomendam uma terceira dose.

"A grande questão é que a vacinação contra a caxumba começou em 1998, em dose única, e apenas a partir de 2002 passou a ser em duas doses. Neste caso, muitos adolescentes, hoje, talvez tenham tomado apenas uma dose quando criança", prosseguiu a médica.

Apesar de uma terceira dose não ser recomendação expressa dos especialistas, quem não tem certeza se foi vacinado duas vezes, pode tomar por precaução. Com o calendário correto de imunização, o percentual de proteção da vacina chega a 98%.

"Só acho que não é preciso tanto alarde porque a caxumba é uma doença benigna, que próprio organismo combate, e as sequelas, como a esterilidade, algo que se comentava muito no passado, são raríssimas", completou Isabela.

O patologista clínico Helio Magarinos Torres Filho também recomendou uma nova vacinação. Ele explicou que a infecção costuma ocorrer no início da adolescência e que em alguns países, como os Estados Unidos, uma nova dose é aplicada a partir dos 12 anos.;

"Há casos em que o próprio organismo para, sozinho e sem razão, de produzir o anticorpo", destaca o especialista Torres Filho.

Preocupada com os recentes casos de caxumba na cidade, a administradora Bianca Moraes, 35, levou a filha Maria Clara, 6, para receber vacinar no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, ontem à tarde. "Depois que vi todo mundo comentado, percebi que minha filha estava em tempo de tomar a segunda dose, então corri para cá. Se não fossem as notícias, acho que eu não teria lembrado. Fico um pouco mais aliviada agora", disse.

Imunização será analisada

O Ministério da Saúde decidiu investigar, o surto de caxumba no Rio de Janeiro para verificar se ele tem relação com a eficácia das vacinas e com o cumprimento do calendário nacional de imunização.

Todos os casos notificados serão analisados. A Secretaria estadual de Sapude também participa da investigação e quer saber se as pessoas contaminadas já eram vacinadas.

A Secretaria informa que no Rio de Janeiro a cobertura da vacinação foi de 114,6% em 2014 e de 108,1% em 2013 (população em trânsito no estado pode ter sido vacinada). A distribuição da vacina para a caxumba encontra-se regular e os estoques estão abastecidos

A secretaria municipal de Saúde, por sua vez, informou ontem que a estudante Juliana Guedes, de 14 anos, que cursava o 1º ano do ensino médio da unidade Barra da Tijuca do colégio PH e morreu na última terça-feira, não estava infectada por caxumba.

A causa da morte de Juliana, segundo o laboratório Noel Nutels, foi encefalite. Na escola de Juliana, o PH, 44 crianças pegaram caxumba nos últimos 40 dias.

 
       
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Grávidas encontram dificuldades para saber taxa de cesariana de médicos e hospitais

SAÚDE PLENA Nota 13/07/2015 08:19:00

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Já estão valendo as novas regras da Agência Nacional de Saúde de incentivo ao parto normal na rede privada: partograma, cartão da gestante, direito de saber a taxa de cesariana dos médicos e dos hospitais e garantia de que o plano de saúde cubra os custos do procedimento cirúrgico da mulher que queira a cesariana. Nesse caso, terá que ser preenchido um "Termo de Consentimento Livre e Esclarecido" assinado pela gestante

Nova resolução da ANS garante à gestante a informação sobre a taxa de cesariana e de parto normal de médicos e hospitais Resolução nº 368 da Agência Nacional de Saúde (ANS), que começou a vigorar nesta segunda-feira (07/07), tem o objetivo de incentivar o parto normal no país campeão mundial de cesarianas e prevê que as gestantes tenham o direito de saber a taxa de cesariana dos médicos e dos hospitais. Essa medida foi uma das mais comemoradas pelas mulheres que estão à frente na luta pela assistência humanizada ao parto normal no Brasil. Isso por que a pesquisa Nascer no Brasil mostrou que 70% das brasileiras iniciam o pré-natal desejando o parto normal, mas, na rede privada a taxa de cesariana alcança 84,6% e, na pública, 40%. "Como usuária de plano de saúde e como mulher, tenho o direito à informação para fazer minhas escolhas. De dez amigas minhas que tiveram filhos nos últimos seis meses, as dez passaram por uma cesariana querendo parto normal. Essa realidade nos deixa muito pessimista em relação aos partos no Brasil. Se eu não usar todos os recursos que tenho direito e acreditar apenas na carinha boa do médico, pode acontecer o mesmo comigo. Embora eu ache que estou bem assistida pelo obstetra que está fazendo o meu pré-natal, pedi ao meu convênio a taxa de cesariana dele porque é um direito meu. Quero comprovar", afirma a aeronauta Michelle Magalhães, 36 anos, grávida de 5 meses de José.

