Radar Unimed Diário | 27 de junho de 2016 | edição 1039
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Unimed na imprensa
   

Unimed promove Curso de Atualização em Obstetrícia
A Unimed Ji-Paraná iniciou ontem o curso de Atualização em Obstetrícia e Ginecologia voltado aos profissionais da área de saúde. Cerca... (DIÁRIO DA AMAZÔNIA - RO - 25/06/2016)

Hoje é dia de Unimed Night Run
Um evento voltado para a família e que mistura esporte, entretenimento e gastronomia. Esta é a proposta da Unimed Night Run Etapa Coração... (DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ - PR - 26/06/2016)

Melhoria constante: humanização no atendimento e valorização dos cooperados
Eficiência, qualidade, competência, profissionalismo, transparência, comunicação e integração foram as bases dos pilares estruturados... (JORNAL DE UBERABA - MG - 26/06/2016)

Campanha da Unimed valoriza saúde
A nova ação da Unimed Fortaleza convida os habitantes da capital cearense a deixarem o sedentarismo de lado de uma maneira divertida... (DIÁRIO DO NORDESTE - ON LINE - CE - 27/06/2016)

Cooperativistas fazem mutirão no Centro Olímpico da Vila Nasser
Neste sábado, dia 25, voluntários do Sistema OCB/MS e de cinco cooperativas da Capital: Unimed Campo Grande, Uniodonto Campo Grande,... (FOLHA DE DOURADOS - 25/06/2016)

Unimed Uberaba completa 45 anos renovando o compromisso com a saúde
Divulgação Qualidade, profissionalismo, transparência, comunicação e eficiência são pilares que edificam os resultados que colocam a... (JORNAL DE UBERABA - ON LINE - MG - 26/06/2016)

Unimed Uberaba investe em projetos sociais e promove a saúde entre os uberabenses
A Unimed Uberaba investe na Adefu, com a Bocha adaptada. A modalidade de esporte para deficientes físicos busca a inserção social por... (JORNAL DE UBERABA - ON LINE - MG - 26/06/2016)

Falta dieta enteral no HGP e hospital particular empresta
Os pacientes que recebem alimentação através de dieta enteral ficaram sem se alimentar ontem no Hospital Geral de Palmas (HGP), inclusive... (JORNAL DO TOCANTINS - TO - 25/06/2016)

Parauapebas será a capital do Cooperativismo em julho
No próximo dia 2, o Dia de Cooperar mostrará voluntariado e cidadania para a população O interesse pela comunidade tornou-se uma tendência... (BLOG ZÉ DUDU - 25/06/2016)

Por que a Agemed Planos de saúde vai crescer 60% este ano, apesar da crise
Neste período de recessão profunda, a Agemed , empresa de planos de saúde de Joinville , fundada pelo economista  Pedro Assis, cresce... (DIÁRIO CATARINENSE - ON LINE - 25/06/2016)

Unimed de Itaipava fica sem pronto-atendimento
Unimed de Itaipava fica sem pronto-atendimento Eric Andriolo A Unidade de Atendimento de Itaipava não será mais o local de atendimento... (DIÁRIO DE PETRÓPOLIS - 25/06/2016)

 
 
Notícias de interesse
   

Cesáreas crescem 40% e têm domínio consolidado
Procedimento cirúrgico desbancou parto normal e é líder no país há seis anos (FOLHA DE S. PAULO - SP - 25/06/2016)

Regra inibe cesárea antecipada,mas não impede dribles
A nova resolução médica que entrou em vigor na quarta-feira (22) deve inibir cesáreas eletivas, realizadas por escolha da gestante... (FOLHA DE S. PAULO - SP - 26/06/2016)

Inadimplência atinge mais Norte e Nordeste (MERCADO ABERTO)
A inadimplência não cresce de maneira uniforme no Brasil, aponta uma pesquisa da Serasa Experian. O Norte e o Nordeste têm altas maiores... (FOLHA DE S. PAULO - SP - 27/06/2016)

Aumentam mortes por linfoma no País
Diagnóstico do ator Edson Celulari ampliou atenção sobre o câncer não-Hodgkin; novos tratamentos ampliam chance de cura e tempo de vida (O ESTADO DE S. PAULO - SP - 26/06/2016)

No combate à sífilis, Anvisa dispensa registro de cristalina
A falta de medicamentos para tratamento de sífilis congênita (transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez), que se arrasta há quase... (O ESTADO DE S. PAULO - SP - 27/06/2016)

Austeridade, mas não agora (Artigo)
Aproposta de emenda constitucional que determina o estabelecimento de um teto para o aumento das despesas públicas reflete um diagnóstico... (O ESTADO DE S. PAULO - SP - 27/06/2016)

Fábrica de soluções
Referência em ciência e tecnologia, Fiocruz lidera pesquisa no país para a compreensão da zika (O GLOBO - RJ - 25/06/2016)

Órgãos federais menos regulados e mais corruptos
Citados por Sérgio Machado, BNB, Funasa, Dnit, Dnocs, Docas e FNDE são alvo de desvios (O GLOBO - RJ - 27/06/2016)

Estresse é o principal risco para as companhias
O estresse é encarado pelas empresas como o principal risco para a saúde e a produtividade dos funcionários, segundo pesquisa global... (VALOR ECONÔMICO -SP - 27/06/2016)

Justiça acata ações de reajuste de 20% na Geap
A confusão jurídica envolvendo a Geap, empresa que administra os planos de saúde dos servidores, não acaba. Ontem, o desembargador Souza... (CORREIO BRAZILIENSE - DF - 25/06/2016)

Maratona em busca de vacinas no DF
Além da diferença exorbitante de preços %u2014 que chega a 117% %u2014, a dose de imunização contra seis doenças não é encontrada com facilidade. Existem clínicas que montam grupos em redes sociais. Especialista afirma que escassez é um problema mundial (CORREIO BRAZILIENSE - DF - 25/06/2016)

Quando a prevenção salva
Por ano, cerca de 300 novos casos de câncer de colo do útero surgem no Distrito Federal. Exames regulares e imunização de meninas contra o HPV são medidas essenciais (CORREIO BRAZILIENSE - DF - 25/06/2016)

Clínica popular ganha espaço
Aumento do desemprego, que levou 1,9 milhão de brasileiros a perder planos de saúde, e a precarização do SUS impulsionam a prestação de serviços de baixa e média complexidade como alternativa ao atendimento hospitalar (CORREIO BRAZILIENSE - DF - 26/06/2016)

Consultas médicas por R$ 89
De olho na expansão da demanda por atendimentos médicos, o advogado Emannuel Garakis e outros quatro sócios abriram a primeira unidade... (CORREIO BRAZILIENSE - DF - 26/06/2016)

Casos caem, mas não chegam à meta
Pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), a partir deste ano, os países têm que apresentar uma proporção de menos de um caso... (CORREIO BRAZILIENSE - DF - 26/06/2016)

O câncer do Brasil
Entenda como é viver com uma neoplasia em um país que não oferece todos os tratamentos de ponta já usados em outras partes do mundo. Um país em que os anos de vida da população enferma podem ser contabilizados pela qualidade do atendimento disponível e o acesso a medicamentos (CORREIO BRAZILIENSE - DF - 26/06/2016)

Doente e tratado pelo governo
O caminho básico para quem é diagnosticado com câncer na rede pública é, ao sentir sintomas, ser encaminhado para uma unidade de saúde... (CORREIO BRAZILIENSE - DF - 26/06/2016)

O caminho dos remédios oncológicos
Em primeiro lugar, o medicamento precisa de um registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "No caso de um fármaco... (CORREIO BRAZILIENSE - DF - 26/06/2016)

Vacina da leishmaniose protege homem e cães
Substância desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais impede que o cachorro contaminado transmita o protozoário leishmania, reduzindo a disseminação da doença e evitando que o animal seja sacrificado (CORREIO BRAZILIENSE - DF - 27/06/2016)

Chega a seis o número de mortes por H1N1
É o maior registro de óbitos por esse vírus desde a pandemia de 2009, quando 13 pessoas morreram na cidade Vítima é uma mulher de 70... (O DIÁRIO DE MARINGA - PR - 25/06/2016)

Fraude em compra de remédios lesou Petrobrás em R$ 6 milhões mensais
Segundo denúncia divulgada pelo Fantástico , beneficiário comprou até medicamento para cachorro (ESTADÃO - ON LINE - 26/06/2016)

Atraso nos repasses e crise deixam saúde pública à beira do colapso no interior de Minas
Prefeituras já não sabem o que fazer. Cortes são um esforço das cidades para equilibrar as contas. (ESTADO DE MINAS - ON LINE - 26/06/2016)

Número de partos por cesárea cresce 40% e consolida domínio da prática
Ao mesmo tempo em que há uma leve queda no número de nascimentos, a quantidade de partos por cesariana no Brasil aumentou mais de 40%... (FOLHA - ON LINE - 25/06/2016)

Projeto oferece serviços gratuitos de saúde no fim de semana em Manaus
Atendimentos ocorrem neste sábado e domingo.Há aferição de pressão arterial, glicemia, entre outros exames. (G1 - AMAZONAS - 25/06/2016)