SAIBA MAIS...

Parto na água é experiência prazerosa e encontro com a natureza do corpo feminino Médicos terão que justificar cesariana a partir desta segunda-feira Planos de saúde terão que cobrir cesárea eletiva se gestante optar pela cirurgia O artigo 4º da resolução nº 368 ANS afirma que "a Operadora de Planos Privados à Saúde deverá fornecer número de protocolo gerado por ocasião da solicitação à beneficiária ou ao seu representante legal, bem como apresentar a resposta em linguagem clara e adequada, por escrito, presencialmente, por correspondência ou por meio eletrônico conforme escolhido pela beneficiária ou seu representante legal". O prazo é de 15 dias. No entanto, quando Michelle solicitou ao seu plano de saúde a taxa de cesariana do médico dela, obteve como resposta da operadora que só receberia a informação se solicitasse o dado presencialmente. 

O mesmo foi relatado pela advogada Nayara Assumpção, 28 anos, grávida de 9 semanas, e por Bárbara Lamas, 35 anos, mãe de Joaquim, de 1. As três são clientes da Unimed e receberam a seguinte resposta. "Neste primeiro momento, a Unimed-BH fornecerá essas informações de forma imediata aos seus clientes em seus Atendimentos Presenciais mediante a uma assinatura do termo de responsabilidade das informações por parte dos clientes solicitantes". O retorno, que chegou por e-mail, deixou as três indignadas já que o texto da resolução diz que a escolha de como receber as informações cabe à beneficiária ou seu representante legal. 

Apesar de Bárbara Lamas não estar esperando um bebê - ela teve Joaquim de parto domiciliar -, quer garantir que a irmã, grávida de dez semanas, consiga o parto normal desejado. Para isso, solicitou os números de 112 médicos da operadora de saúde e, por mais que pareça exagero, a ANS informa em nota enviada por e-mail que "a RN 368 não cita a quantidade de médicos sobre os quais a gestante pode pedir dados sobre taxas cesarianas". 

A agência reafirma ainda "que é papel da operadora fornecer para a gestante a informação solicitada, da forma escolhida por ela, seja presencialmente, por correspondência ou por meio eletrônico, em até 15 dias". Em caso de descumprimento da RN 368, os canais para esclarecer dúvidas ou registrar reclamações são: 

DISQUE ANS (0800 701 9656) Atendimento telefônico gratuito, disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h (exceto feriados)

Portal da ANS (www.ans.gov.br) Central de Atendimento ao Consumidor, disponível 24 horas por dia

Núcleos da ANS:  Atendimento presencial de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h30 (exceto feriados), em 12 cidades localizadas nas cinco regiões do Brasil.

A assessoria de comunicação da Unimed BH informou por meio de nota (veja a íntegra no final da reportagem) que já reviu a decisão. "A Unimed-BH informa que disponibilizará as informações presencialmente, por correspondência ou em meio eletrônico, de acordo com a opção escolhida pela cliente ou seu representante legal", diz o texto enviado ao Saúde Plena. 

Segundo a ANS, as operadoras que deixarem de prestar as informações solicitadas em cumprimento à Resolução Normativa pagarão multa de R$ 25 mil.