Diagnóstico precoce para artrite reumatoide ainda é desafio no Brasil
A temática é um dos destaques da XX Jornada Cone Sul de Reumatologia (JB - ON LINE - RJ - 25/06/2016)

 
 
Agência de notícias
   

Unimed Volta Redonda: Simpósio sobre Doenças Hepáticas Crônicas e Carcinoma Hepatocelular

Planos empresariais Unimed Noroeste/RS estão com até 40% de desconto

Unimed Sorocaba: Hospital Dr. Miguel Soeiro realiza o centésimo transplante de medula óssea

Unimed Guarulhos é premiada no III Congresso Nacional Unimed de Atenção Integral à Saúde

Nota de esclarecimento sobre golpes em Hospital da Unimed Pindamonhangaba

Patrocinada pela Unimed Limeira, Tatiele disputará o "Troféu Brasil Caixa de Atletismo"

Unimed Blumenau: Atividades do Programa Viver Bem na Escola envolvem mais de 800 participantes no primeiro trimestre

Cuidadores são capacitados pela Unimed Poços

Unimed Erechim promove encontro com a rede prestadora

Unimed Norte Pioneiro-PR realiza curso de Governança Corporativa

Cooperados se unem para celebrar os 45 anos da Unimed Uberlândia

Unimed Apucarana inscreve para Curso de Gestantes

Unimed COP: Festa Junina marca o encontro do GAPSDown da Unimed Lençóis Paulista

Unimed Volta Redonda: III Encontro com os Jovens Aprendizes

Enfermeiras obstetras da Unimed Itapetininga participam de mais um treinamento

Unimed Goiânia recebe visita da coirmã do Sul do Pará

Unimed Vitória promove debate sobre política e economia

Unimed COP: Festa Junina marca o encontro do GAPSDown da Unimed Lençóis Paulista

 
 
 
Clipping diário da Unimed do Brasil
 
 
 

Cesáreas crescem 40% e têm domínio consolidado

FOLHA DE S. PAULO - SP COTIDIANO Matéria 25/06/2016

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Regra inibe cesárea antecipada,mas não impede dribles

FOLHA DE S. PAULO - SP COTIDIANO Matéria 26/06/2016

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Inadimplência atinge mais Norte e Nordeste (MERCADO ABERTO)

FOLHA DE S. PAULO - SP FOLHAINVEST Coluna 27/06/2016

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Aumentam mortes por linfoma no País

O ESTADO DE S. PAULO - SP METRÓPOLE Matéria 26/06/2016

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Doença que ganhou atenção na última semana pelo diagnóstico do ator Edson Celulari, o linfoma não-Hodgkin tem se tornado mais incidente e matado mais brasileiros do que há uma década. A boa notícia é que, com a chegada de novos tratamentos, a chance de cura desse tipo de câncer aumentou e, mesmo nos casos em que o tumor é incurável, o paciente pode viver mais de dez anos com a doença sob controle.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a taxa de mortalidade por linfoma não-Hodgkin cresceu 17% entre 2004 e 2013 (último dado disponível). Entre os homens, o índice passou de 2,06 mortes por 100 mil habitantes do sexo masculino para 242 no período. Já entre as mulheres, a mesma taxa cresceu de 1,59 para 1,87. Em dados absolutos, o número de óbitos pela doença cresceu de 3.255 para 4.154 nos dez anos analisados.

Especialistas explicam que o aumento do índice não está associado a uma maior agressividade da doença, mas, provavelmente, ao envelhecimento da população. "Aincidência do linfoma está aumentando em todo o mundo. Embora a doença possa atingir todas as idades, ela é mais comum entre pessoas com mais de 6o anos e a idade média dos brasileiros vem aumentando", explica o médico Carlos Chiattone, diretor da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e coordenador do Centro de Linfomas do Hospital Samaritano. Segundo o Inca, 62% dos mortos pela doença em 2013 eram idosos.

Oncologista clínico do A. C. Camargo Câncer Center, Vladmir Cordeiro de Lima diz que os dados devem ser analisados com cuidado. "Globalmente tem havido uma melhora no desfecho dos tratamentos de linfoma não-Hodgkin, mas no Brasil temos de considerar que o sistema de notificação não é bom e nem todos os pacientes têm acesso ao melhor tratamento. Se tivessem, a mortalidade seria menor", diz. Segundo os especialistas, surgiram na última década novas opções de tratamentos quimioterápicos e imunoterápicos que melhoraram o prognóstico do paciente com linfoma.

No caso dos tumores não-Hodgkin, Chiattone explica que eles são divididos em dois grandes grupos - os agressivos e os indolentes. Os primeiros podem ser curados em 60% dos casos. Já os outros são considerados incuráveis, mas, como crescem muito lentamente, o paciente pode viver anos ou décadas com a doença sob controle. "É como se fosse uma doença crônica. Faz-se o tratamento, o linfoma é controlado, mas pode voltar após alguns anos. E outro tratamento é feito", diz.

O administrador de empresas Jaime Waiswol, de 51 anos, recebeu o diagnóstico de um linfoma não-Hodgkin em 1997, e, após tentar, sem sucesso, três diferentes tratamentos quimioterápicos, ouviu da equipe médica que a chance de estar vivo em três anos era menor que 10%. "Mesmo assim eu sempre acreditei muito, sentia que daquela doença não ia morrer", conta. No início de 1998, foi lançado um novo medicamento para linfoma, que acabou curando Waiswol. Em 2012,15 anos após o tratamento, ele percorreu 94 quilômetros até o Monte Roraima para estimular outros pacientes que estão enfrentando a mesma batalha. "Ainda temos muita coisa para viver."

Dificuldades. Para Merula Steagall, presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), entidade que dá apoio a pacientes, um dos maiores entraves à redução da mortalidade pela doença é a demora no diagnóstico e no início do tratamento. "Pelo SUS, às vezes a pessoa tem uma suspeita e só para agendar uma biópsia demora seis meses", diz ela.

Erros de diagnóstico e dificuldade de agendamento da quimioterapia atrasaram o início do tratamento da auxiliar administrativa Roseane Oliveira Gomes, de 29 anos. "Comecei a ter sintomas em setembro de 2014 e passei em dois médicos. Uma disse que era virose e o outro falou que era tendinite, porque eu tinha dores no ombro", diz ela, que só iniciou o tratamento em março de 2015. "O linfoma cresceu tanto que eu fiquei deformada de inchaço, não conseguia abrir o olho. Estava sentindo a morte chegar", conta ela, que conseguiu finalizar o tratamento em setembro de 2015 e, embora ainda precise fazer acompanhamento, teve o tumor eliminado.

• Apoio

A Abrale oferece, de forma gratuita, apoio para os pacientes com linfoma, como assistência psicológica, jurídica e nutricional. Para entrar em contato com a associação, acesse www.abrale.org.br ou ligue para 0800-773-9973.

 
       
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No combate à sífilis, Anvisa dispensa registro de cristalina

O ESTADO DE S. PAULO - SP METRÓPOLE Matéria 27/06/2016

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A falta de medicamentos para tratamento de sífilis congênita (transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez), que se arrasta há quase dois anos, pode ser reduzida nos próximos meses. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na semana passada a dispensa de registro da matéria-prima para produção da penicilina cristalina, usada para tratamento das crianças, até dezembro.

A permissão, requisitada pelo laboratório Blau Farmacêutica, se estende até dezembro. A matéria-prima necessária para o medicamento teve redução drástica nos últimos anos, deixando fabricantes nacionais sem alternativa para produção. O sanitarista Artur Kalichman, do Programa Estadual de DST/Aids, afirma que, em São Paulo, o estoque de cristalina está próximo do fim, mas o problema atinge todo o País. Para contornar a falta do produto, médicos têm sido orientados a receitar o remédio apenas para casos mais graves.

O Ministério da Saúde admitiu a falta do remédio e disse estar em contato com a Organização Pan-Americana de Saúde para compra emergencial. O número de casos de sífilis congênita praticamente triplicou em seis anos. Em 2008, eram 5.728. Em 2014, foram 16.172.

 
       
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Austeridade, mas não agora (Artigo)

O ESTADO DE S. PAULO - SP ECONOMIA E NEGÓCIOS Artigo 27/06/2016

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Aproposta de emenda constitucional que determina o estabelecimento de um teto para o aumento das despesas públicas reflete um diagnóstico correto para a crise econômica. Sem controle das despesas, nada pode dar certo. Daí a admitir que essa é a maneira mais adequada para endereçar o tema vai uma grande distância.

A proposta do teto tem três problemas. Em primeiro lugar, ela é exageradamente ambiciosa do ponto de vista das despesas. Tão ambiciosa que pode não ser viável.

Tomemos o ano de 2016 como exemplo. Se a regra do teto já estivesse vigendo, o total de gastos para este ano teria de ser de R$ 1,221 trilhão, 10,67% acima do gasto do ano anterior, o equivalente à variação do IPCA em 2015. O Decreto n.º 8.784/16, que definiu o Orçamento para este ano, estabeleceu um limite de R$ 1,23 trilhão, o que representa um acréscimo de 11,5% em relação ao gasto no ano passado. Deste total, os gastos com Previdência devem subir 15,4%, para R$ 436,1 bilhões. Dispêndios com a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) e com a Renda Mensal Vitalícia, por sua vez, crescem 15,5%, também acima do teto de 10,67%. Abono salarial e seguro-desemprego terão incremento de 26%. O pagamento de servidores e funcionários inativos aumentará 8,51% em 2016. Aqui temos um pequeno alívio em relação ao que seria o máximo permitido. Essas quatro despesas representam mais de 90% do gasto obrigatório e devem aumentar, no consolidado, 13,9%. Pela regra do teto, poderiam subir para R$ 846,2 bilhões. Vão atingir R$ 871,1 bilhões, o que gera uma deficiência de R$ 24,9 bilhões. Esse valor deveria ser compensado por cortes em outras despesas. Isso colocaria um limite de crescimento para estas outras despesas - todas as despesas que não as quatro acima listadas - de míseros 3,4%. Não parece viável.

Note-se que o exercício acima retrata uma situação extremamente favorável para o governo, já que a inflação de 2015 (10,67%) foi muito maior que a inflação esperada para 2017 (7,25%, pela pesquisa Focus). Uma queda de 3,42 pontos porcentuais, a maior desde 1998. Como o teto é definido pela inflação do ano anterior, ele fica mais fácil de ser praticado quando a inflação está caindo. Mesmo assim, exigiria cortes draconianos nas despesas não obrigatórias. Se ele valesse no ano passado, os gastos poderiam subir apenas 6,41%, a inflação de 2014.

Para 2017 também não será simples. A inflação continuará caindo, o que fa- cilita a vida. Mas a folga de gastos de pessoal de 2016 não existirá mais. O reajuste recentemente aprovado para o funcionalismo implicará um aumento de 9,7% para este item de despesa, acima da inflação esperada para 2016, e, portanto, acima do teto. Será preciso arrochar ainda mais nos outros itens.

Primeira conclusão: não basta limitar os gastos. É preciso alterar as regras que geram direitos que elevam as despesas. Sem uma reforma da Previdência e a desvinculação dos benefícios ao salário mínimo, a insistência no teto gerará um impasse jurídico entre a obrigação de gastar pouco e o direito de receber muito. Ajudaria muito, também, se o governo tivesse a dis- posição de discutir tabus como o fim do ensino superior gratuito para alunos de alta renda ou a restrição na utilização do Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas que têm plano de saúde privado.

Do ponto de vista das despesas, a regra do teto é muito dura. Mas, ainda assim, ela é insuficiente para estabilizar a relação dívida/Produto Interno Bruto (PIB) num horizonte previsível.

Levando em conta o nível atual de endividamento, a estimativa de crescimento do PIB e as taxas de juros projetadas para os próximos 12 meses, o choque necessário para estabilizar essa relação é da ordem de 6,3% do produto. Isso é impossível de ser alcançado apenas pelo lado das despesas primárias. Para a relação dívida/PIB parar de crescer será preciso a recuperação da economia, a queda dos juros e o aumento da arrecadação.

A segunda conclusão é de que não há ajuste fiscal possível sem crescimento da economia. Além disso, é imperiosa a revisão das isenções tributárias concedidas sob a égide da Nova Matriz Econômica, a retomada urgente dos investimentos em infraestrutura e, se o governo tiver fôlego, a introdução de reformas que permitam a queda dos juros.

Contradição. O terceiro problema da proposta de um teto para as despesas é sua flagrante contradição com a correlação de forças políticas que sustentam o governo. Se nos livramos das inconsistências das heterodoxias do PT, o que representa grande avanço, estamos ainda presos ao patrimonialismo oportunista do PMDB, do que resultam contradições que saltam aos olhos. O governo que propõe uma medida maximalista como a definição de um teto é o mesmo que beneficia os Estados com a renegociação leniente de suas dívidas, concede au- mentos generosos aos servidores públicos e anuncia estudos para a concessão de financiamento a custo zero (ou seja, doação) de material de construção para famílias de baixa renda. ("Por que eu não pensei nisso?", deve perguntar o ministro Guido Mantega.) Essa situação nos lembra o apelo de Santo Agostinho: "Deus, dê-me castidade e continência - mas não agora". Assim, chegamos à terceira conclusão: o teto não resolve se não for acompanhado por reformas. Mas é duvidoso que o governo tenha condições de encaminhá-las. Até porque não há consenso na sociedade de que elas são realmente necessárias. Será mais difícil do que parece.

O governo parece crer que tudo se resume a uma questão de credibilidade e que basta prometer austeridade para que o crescimento brote naturalmente. Não é bem assim. É preciso romper o pacto que estimula parcelas da sociedade a se organizarem para tirar proveito dos úberes fartos do Estado. Estabelecer um teto para os gastos não toca nesta questão.

O teto para o aumento das despesas públicas não resolve se não for acompanhado por reformas

*ECONOMISTA, FOI DIRETOR DE POLÍTICA MONETÁRIA DO BANCO CENTRAL E PROFESSOR DA PUC-SP E DA FGV-SP E-MAIL: LUISEDUARDOASSIS@GMAIL.COM

 
       
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Fábrica de soluções

O GLOBO - RJ SAÚDE Matéria 25/06/2016

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Referência no Brasil e no exterior como uma das mais respeitadas instituições de ciência e tecnologia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cujo campus-sede ocupa cerca de 800 mil metros quadrados em Manguinhos, novamente se mostra com papel fundamental em tempos de zika vírus como um dos assuntos mais comentados no mundo. O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), que em 2016 completa 40 anos de existência, e outras unidades da Fiocruz estão com várias iniciativas em andamento, inclusive o desenvolvimento de uma vacina eficaz e segura contra a doença. A fundação está presente, no total, em 11 estados com 16 unidades, além de quatro escritórios.

Uma das mais recentes empreitadas foi anunciada pela Fiocruz esta semana. Em parceria com o National Institutes of Health (NIH), agência governamental do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, a Fiocruz iniciou pesquisa para entender melhor como o vírus impacta na saúde de grávidas e interfere no desenvolvimento dos bebês.

O estudo planeja inscrever até dez mil mulheres a partir de 15 anos, em até 15 localidades do mundo. Suas gestações serão acompanhadas ao longo dos meses para determinar se foram infectadas pelo vírus e entender qual a magnitude das consequências da infecção nos casos em que os testes acusarem a presença dele no organismo. As crianças geradas serão ainda acompanhadas por mais um ano após o nascimento. Das dez mil gestantes que o estudo acompanhará, quatro mil serão brasileiras moradoras de Rio, Salvador, Recife e Ribeirão Preto.

- Esta é prioridade absoluta do Ministério da Saúde e da Fiocruz. Como instituição, congregamos expertise no conjunto de desafios colocados pelo vírus zika que será empregada neste estudo, tal como as interações biológicas do vírus, cuidados materno-infantis e o desenvolvimento de tecnologias diagnósticas. A Fiocruz considera a iniciativa em parceria com o NIH essencial para elucidar a complexidade científica da doença. Será fundamental para ajudar a desenvolver estratégias de prevenção e tratamento contra o problema - explica o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

Os resultados entre os grupos de mães infectadas e não infectadas serão comparados para que se chegue ao índice da frequência de abortos espontâneos, nascimentos prematuros, microcefalia, malformações do sistema nervoso e outras complicações.

- É o único desenho de estudo capaz de dar conta da história natural da doença, isto é, entender quais são os problemas que a enfermidade causa, os cofatores que influenciam sua gravidade e os problemas que o bebê pode apresentar depois da exposição da mãe. O único jeito de responder a isso é realizando um estudo de corte com um número grande de recém-nascidos - afirma Maria Elizabeth Moreira Lopes, coordenadora da Unidade de Pesquisa Clínica do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

O Ministério da Saúde confirmou em boletim divulgado no dia 11 de junho 1.581 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em todo o país. Por isso, a instituição também está envolvida na missão de desenvolver uma vacina contra a enfermidade. A vacina contra o vírus, resultado da parceria firmada entre o Instituto Evandro Chagas (PA), do Ministério da Saúde, e a Universidade Medical Branch do Texas (EUA), estará disponível para os testes pré-clínicos (em primatas e camundongos) já em novembro deste ano. Encerrado o desenvolvimento pelo Instituto Evandro Chagas, a previsão é de que em fevereiro de 2017 sejam iniciados os estudos clínicos (em humanos) para testar sua eficácia na população. Essa etapa será executada pelo BioManguinhos.

- O tempo médio para o desenvolvimento de uma vacina é de seis anos. A zika foi uma surpresa para o mundo todo, era uma doença considerada sem gravidade. Foi a partir da comprovação de que a doença levava a casos como a da microcefalia que isso gerou uma demanda por uma vacina de uso emergencial, mas que dificilmente estará disponível antes de três anos, uma vez que devemos respeitar e observar os padrões mínimos de eficácia e de segurança - resume Marcos Freire, vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico de Bio-Manguinhos.

Ele conta que, entre as linhas de pesquisa, uma trabalha com vírus inativado da zika e outra, a recombinação do vírus com o da febre amarela na busca pela vacina.

- São mais de 35 abordagens e mais de 30 tentativas, com dezenas de profissionais envolvidos na compreensão da doença - resume.