Os hospitais de Belo Horizonte também não se mostraram preparados para atender à demanda de mulheres que queriam saber a taxa de cesariana das unidades de saúde. No dia em que a resolução da ANS começou a vigorar, uma repórter gestante do Saúde Plena entrou em contato com as quatro principais maternidades da capital. Apesar de terem o prazo de 15 dias, os atendentes sequer sabiam do que se tratava e a jornalista foi transferida para diferentes ramais e ninguém sabia o que dizer. No entanto, o Ministério da Saúde disponibiliza essa informação que segue abaixo:

FONTE: Datasus/Ministério da Saúde/2015

Polêmica O direito à informação sobre a taxa de cesarianas e parto normal dos médicos brasileiros não agradou às entidades médicas que ponderam que o número divulgado não estaria contextualizado e poderia levar a uma falsa interpretação. O presidente da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (SOGIMIG), Agnaldo Lopes da Silva Filho, reforça que "apoia medidas que visam aumentar a taxa de parto normal no Brasil, desde que seja um parto seguro para mãe e para o bebê. No entanto, as principais causas da elevada taxa de cesariana no país são resultado do modelo de assistência obstétrica adotado por aqui. Alguns médicos fazem mais cesárea porque atendem pacientes com alto risco e terão taxas sempre maiores". Além disso, o especialista pondera que a taxa de cesariana e parto normal de um mesmo obstetra vai variar de operadora para operadora. 

Em seu site, o Conselho Federal de Medicina afirma que junto com a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) vão cobrar da ANS ajustes nas regras para partos na rede privada. Em relação aos dados referentes aos médicos, afirma no texto: "O risco do viés ou erro sistemático induzido pela ANS é muito grande. Se um obstetra realiza apenas uma cesárea para a operadora A e três partos normais para a operadora B, as informações sobre este profissional trarão uma taxa de 100% de cesarianas ou de 100% de partos normais, dependendo do plano consultado".

Grávida que quiser cesariana terá que ser informada dos riscos da cirurgia sem indicação e assinar um termo de consentimento

Partofobia Outra regra que tem gerado discussão na resolução nº 368 da ANS é o direito da gestante em escolher a cesariana e o plano de saúde cobrir os custos da cirurgia. A agência de saúde cita o capítulo IV do artigo 24 do Código de Ética Médica para fundamentar a decisão. "É vedado ao médico deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo". Nesses casos, o partograma (documento onde é registrado tudo o que acontece no trabalho de parto) será substituído por um Relatório Médico em que deve constar um "Termo de Consentimento Livre e Esclarecido" assinado pela gestante. 

O receio é o de que - como é comum aos pacientes assinarem termo de responsabilidade em relação a procedimentos cirúrgicos e até no parto normal -, os riscos da cesariana eletiva (sem indicação médica) passem despercebidos pelas gestantes. A cesárea sem indicação triplica a chance de mortalidade materna e aumenta em até 120 o risco de o bebê nascer prematuro. Além disso, predomina no Brasil a cultura de que a cesárea é um procedimento controlado e seguro.

Pediatra, epidemiologista, coordenadora da Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e consultora do Ministério da Saúde, Sônia Lansky diz que um caminho é fortalecer esse termo de consentimento. "É um documento que precisa ser bem elaborado para que realmente contenha informações corretas. No entanto, o que temos visto de propostas elaboradas pelas sociedades médicas mascaram e amenizam os efeitos da cesariana e exaltam os problemas do parto normal". 

Sobre a questão do direito de escolha da via de parto, Lansky afirma que a cesariana a pedido é um direito reconhecido internacionalmente. "Existem mulheres com aversão ao parto normal, no sentido patológico. O diagnóstico de partofobia é multiprofissional e sendo positivo, a indicação é realmente a cesariana", afirma a especialista. Sônia Lansky lembra, no entanto, que estudos científicos apontam para uma incidência bem pequena da partofobia, variando entre 1% e, no máximo, 5%. 

Para ela, a resolução da ANS está estimulando um debate importante em relação ao nascimento no Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a taxa de 15% de cesariana e a média no Brasil é de 52%. "Os números mostram que algo está muito errado. As mulheres brasileiras têm a ilusão de que a cesariana sem indicação clínica é uma boa vivência e as medidas da ANS podem ajudar a mudar esse pensamento", pondera. Ela cita que o partograma não era obrigatório e vai possibilitar, por exemplo, auditorias sobre cesariana sem trabalho de parto.