Atualmente, a Fiocruz tem em seu portfólio a produção de dez vacinas, seja na totalidade ou em algumas das fases, entre elas as de febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, meningocócica AC e poliomielite, além de 12 reativos para diagnósticos e biofármacos (medicamentos obtidos a partir da utilização de células geneticamente modificadas para a produção de proteínas terapêuticas).

Entre os planos de expansão das atividades da fundação está o Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para diagnóstico (CIPBR), com 14.697,30 m² de área construída, e que deve ser inaugurado até o próximo ano em Manguinhos. O local será a primeira planta de protótipos da América Latina, para aumento de escala de produtos desenvolvidos em bancada e fabricação de lotes para estudos clínicos. Também será a maior planta de produção de reativos para diagnóstico laboratorial do Brasil.

A atuação decisiva e o reconhecimento da Fiocruz perpassa fronteiras, pautado no fato de ela se destacar como principal executora no país da cooperação internacional na área da saúde, atuando prioritariamente nos países da América Latina, da África e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Desde 2008, mantém um escritório oficial em Maputo, Moçambique. A cooperação entre Brasil e o país africano no combate ao HIV no continente iniciou-se em 2003, culminando na construção da fábrica de antirretrovirais e outros medicamentos que está em funcionamento desde 2012. Na sede da Fiocruz, em Manguinhos, estão os prédios históricos do antigo Instituto Soroterápico Federal, como o Pavilhão Mourisco - mais conhecido como Castelo -, o Pavilhão do Relógio e a cavalariça. Eles são algumas das atrações abertas à visitação do público. A cavalariça, segundo prédio a ser inaugurado na Fiocruz, que abrigava os cavalos usados na produção de soro contra a peste bubônica, foi reformada. Ela vai abrigar exposições coordenadas pelo Museu da Vida, também da Fiocruz, para a divulgação científica.

- A restauração da cavalariça foi complexa porque recuperou fachadas, coberturas e interior de um dos espaços que integram o conjunto inicial da fundação. Fizemos a recuperação dos materiais, como a conservação dos telhados, contra vazamentos. E, apesar de termos retirado algumas baias (originalmente eram 20) mantivemos muito do original, como os equipamentos de pesagem e o revestimento - conta o arquiteto Bruno Teixeira de Sá, do Departamento de Patrimônio Histórico da Casa de Oswaldo Cruz, responsável pela obra.

O borboletário, espaço de cerca de 70 metros quadrados que abriga cerca de 150 a 200 borboletas de quatro espécies, encanta visitantes que optam pelo tour no campus.

- O espaço foi concebido para trazer esse contato direto com a natureza, lembrar a importância da preservação e do equilíbrio com a natureza. As borboletas têm como característica o fato de só colocarem ovos em plantas específicas. Na ausência delas no ambiente, o ciclo não se completa - explica o biólogo e educador do Museu da Vida Waldir Ribeiro.

Os espaços de visitação ainda incluem o Parque da Ciência, a área interna do parque, com bancada de microscopia e o acervo arquitetônico. O Castelo Mourisco, prédio-símbolo da Fiocruz, tem dois andares de exposição. O programa Ciência em Cena, com peças teatrais e esquetes, acontece no epidauro, espaço subterrâneo que explora o tema da visão.

- Diferentemente de outros locais, onde o conhecimento é restrito a um ambiente, o acervo da Fiocruz se espalha por vários espaços do campus. Só é possível compreender a importância da fundação através de um passeio - resume Ribeiro.

 
       
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Órgãos federais menos regulados e mais corruptos

O GLOBO - RJ PAÍS Matéria 27/06/2016

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Só o esquema de fraudes nos empréstimos do Banco do Nordeste gerou prejuízo de R$ 683 milhões, concluiu relatório do TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Citadas na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, seis estatais, com menos instrumentos de controle que a Petrobras, sofreram desvios. No Banco do Nordeste, o TCU apontou prejuízo de R$ 683 milhões com esquema de fraudes em empréstimos. -SÃO PAULO- Alvos constantes de disputas políticas, os seis órgãos federais citados na delação de Sérgio Machado acumulam escândalos de corrupção e denúncias de irregularidades em suas gestões. Estariam em situação bem pior que a Petrobras, segundo ele "a madame mais honesta dos cabarés do Brasil". Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente da Transpetro surpreendeu ao afirmar que a petrolífera, cujo rombo estimado pela Polícia Federal é de R$ 42 bilhões, era um organismo "bastante regulamentado e disciplinado". Ele acrescentou que outras unidades do governo têm práticas "menos ortodoxas".

Um das instituições citadas por Machado foi o Banco do Nordeste (BNB). Investigações dos ministérios públicos Federal e Estadual do Ceará, onde fica a sede da instituição, apontam irregularidades nas concessões de empréstimos, favorecimento de empresas e desvio de recursos para financiar campanhas políticas. Um relatório do TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU) concluiu que apenas o esquema de fraudes nos empréstimos gerou prejuízo de R$ 683 milhões.

- Uma verdadeira quadrilha se instalou dentro do Banco do Nordeste. Verbas foram loteadas para fins eleitoreiros e se praticou todo tipo de falcatrua em valores altíssimos dentro da instituição - acusa o promotor Ricardo Rocha, do Ministério Público Estadual, que deu início às apurações após ser procurado por um funcionário que denunciou as irregularidades.

De acordo com Rocha, as investigações comprovaram que os balanços de empresas eram maquiados para permitir a concessão dos empréstimos com a anuência de diretores que "recebiam comissões". As fraudes beneficiavam companhias que estavam perto de falir e até uma das empresas do esquema de lavagem de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, condenado na Lava-Jato. Também haveria corrupção na classificação das notas de créditos das empresas. Segundo o promotor, elas eram ameaçadas de ter as notas reduzidas, o que diminuiria as margens para empréstimos, se não pagassem propina.

- O que apareceu até agora é só a ponta do iceberg. O esquema da Lava-Jato operava aqui no Banco do Nordeste também - afirma o procurador Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal (MPF), que não tem conseguido levar suas investigações adiante.

Até agora, cinco ações penais e cinco de improbidade administrativa não avançaram por causa de habeas corpus ou recusa de juízes de primeira instância. O MPF apresentou recursos ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

Para o promotor Ricardo Rocha, os problemas do BNB estão relacionados à influência política.

- Todos os diretores do Banco do Nordeste são indicados por políticos - afirma.

Entre 2003 e 2011, quando tiveram início as irregularidades, segundo o Ministério Público, o BNB foi presidido por Roberto Smith, indicado pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE), ex-líder do governo Dilma Rousseff na Câmara. Smith chegou a ser denunciado pelo MPF por omissão na recuperação de créditos. A ação foi trancada pelo TRF5.

- Isso não é crime. Só indiquei o presidente do banco - admite o deputado, negando ter influência sobre toda a gestão da instituição.

Guimarães disse que não se sente responsável por eventuais irregularidades que tenham ocorrido na gestão de seu indicado. O petista ainda destacou que, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o comando do banco era indicado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e que o atual presidente, Marco Costa Holanda, nomeado em 2015, é apadrinhado pelo líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).

Bruno Queiroz, advogado de Roberto Smith, garantiu que a Justiça comprovou que o cliente não tinha participação nas irregularidades: - Embora tenha sido presidente, ele não pode ser responsabilizado por tudo o que acontece no banco. Não existe nada formalmente contra ele. Não existe ação penal em que ele seja réu e nenhum inquérito em que tenha sido indiciado.

O BNB informou que instaurou "processos administrativos disciplinares" e fez cobranças judiciais para reaver os prejuízos.

O escândalo mais recente envolvendo as outras "madames do cabaré" foi revelado em maio e tem como alvo a Superintendência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de Santa Catarina. A Polícia Federal (PF) investiga um esquema montado por servidores federais, prefeituras e empreiteiras que teria movimentado cerca de R$ 2 milhões em propinas. Embora os valores desviados não sejam tão altos como aqueles apurados na Petrobras, a fraude se repete em várias regiões do país, segundo investigadores.

Nos últimos cinco anos, a PF investigou esquemas similares em Amapá, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rondônia e Tocantins. Responsável por obras de esgoto e saneamento básico, a fundação tem orçamento de R$ 3,2 bilhões, maior que o dos ministérios da Cultura e do Meio Ambiente.

Em Santa Catarina, as empresas investigadas receberam dinheiro de obras de saneamento básico mesmo sem ter feito todo o serviço. A PF chegou a prender o superintendente Adenor Piovesan, filiado ao PMDB e presidente da Fundação Ulysses Guimarães no estado. Piovesan já está solto, e seu advogado não foi localizado. Segundo a Funasa, as irregularidades apontadas como de responsabilidade dos funcionários da fundação "terão todas as providências administrativas internas adotadas".

Reduto do PR, o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) foi palco de um escândalo que levou à demissão de 20 pessoas e à queda do então ministro Alfredo Nascimento. Segundo as denúncias, empresas pagavam 4% de propina ao PR para ganhar licitações e aditivos. Até agora, ninguém foi preso. No Rio Grande do Norte, o MPF descobriu desvios de R$ 13,9 milhões na duplicação da BR-101 e denunciou 25 pessoas no ano passado. O Dnit não respondeu.

Ligado ao Ministério da Integração Nacional e dominado nos últimos anos por PMDB e PP, o Departamento Nacional de Obras Contra Seca (Dnocs) foi alvo de duas investigações recentes. Em março de 2013, a Operação Cactus apurou supostos desvios em contratos distribuídos por 20 municípios do Ceará. A investigação teve início com um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontando suspeita de fraudes que chegavam a R$ 200 milhões. Os policiais apuram a participação de parlamentares no esquema, por meio de emendas ao Orçamento da União. Dois anos depois, foi desarticulado um suposto esquema de fraudes em licitações no Rio Grande do Norte. O Dnocs informou que "todos os diretores envolvidos nas denúncias foram afastados dos cargos de direção e encontram-se respondendo a processos administrativos".

Também foram citadas na delação de Machado as companhias Docas, que administram portos federais. Em 2012, o MPF denunciou o ex-diretor-presidente da Companhia Docas do Espírito Santo, Hugo Merçon, sob a acusação de favorecer a contratação de uma empresa por dispensar a licitação. O processo ainda está em andamento. Merçon não foi localizado.

Outro órgão que sofreu com influência política na gestão foi o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que tem orçamento anual de R$ 60 bilhões e cuida de programas como o fornecimento de merenda. Em abril, às vésperas da votação do impeachment na Câmara, Dilma nomeou para o órgão Gastão Vieira, do nanico PROS, ex-ministro do Turismo, na tentativa de ganhar o apoio da legenda. Em 2013, o então presidente, José Carlos Wanderley Dias de Freitas, foi flagrado em um grampo da PF alertando o reitor da UFPR sobre uma investigação contra a instituição. A PF informou que o caso já foi concluído, mas não poderia dizer se foi constatada alguma irregularidade. O FNDE afirmou que não se pronunciaria sobre um caso ocorrido na gestão anterior.

BANCO DO NORDESTE (BNB) É o banco de desenvolvimento regional que atua nos estados do Nordeste. Possui cerca de 300 agências na região Partidos que tiveram influência na direção nos últimos anos: PT e atualmente PMDB Investigações: Foram apontadas fraudes nas concessões de empréstimos e no Programa Nacional de Financiamento da Agricultura Familiar (Pronaf) Faturamento: R$ 7,5 bilhões

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FNDE) Subordinado ao Ministério da Educação, é responsável por viabilizar programas em parcerias com municípios, como o de transporte escolar e merenda Partidos que tiveram influência na direção nos últimos anos: PT e atualmente é comandado pelo PROS Investigação: presidente do FNDE soube previamente de investigação da PF na UFPR, em 2013, e avisou ao reitor Orçamento: R$ 60 bilhões

DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA SECA (DNOCS) Ligado ao Ministério da Integração Nacional, é responsável pela atuação no semiárido nordestino Partidos que tiveram influência nos últimos anos: PMDB e, mais recentemente, PP Investigação: Servidores no Ceará e no Rio Grande do Norte são acusados de desviar recursos de obras no sertão Orçamento: R$ 1,2 bilhão

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES (DNIT) Subordinado ao Ministério dos Transportes, é responsável por obras em rodovias, ferrovias e hidrovias Partido que teve influência nos últimos anos: PR Investigação: Em 2011, denúncias mostraram que empresas pagavam 4% de propina ao PR para ganhar licitações e aditivos. O esquema causou a queda do então ministro Alfredo Nascimento e o afastamento de 20 servidores Orçamento: R$ 8 bilhões

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (FUNASA) Vinculada ao Ministério da Saúde, é responsável por ações de saneamento básico e prevenção de doenças em todo o país Partidos que tiveram influência nos últimos anos: PMDB, majoritariamente, e PTN Investigação: Superintendente em Santa Catarina foi preso acusado de receber propina para beneficiar empresas Orçamento: R$ 3,2 bilhões

COMPANHIAS DOCAS Subordinadas à Secretaria de Portos, as oito companhias são responsáveis por administrar os portos federais Partidos que tiveram influência nos últimos anos: PMDB, em São Paulo e no Rio Investigação: Em 2012, o presidente da Companhia Docas do Espírito Santo foi denunciado por contratar empresas sem licitação * apenas as companhias de São Paulo, Rio e Espírito Santo. Dado referente ao ano de 2014 Receita: R$ 1,3 bilhão

"DÓLARES NA CUECA" SAÍRAM DO BANCO DO NORDESTE

Em julho de 2005, no auge do escândalo do mensalão, José Adalberto Vieira da Silva foi flagrado ao tentar embarcar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com US$ 100 mil na cueca. Na época, era assessor do deputado estadual José Guimarães (PT-CE), irmão do então presidente do PT, José Genoino. A divulgação do caso abalou o mundo político e obrigou Genoino a abandonar o comando da legenda.

Além dos US$ 100 mil levados na cueca, Adalberto carregava R$ 209 mil em uma maleta. O Ministério Público Federal (MPF) do Ceará passou a investigar o caso e concluiu que o dinheiro era proveniente de propinas pagas para facilitar a concessão de um empréstimo pelo Banco do Nordeste (BNB).

Após ser preso no aeroporto por não ter declarado que viajava com mais de R$ 10 mil, como manda a legislação, Adalberto, inicialmente, disse que o dinheiro identificado na mala pelo raio X era fruto da venda de legumes na Companhia de Entrepostos Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp). Mas os policiais desconfiaram da versão por causa de suas mãos bem cuidadas. Então, o assessor de Guimarães mudou a versão e disse que a quantia era proveniente de empréstimo de um amigo para montar um negócio. As investigações mostraram que, pouco antes de ser preso, Adalberto havia telefonado para Kennedy Moura, assessor especial da presidência do Banco do Nordeste.

O MPF apresentou uma ação de improbidade administrativa ao concluir que o dinheiro levado por ele fazia parte de propina paga depois da liberação irregular de recursos para o consórcio que construía uma linha de transmissão de energia entre Teresina e Fortaleza. O ex-presidente do Banco do Nordeste Roberto Smith, indicado para o cargo por José Guimarães, chegou a ser condenado, em 2014, pelo Tribunal Regional Federal da 5ª região (TRF5) por participação no caso, mas conseguiu reverter a decisão.

As condenações de Adalberto e Moura continuam em vigor. Guimarães se livrou da ação de improbidade administrativa ao recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2012.

 
       
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Estresse é o principal risco para as companhias

VALOR ECONÔMICO -SP EMPRESAS Matéria 27/06/2016

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O estresse é encarado pelas empresas como o principal risco para a saúde e a produtividade dos funcionários, segundo pesquisa global da consultoria Willis Towers Watson.

O problema foi selecionado por 62% dos empregadores brasileiros, e também aparece em primeiro lugar na média global e em quase todas as regiões pesquisadas. Os dados fazem parte de dois estudos, um aplicado em 1.669 companhias de 34 países, e outro realizado com 30 mil funcionários de 19 mercados.

Embora menos de um quarto das empresas tenham feito programas de saúde e bem-estar voltados para o estresse no ano passado, o tema está nas agendas das companhias. Quase metade (45%) têm programas de gerenciamento de estresse planejados para 2016, e 11% consideram criar medidas em 2017 ou 2018.

Para Felinto Sernache, líder da área de consultoria e soluções em previdência para a América Latina, uma das razões para a preocupação é a maior pressão por resultados gerada pelo atual cenário econômico. "O estresse foi identificado como grande vilão que mexe no ambiente de trabalho, na produtividade e no resultado que as empresas esperam das pessoas", diz.

Há certa desconexão, no entanto, no que empresas e funcionários consideram ser as causas do estresse. Para empregadores, a principal razão é a falta de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, enquanto para os empregados, o motivo número um são os salários baixos. Em segundo lugar, para os dois grupos, está o quadro de pessoal inadequado, o que inclui a distribuição de trabalho desigual dentro das equipes.

Entre as cinco razões mais citadas por empregadores e funcionários estão também preocupações relacionadas à situação financeira pessoal e, no caso dos funcionários, o medo de perder o emprego. Para empregados entre 20 e 49 anos de idade, os custos em geral são a prioridade financeira atual, enquanto para os com mais de 50 anos é a poupança para a aposentadoria.

Se tivessem a escolha de receber um valor maior em benefícios, mais de um quarto dos funcionários brasileiros de todas as idades (26%) investiriam no plano de aposentadoria, enquanto 24% melhorariam o plano de saúde.

 
       
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Justiça acata ações de reajuste de 20% na Geap

CORREIO BRAZILIENSE - DF ECONOMIA Matéria 25/06/2016

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A confusão jurídica envolvendo a Geap, empresa que administra os planos de saúde dos servidores, não acaba. Ontem, o desembargador Souza Prudente acatou mais três ações movidas por associações de servidores públicos pedindo que o reajuste dos convênios seja de 20% e não de 37,55% como quer a atual diretoria da empresa.

Segundo o desembargador, a própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) defende que o aumento dos planos seja de 20%, por entender as dificuldades que os associados enfrentam para manter as mensalidades dos convênios em dia. A atual diretoria da Geap alega que, com esse percentual, a empresa perderá cerca de R$ 30 milhões por mês, o que, ao longo de um ano, sobrará o atual deficit, de R$ 400 milhões.