Nota da Unimed "A Unimed-BH apoia e incentiva o parto normal, mas essa é uma decisão que só a cliente e o seu médico podem tomar. A Cooperativa orienta para que as dúvidas sejam esclarecidas com o médico e, seja qual for a escolha, está ao lado da cliente.

Sobre a solicitação de estatísticas de parto normal e cesáreo prevista na Resolução Normativa nº 368, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Unimed-BH informa que disponibilizará as informações presencialmente, por correspondência ou em meio eletrônico, de acordo com a opção escolhida pela cliente ou seu representante legal. 

Cabe destacar que a solicitação feita presencialmente é atendida de imediato. A lista com locais onde o pedido pode ser feito dessa forma está no site unimedbh.com.br.

Já o envio das informações via correspondência ou meio eletrônico pode ocorrer em até 15 dias corridos, conforme a regulamentação. A solicitação para o envio das estatísticas por estes meios pode ser feita no 0800 030 30 03 ou pelo site unimedbh.com.br, nos canais Chat, Fale Conosco ou Central do Cliente.

A Unimed-BH tem realizado permanente estímulo ao pré-natal de qualidade, com a realização de todas as consultas e os exames recomendados, e ao parto normal. Em cinco anos, a taxa desta modalidade de parto nas maternidades da Unimed-BH aumentou 24%, chegando a 41% dos nascimentos em 2014. A Maternidade Unimed - Unidade Grajaú tem, inclusive, o melhor índice de partos normais entre os serviços privados de Belo Horizonte, 47% dos partos realizados mensalmente.

A Cooperativa reafirma seu compromisso com a melhoria contínua dos serviços prestados aos clientes".

 
       
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Qualicorp reduz capital social em R$ 400 milhões (Dinheiro em Ação)

ISTO É DINHEIRO COLUNAS Nota 12/07/2015

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O Conselho de Administração da Qualicorp decidiu reduzir o seu capital social em R$ 400 milhões, sem cancelamento de ações. Os acionistas receberão R$ 1,458124020 por ação, valor que poderá mudar até a data da transação. A operação está sujeita à aprovação dos debenturistas e dos acionistas em assembleia extraordinária. No ano, as ações da Qualicorp recuam 21%.

 
       
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Agora e na retranca

VEJA NEGÓCIOS Matéria 12/07/2015

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Cecília Ritto e Thiago Prado

Com uma portentosa carteira de mais de 1 milhão de clientes, a Unimed Rio de Janeiro, a maior operadora de planos de saúde do estado e a oitava do Brasil, já foi a porção mais saudável do conglomerado de cooperativas médicas que compõe a Unimed Brasil. Não é mais. e, segundo analistas do setor, os graves problemas que enfrenta decorrem cm boa parte dos gastos excessivos do seu presidente, o médico Celso Barros, 62 anos - dentro e. principalmente, fora da empresa. Torcedor fanático do Fluminense. Barros despejou no time nada menos que 225 milhões de reais em patrocínios que começaram pouco depois de ele assumir a presidência do clube, em 1998, e duraram quinze anos. Com essa quantia, contratou dezenas de craques, conquistou títulos c. ao mesmo tempo, sangrou a Unimed além da sua capacidade. No começo deste ano. com a operadora mirando a bancarrota, Barros orquestrou na Justiça uma tábua de salvação tão imprópria quanto sigilosa, a cujo trâmite VEJA teve acesso: sacou 350 milhões de reais de um fundo gerido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que tem por função garantir aos clientes serviços em caso de quebra de operadoras - algo inédito no universo dos planos de saúde. Agora, a ANS pôs um homem de confiança na Unimed para garantir que o fundo seja ressarcido, e o presidente da operadora começou, enfim, a tomar providências para arrumar as finanças.