Souza Prudente acatou três ações de primeira instância, uma oriunda da 6ª Vara Federal e duas da 14ª Vara. "Não cabe, nesses casos, mandado se segurança. A Geap terá que corrigir os planos de 20%, o que é justo, uma vez que o país enfrenta uma grave crise econômica e os trabalhadores tiveram importante perda de renda", assinalou. A maior parte dos associados à Geap é de idosos, que mais precisam de atendimento adequado. "Todas as decisões levam em conta questões sociais. Não há como dissociá-las no caso da Geap", acrescentou.

 
       
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Maratona em busca de vacinas no DF

CORREIO BRAZILIENSE - DF CIDADES Matéria 25/06/2016

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O desabastecimento da vacina hexavalente na rede particular tem provocado uma corrida às clínicas e inflacionado os preços no Distrito Federal. Levantamento feito pelo Correio revela que uma dose pode custar entre R$ 290 e R$ 630, diferença de 117%. No primeiro semestre de vida, o bebê toma três doses, sendo a primeira aos 2 meses, e depois, aos 4 e 6 meses. Não basta ter dinheiro para garantir a vacinação. É preciso uma combinação de fatores: dar a sorte de encontrar o produto no período em que a criança precisa ser imunizada; ter disposição de correr para o primeiro laboratório onde o estoque foi reabastecido; e vencer longas filas. A meningocócica B também está em falta.

A demanda é tão grande que uma clínica da cidade montou um grupo de WhatsApp com as mães interessadas. Assim que as doses chegam, elas são avisadas. Nem isso é garantia de conseguir o produto. Como são poucas, quem aparecer primeiro leva. A bancária Tábata Júlio Ferreira, 29 anos, enfrenta a saga das vacinas desde janeiro, quando nasceu Alice. Ao ser orientada pela pediatra que algumas vacinas da rede particular dão menos reações nos bebês e protegem contra uma variedade maior de vírus, já foi avisada sobre a escassez.

Ela ligou em sete estabelecimentos, entre clínicas e laboratórios. "Em janeiro, duas amigas pagaram R$ 290 pela hexa, mas tiveram que sair correndo de casa com bebê novinho para ficar na fila. Não conseguimos comprar a de 2 meses e recorremos à rede pública. A Alice teve muita reação, com vômito, dois dias de febre alta e corpo mole", conta. Depois da experiência, ela passou dois meses procurando a próxima dose e não conseguiu. Conhecidas dela chegaram a comprar a hexa por R$ 450, em Goiânia.

O auge da indignação da bancária ocorreu há duas semanas. Ela conseguiu comprar a vacina por R$ 630. Um dia depois, uma colega adquiriu a mesma por R$ 290. "O aumento e a diferença de preços são totalmente injustificáveis. Percebi que as mães ficam à mercê das clínicas, que cobram o preço que querem. Também não têm respeito nenhum pelas mães, que ficam horas na fila com crianças pequenas", dispara Tábata. "Quando questiono o aumento de R$ 290 para R$ 630, nenhuma clínica responde", critica. A meningocócica B é outra vacina em falta na rede privada. Em uma das clínicas, a lista de espera iniciada no ano passado possui 400 pessoas que aguardam a chegada do insumo, com o preço médio de R$ 500.

Em uma das clínicas consultadas pelo Correio, na Asa Sul, a enfermeira Kellen Lopes explica que os pedidos da empresa não são atendidos em sua totalidade. "Nós queremos vender, mas o laboratório não tem tantas doses. A meningo B está em falta desde o ano passado", diz. Lá, a hexavalente custa R$ 500 e a meningo, R$ 750. Informada sobre a diferença de preços da hexa, Kellen afirmou que os valores não são reajustados desde o ano passado.

Crise mundial

Presidente da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), regional do Rio de Janeiro, Flávia Bravo explica que o desabastecimento da hexavalente é um problema mundial e tem relação com a escassez de matéria-prima e com normas mais rígidas no processo e na produção. "No Brasil, temos muita sorte porque não dependemos da rede privada, já que o Ministério da Saúde disponibiliza a vacina de células inteiras na rede pública", diz.

Segundo ela, a demanda mundial aumentou, e os fabricantes não têm conseguido adequar a produção. "As exigências de qualidade ficaram mais rígidas e as fábricas precisam se adaptar", explica. Quanto à meningo B, Flávia Bravo diz que houve uma procura inesperadamente grande para a capacidade de produção do fabricante. "Vacina não é remédio, é biológico. As bactérias e os vírus precisam ser cultivado e é necessário esperar que cresçam. Não dá para aumentar a produção de uma hora para outra."

Proteção total

A vacina hexavalente defende a criança contra difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, haemophilus tipo B e hepatite B. Já a meningocócica B vale contra a meningite. Só foi autorizada pelo governo em março de 2015.

A variação

Confira os preços pesquisados

    Clínica 1    Clínica 2    Clínica 3    Laboratório

Rotavírus    R$ 220    R$ 220    R$ 240    R$ 240
Pneumocócica    R$ 300    R$ 295    R$ 320    R$ 324
Hexavalente    R$ 550*    R$ 500**    -***    R$ 290****

*Deve chegar em julho
** Sem previsão
*** Não informou o preço
**** Ontem, havia algumas doses em unidades do Guará, Shopping Felicitá Águas Claras e em Taguatinga Sul

 
       
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Quando a prevenção salva

CORREIO BRAZILIENSE - DF CIDADES Matéria 25/06/2016

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O câncer do colo do útero é o terceiro mais comum em mulheres na capital federal, fica atrás apenas do da mama e do intestino grosso. Por ano, são 300 novos casos e uma média de 90 mortes, segundo estatísticas da Secretaria de Saúde. Pesquisa inédita do Instituto Datafolha, encomendada pelo laboratório Roche, mostra que 70% das 208 mulheres que participaram do levantamento disseram fazer o exame de papanicolau - sendo que 46% recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS). Desse total, 22% se submetem ao teste, preventivo da doença, apenas quando há uma recomendação médica. Outras 9% das entrevistadas realizam somente quando sentem algum sintoma diferente. Para especialistas, é essencial fomentar a prevenção e o tratamento precoce.

Além da vacina contra o papilomavírus humano (HPV), o cuidado contra esse tipo de câncer continua a envolver o exame papanicolau. Ele identifica possíveis lesões precursoras do câncer, que, se tratadas precocemente, evitam o desenvolvimento da doença. A empresária Joelma Figueiredo dos Santos Torres, 47 anos, sabe da importância do diagnóstico precoce. Em 2011, a moradora de Taguatinga, identificou um pré-câncer e passou por uma cirurgia. Este ano, ela teve um sangramento e descobriu que estava com câncer de colo do útero em estágio avançado, com metástase na vagina, no reto e na bexiga. "Meu jeito de conduzir o tratamento é não falando sobre a doença. Não parei minha vida por causa disso", conta.

Joelma realizou 11 aplicações de quimioterapia na primeira parte do tratamento. Atualmente, ela está na nona sessão do segundo ciclo. No início, teve diminuição de 80% do câncer e curou a lesão externa. Entretanto, houve aumento na ferida interna do útero. "Abriu uma fístula na bexiga e tive dificuldades para conter a urina, mas não deixei de viajar e de trabalhar", detalha.

Daniele Assad, oncologista do Hospital Sírio-libanês, explica que a expectativa de cura é ligada ao estágio da doença quando é detectada. "Nos últimos cinco anos, o rastreamento está mais ativo. Mas, ainda assim, é insuficiente. A cobertura não está adequada. Esse serviço é muito importante porque descobrimos a doença num estágio que ainda não se formou o câncer, apenas a infecção das células", esclarece.

Ao todo, 7% das mulheres que tiveram câncer do colo do útero desenvolveram doenças psicoemocionais. Acompanhado do diagnóstico vem o abandono. Larissa Bezerra da Silva é pedagoga da Rede Feminina de Combate ao Câncer e acompanha o tratamento de cerca de 400 mulheres no Hospital de Base (HBDF). "As pacientes precisam de acolhimento. Passar pela doença as deixam muito abaladas. Elas se sentem sozinhas e acham que o tratamento não vai dar certo", conta

Larissa ressalta que há um índice grande de maridos que largam as mulheres quando descobrem a doença. "O câncer de útero é agressivo e muito doloroso. Algumas perdem sua identidade como mulher e sofrem dilemas com relações sexuais. Os esposos vão embora. Não é uma característica apenas dos menos abastados. Isso ocorre, sobretudo, nas classes mais altas", completa.

Vacinação
O papilomavírus humano (HPV) é a principal causa do câncer de colo do útero. Para garantir a eficácia da vacina, são necessárias três doses. A meta da Secretaria de Saúde é imunizar 80% do público-alvo - cerca de 21 mil garotas de 9 a 13 anos. Em 2015, foram aplicadas 15.218 doses da vacina, sendo em 8.343 dos casos para as crianças de 9 anos - o número representa 36,2% das meninas dessa faixa.

Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV, alguns deles causadores de câncer, principalmente no colo do útero e no ânus. Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Na pesquisa, 27% dos entrevistas do DF disseram não conhecer a vacina contra o microrganismo.

O Ministério da Saúde estuda a ampliação do público-alvo para a vacinação contra o HPV. Hoje, meninas de 9 a 13 anos e mulheres com HIV até os 26 anos são vacinadas na rede pública. O grupo de trabalho, que reúne técnicos do ministério, representantes de sociedades médicas e pesquisadores, define até o fim do ano quem serão os próximos beneficiários. A equipe revisará resultados de estudos sobre o impacto da vacinação em meninos, homens com HIV e pacientes imunodeprimidos. Em 2013, o Distrito Federal foi pioneiro na aplicação da vacina para crianças de 11 a 13 anos.

Cláudio Ferrari, integrante da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBO), acredita que a intenção do governo deve ser "erradicar" a doença. "Temos que apostar na vacinação. A vacina é capaz de impedir a infecção do HPV, com eficácia de 95%", explica (leia Três perguntas para). A contaminação da mulher acontece quando o material genético do vírus é incorporado ao tecido do colo uterino para desenvolver o câncer.

Três perguntas para

Cláudio Ferrari, integrante da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBO)

O que é imprescindível para controlar o câncer do colo do útero?
Temos que vacinar toda a população. Entretanto, as mães não estão levando as meninas. Ainda há muito preconceito e relativização com a atividade sexual. Todas as mulheres deveriam fazer os exames. Existe muita desinformação e negligência. É essencial a prevenção primária.

Então, quando há um caso grave todas as esferas do sistema falharam?
Se não houve prevenção primária, o passo seguinte é identificar a lesão pré-maligna, ou seja, uma situação que ainda não é câncer. Quando a doença está avançada, a gente percebe que não exercemos nossa função. A paciente também deixou de exercer seu protagonismo. Isso é um símbolo de subdesenvolvimento.

No futuro teremos qual cenário?
Estamos plantando para daqui a 20 anos. Estamos tratando as crianças hoje para, quando forem adultas, não terem a doença. Esse é um câncer evitável. A doença é mutilante e com potencial letal.

 
       
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Clínica popular ganha espaço

CORREIO BRAZILIENSE - DF ECONOMIA Matéria 26/06/2016

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O aumento do desemprego, que levou 1,9 milhão de brasileiros a perder a cobertura de planos de saúde, as dificuldades que os consumidores enfrentam para usar os convênios e a precarização do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) impulsionaram a expansão de redes de clínicas populares no país. Com preços acessíveis para a realização de consultas e exames, pelo menos sete empresas foram criadas para prestar serviços médicos de baixa e média complexidade.

O advogado Daniel Cardone, especialista no mercado de saúde, explica que o conceito de clínicas populares surgiu nos Estados Unidos, em varejistas como a CVS, uma das maiores redes de farmácia do mundo, e no Walmart. Os norte-americanos não possuem um sistema público de saúde e as duas companhias faturam com a venda de medicamentos. Com isso, criaram suas próprias clínicas, com preços de consultas inferiores aos de hospitais, para atender pacientes com dores de cabeça, alergias e pequenos desconfortos. "O país tem uma população enorme sem recursos para buscar atendimento em hospitais privados e as empresas viram uma oportunidade", detalha.

Cardone comenta que, em qualquer lugar do mundo, as pessoas não veem barreiras para gastar quando o assunto é saúde. Vendem os bens, usam as economias ou tomam financiamentos para custear tratamentos. Diante de uma demanda semelhante, os brasileiros adaptaram o conceito norte-americano para a realidade brasileira. "No Brasil a legislação não permite que uma farmácia ou uma rede varejista tenha médicos prescrevendo medicamentos. Mas as clínicas podem ser criadas por investidores e médicos", afirma.

Tendência
O especialista destaca que o modelo deu certo no Brasil diante da carência de hospitais públicos e dos custos elevados para tratamento em unidades privadas para quem não tem plano de saúde. Uma consulta varia de
R$ 89 a R$ 120. Exames são realizados a partir de R$ 3,50. O investimento para montar uma unidade varia de R$ 500 mil a R$ 1 milhão. O custo do projeto é determinado pelo gasto com equipamentos. "O cidadão brasileiro que hoje está desempregado não tem dinheiro para pegar táxi ou ônibus e percorrer vários hospitais em busca de atendimento. Logo, ele vai a uma clínica popular, gasta menos e tem a certeza de que será atendido", relata.

O presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin, ressalta que, somente no ano passado, 150 mil consultas deixaram de ser realizadas em prontos-socorros privados na cidade de São Paulo com a redução do número de beneficiários de planos de saúde. Ele explica que essa demanda passou a ser atendida por clínicas populares, consultórios particulares ou pelo próprio SUS.

Na opinião de Balestrin, as clínicas populares são uma tendência de mercado e a perenidade dessas empresas será testada quando a economia voltar a crescer e os brasileiros voltarem a ter emprego, planos de saúde e usar os hospitais privados. "Quem faz um atendimento profissional participará do processo de consolidação. Quem entrou na onda pode perder a clientela", comenta. O presidente do conselho de administração da Anahp ressalta que os atendimentos de média e alta complexidade continuam a ser realizados pelos hospitais e a tendência é que o movimento aumente diante do envelhecimento populacional.

"O país tem uma população enorme sem recursos para buscar atendimento em hospitais privados e as empresas viram uma oportunidade"
Daniel Cardone, Advogado

 
       
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Consultas médicas por R$ 89

CORREIO BRAZILIENSE - DF ECONOMIA Matéria 26/06/2016

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De olho na expansão da demanda por atendimentos médicos, o advogado Emannuel Garakis e outros quatro sócios abriram a primeira unidade da Minha Clínica no Setor Comercial Sul, no centro de Brasília. A clínica possui cinco consultórios e espaço para realização de exames e coleta de sangue. A segunda unidade está em construção em São Sebastião e deve empregar 35 pessoas.

O diretor técnico da clínica popular, Joannis Garakis, explica que a empresa está focada na atenção básica a saúde, com preços acessíveis. As consultas variam de R$ 89 a R$ 99. Os exames saem até pela metade do preço do que os realizados em laboratórios e hospitais tradicionais. "O paciente tem direito a uma consulta e um retorno em até 30 dias", explica.

Em meio ao surgimento das clínicas populares, os brasileiros ainda têm opiniões distintas sobre o serviço prestado. A vendedora ambulante Antônia Duarte, 57 anos, conhece o drama de quem busca atendimento na rede pública. Ela vende lanches na porta do Hospital de Base de Brasília, a maior unidade pública do Distrito Federal. Ela vê o sofrimento de quem procura uma consulta e não consegue ser atendido. "Eu tentei uma consulta que foi marcada para outubro. Moro no Entorno do DF e paguei R$ 150 em uma consulta particular. Com a chegada das clínicas populares vou buscar atendimento", diz.

O servidor público Luiz Rocha, 55 anos, teme que o atendimento realizado pelas clínicas populares não seja de qualidade. Ele, que possui um plano de saúde, afirma que já teve dificuldades para marcar uma consulta. "Os preços das clínicas populares são atrativos, mas não tenho confiança. Sonho com o dia em que o SUS terá condição de cuidar dos brasileiros sem filas e sem transtornos", ressalta.

 
       
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Casos caem, mas não chegam à meta

CORREIO BRAZILIENSE - DF MUNDO Matéria 26/06/2016

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Pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), a partir deste ano, os países têm que apresentar uma proporção de menos de um caso de hanseníase para cada 10 mil habitantes. Em 2014, segundo o último levantamento do Ministério da Saúde (MS), o Brasil registrou o índice de 1,56 casos, ficando atrás apenas da Índia, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Rosa Castália, coordenadora de Hanseníase e Doenças em Eliminação do MS, diz que os dados preliminares de 2015 indicam uma redução nos diagnósticos, o que faz o Brasil se aproximar da meta estabelecida no acordo internacional.

"Ainda não temos uma declaração oficial porque os dados precisam ser certificados. Mas chegamos muito perto da meta", garante. Em 2014, foram 31.064 novos casos da infecção no país, uma redução de 38,5% se comparada aos 50.565 diagnósticos de 2004. No Brasil, a hanseníase está concentrada em 40 municípios dos estados de Mato Grosso, Pará, Maranhão, Tocantins, Rondônia e Goiás, que reúnem mais de 80% dos casos diagnosticados da doença.

Diagnóstico errado
Mais um agravante do quadro é a má formação de médicos para o diagnóstico precoce da doença, quando há ainda apenas manchas na pele. Segundo relato de 42% dos pacientes entrevistados no estudo divulgado na Plos Neglected Tropical, embora eles tenham buscado ajuda quando surgiram os sinais iniciais, foram diagnosticados erroneamente com reumatismo, micose e alergia.

"O único sintoma que foi reconhecido entre os clínicos e associado rapidamente à hanseníase foi a lesão de pele com perda de sensibilidade. Embora a prevalência da lepra tenha diminuído nos últimos anos, essa doença ainda é endêmica no Brasil. Então, é surpreendente que outros sintomas não tenham sido reconhecidos. Isso indica que é necessário mais conhecimento sobre os sintomas pelos profissionais de saúde e pela população", observa Mary Henry, pesquisadora da Universidade de Birmingham e participante do estudo.