Criado em 2001. a Pcona, como é chamado o fundo, acumula 8 bilhões de reais em reservas, fruto de depósitos obrigatórios por parte das operadoras. Até hoje. quarenta planos de saúde tentaram usar uma parcela dos recursos em momento de dificuldade. Deles, 39 saíram de mãos abanando - a ANS negou

O dinheiro. Também Barros ouviu um não, mas foi aos tribunais e obteve autorização para o saque. A agência recorreu ao Superior Tribunal de Justiça. Perdeu. Restou à ANS tentar assegurar que o fundo seja reembolsado. Foi por isso que nomeou em março uma espécie de interventor - sem usar o termo - para supervisionar o caixa. O tamanho do rombo da Unimed carioca ficou, então, evidente. Só à prefeitura do Rio, a operadora devia mais de 1 bilhão de reais em imposto sobre serviços (ISS); com a Receita Federal, a dívida batia em 200 milhões. Médicos e hospitais também reclamavam da falta de pagamento.

Segundo balanço da agência de classificação de risco Fitch, divulgado em abril, o déficit total da Unimed-RJ é de 1 bilhão de reais, resultado de maus investimentos, aí incluído o patrocínio ao Fluminense, encerrado em dezembro passado, e de outros gastos que se provaram equivocados. Um deles foi a compra da carteira de 160 000 usuários da Golden Cross em 2013, que obrigou a Unimed-RJ a ampliar o atendimento para além da cidade do Rio - expansão para a qual não estava preparada. Justamente nessa época a empresa passou a ocupar a primeira posição no ranking de queixas de beneficiários de planos de saúde. Outra decisão malograda foi a de investir 200 milhões de reais em um hospital próprio na Barra da Tijuca, Zona Oeste carioca. Inaugurado em 2012, ele nunca deu lucro. Com os problemas expostos, Barros contratou um executivo de fora, Alfredo Cardoso, para arrumar as contas da cooperativa. A dívida com a prefeitura foi reestruturada e o hospital está à venda por 400 milhões de reais. "Agora estamos preparando um plano para repor o fundo da ANS. Teremos uma proposta pronta até setembro. Os usuários podem ficar tranquilos", afirmou Cardoso a VEJA.

Para Barros, um gastador emérito, não será fácil adaptar-se aos novos tempos de austeridade. O recém-lançado livro do ex-diretor de futebol do Fluminense Jackson Vasconcelos, O Jogo dos Cartolas, lembra uma frase muito repetida pelo grande mecenas do Fluminense: "No futebol não tem essa história de pagar dívida. No futebol se ganha campeonato". Ele sempre abriu largo sorriso quando a torcida pedia a volta de algum ídolo aos gritos de "o Celso vai te comprar". Dono de uma casa avaliada em 10 milhões de reais na Barra da Tijuca, dois carros blindados e um barco, o presidente da Unimed-RJ também é de tratar muito bem os amigos. Há cerca de cinco anos, reuniu a nata do Judiciário do Rio em um hotel em Angra dos Reis, com comida e bebida liberadas. "Tudo do bom e do melhor", lembra um advogado convidado. Com esse currículo, gastar menos vai ser um duro aprendizado.

 
       
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ANS, cadê a lista das piores operadoras de plano de saúde?

BLOG DO ELIOMAR DE LIMA Matéria 10/07/2015 14:18:00

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A Câmara dos Deputados está cobrando da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a divulgação da lista de reclamações feitas por consumidores contra empresas de grande porte operadoras de planos de saúde. A lista deixou de ser publicada regularmente em fevereiro deste ano, o que gerou novas reclamações de consumidores, diante da dificuldade em obter informações sobre quais planos mais motivam insatisfação nos usuários.

Essa cobrança é feita pela Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara, que aprovou requerimento de autoria de Chico Lopes , vice-presidente do colegiado, determinando a realização de audiência pública para discutir e cobrar providências quanto ao problema.

"A realização da audiência pública foi aprovada porque essa decisão da ANS, suspendendo informação ao consumidor, é vista com bastante estranheza, uma vez que, nenhuma justificativa razoável foi dada ao consumidor para essa atitude. O aumento das reclamações chama atenção, e o consumidor tem direito a essa informação", afirma Chico Lopes.

Chico Lopes destaca que a Associação dos Consumidores (Proteste) também já solicitou explicações à Agência Nacional de Saúde sobre os motivos da suspensão de divulgação desses dados.

 
       
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