De acordo com Noêmi Galan, médica do Instituto Lauro de Souza Lima e coautora da pequisa, uma grande parte dos médicos brasileiros começa a atender nas redes básicas de saúde sem ter estudado sobre a hanseníase durante a graduação. Em geral, apenas dermatologistas possuem conhecimento necessário para examinar e diagnosticar pacientes logo no início da doença. No entanto, esses profissionais são raros nos centros de saúde pública, principalmente nas cidades em que há maior incidência da patologia. "Além de o acesso ao sistema de saúde ser ainda muito precário no Brasil, a hanseníase é negligenciada de várias formas, inclusive no currículo de ensino dos profissionais de saúde", critica.

 
       
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O câncer do Brasil

CORREIO BRAZILIENSE - DF REVISTA DO CORREIO Matéria 26/06/2016

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No dia em que o lavrador Vitório Souza, 54 anos, descobriu que tinha câncer, achou que tinha engolido uma espinha de peixe. Incomodavam as ferroadas na garganta. O médico, em Barra do Choça, centro-sul baiano, pediu alguns exames e cravou o diagnóstico: câncer de laringe. Sem querer depender ou confiar no SUS, Vitório e a esposa, a também lavradora Arlinda Bonfim, 52, juntaram todo o dinheiro que tinham para pagar a biópsia, o primeiro passo de uma luta incerta. Receberam, em troca, a indicação de uma terapia e o encaminhamento para outra cidade, onde poderiam combater a doença. Escolheram Brasília, já que a filha do casal mora no Riacho Fundo II. Deixaram o lar para lutar pela saúde e pela vida de Vitório. Vieram para a capital federal com esperança, em busca de um tratamento que duraria 25 dias, mas que já se arrasta por dois meses.
Ainda que com mais sorte, também há percalços para quem luta contra o câncer no extremo oposto da pirâmide social. O engenheiro civil Antônio Silvestre, 62 anos, descobriu um câncer na próstata em um exame de rotina, em 2007. Tudo aconteceu muito rápido. O resultado da biópsia indicou um tumor agressivo e maligno. Foi realizada uma cirurgia radical e, depois disso, as medidas adotadas foram para garantir que o câncer estivesse sob controle. Em 2011, o grau de malignidade piorou. O câncer já se espalhava pelo corpo. Por conta de uma obstrução no canal da bexiga, seu Antônio foi procurar em São Paulo alguma alternativa que acalmasse a sua ansiedade. Hoje, faz a terceira rodada de quimioterapia e de radioterapia na rede privada. No ano passado, lhe foi receitado um remédio que não constava no rol de medicamentos aprovados pelo plano de saúde. Teve então que pagar do próprio bolso. Depois de desembolsar R$ 11 mil por mês, durante três meses, seu Antônio decidiu entrar na justiça para pedir um reembolso.
Enquanto médicos e cientistas discutem meios e tratamentos para tornar o câncer uma doença crônica, tratável e controlada, no Brasil a conversa ainda está longe de ser realidade. Nem para quem tem um bom plano de saúde e, muito menos, para quem depende do Sistema Único de Saúde. No Brasil, ainda se morre, e muito, de câncer. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a doença é a segunda maior causa de morte no país, com 190 mil óbitos por ano, sem contar os casos de pessoas que morrem sem nem ter tido a chance de serem diagnosticadas.
O câncer é uma epidemia. Ao mesmo tempo em que mata, o aumento da expectativa de vida e o estilo de vida também aumentam a incidência da doença. A expectativa do Inca é que, só este ano, sejam diagnosticados 596 mil novos casos da doença. Só no Centro-Oeste, 44.430 pessoas serão identificadas com neoplasias em 2016. E quem lida com o problema afirma: ainda falta muito para reverter este cenário.
O imbróglio do câncer no Brasil vai além da falta de remédios no SUS. Passa pela lentidão da burocracia, pelo sucateamento dos equipamentos de radioterapias, pelo preço exorbitantes de algumas drogas. Quem enfrenta a doença também é vítima da falta de dinheiro, de investimento em pesquisa, de prevenção e da dificuldade de diagnóstico precoce.  
Os diagnósticos mais comuns no Distrito Federal 
Em Brasília, a estimativa é de que em 2016 sejam registrados, entre os homens, 840 novos casos de câncer de próstata; 240 de cólon e reto; 180 de traqueia, brônquio e pulmão e 170 de estômago. Entre as mulheres, serão 1.020 novos casos de câncer de mama; 330 de cólon e reto; 270 de colo de útero; 130 de ovário e útero e o mesmo número de traqueia, brônquio e pulmão. Esses números não consideram os cânceres de pele não melanoma. Neste caso, serão afetados 1.330 entre os homens e 1.540 mulheres.
As novidades que ainda vão demorar a chegar por aqui
Todos os anos, a American Society of Clinical Oncology (Asco) se reúne em um congresso gigantesco em Chicago, Estados Unidos, para mostrar o que há de novo em tratamento oncológico. Foram cerca de 40 mil pessoas do mundo inteiro por dia, com apresentações de estudos clínicos e mais de  5 mil artigos. "Esta edição da Asco é um ano de consolidação de conhecimento", explica o oncologista Carlos dos Anjos, que foi, como muitos outros médicos brasileiros, descobrir qual caminho levará ao futuro do tratamento oncológico.
Entre outros temas, a Asco 2016 falou da preocupação quanto à viabilidade da assistência ao paciente. As drogas são revolucionárias e se provam cada vez mais eficazes, mas chegam ao mercado com um preço muito alto. No Brasil, então, demoram a estar disponíveis (quando isso acontece) e podem ser, muitas vezes, caras demais. "Vejo tudo isso e, depois de amanhã, estou no consultório. Gera um sofrimento saber que existe esse tratamento, mas não no Brasil. E, se tivesse, seria impagável", afirma Murilo Buso.
Conheça alguns dos estudos apresentados durante a Asco:
Dez anos de hormonoterapia com o medicamento letrozole reduz a recorrência de câncer de mama sem comprometer a qualidade de vida da paciente. O estudo randomizado de fase 3 descobriu que, cinco anos adicionais de terapia, diminuem o risco de recorrência em 34%.Um estudo pivotal fase 3 mostra que o medicamento daratumumab, quando adicionado ao tratamento com bortezomib e dexamethasone, ajuda a diminuir a progressão do mieloma múltiplo em 70%.Pacientes idosos com glioblastoma tem risco de morte diminuído em 33% quando tratados com temozolomide durante curtas sessões de radioterapia.Resultados preliminares de um primeiro estudo clínico usando pacientes humanos mostram que o medicamento rovalpituzumab tesirine tem eficácia promissora em casos de câncer de pulmão pequenas-células. O tratamento interromperia o crescimento do tumor em 89% em pacientes com altos níveis de DLL3 e ainda reduziria o câncer em 39%.Um estudo europeu descobriu, em estudo fase 2, que o anticorpo IMAB362 pode estender significantemente a média de vida do paciente quando adicionado à quimioterapia padrão em casos de câncer de intestino.Outro estudo europeu fase 3, um dos maiores já feitos avaliando câncer pancreático, mostra que adicionar a droga oral capecitabine aumenta a sobrevida, sem aumentar a toxicidade.O biosimilar do medicamento trastuzumab é comparável à droga padrão em pacientes com câncer de mama HER-2 positivo.Estudo comprova que o medicamento imunoterápico atezolizumab é efetivo em pacientes com câncer de bexiga não tratado avançado, que não podem receber o tratamento com cisplatina.Para algumas mulheres com câncer de ovário avançado, receber quimioterapia direto no abdômen e de forma intravenosa parecem ser mais efetivas do que a quimioterapia sozinha.A biópsia líquida, um exame que é feito em amostras de sangue, saliva ou até urina pode ajudar a tratar muitos pacientes. Uma análise genômica em larga escala afirma que os padrões de mudança genética encontrados nas amostras são praticamente equivalentes aos identificados em uma biópsia de tecido. O exame é uma alternativa bem menos invasiva para monitorar o crescimento do tumor.Feedback de longo prazo, de um estudo fase 1 em pacientes com melanoma avançado recém-diagnosticados ou previamente tratados, mostra que 40% dos pacientes tratados com pembrolizumab estão vivos três anos após começarem o tratamento. ç
A repórter viajou a convite da MSD.

 
       
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Doente e tratado pelo governo

CORREIO BRAZILIENSE - DF REVISTA DO CORREIO Matéria 26/06/2016

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O caminho básico para quem é diagnosticado com câncer na rede pública é, ao sentir sintomas, ser encaminhado para uma unidade de saúde ou a um hospital apto a atendê-lo. São feitos exames para comprovar o diagnóstico. Só então, o paciente é encaminhado a uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) ou para um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), instituições vinculadas ao Ministério da Saúde (MS), que estão espalhadas por todo país para tratar diferentes tipos de tumores. Ao todo, são 284 unidades. Em casos mais específicos e complexos, o doente é transferido para um centro de excelência, como o Inca, no Rio de Janeiro, ou para o Icesp, em São Paulo.
Cumprida a etapa, o paciente passa por mais uma triagem. Entra na fila da  cirurgia, da radioterapia ou da quimioterapia. Muitas vezes, precisa ser submetido aos três. Em novembro de 2012, a então presidente Dilma Rouseff aprovou uma lei que passou a ser conhecida como a Lei dos 60 dias, que assegura o início do tratamento ao paciente com câncer em até, no máximo, 60 dias, contados a partir do resultado da biópsia. Segundo o MS, porém, 40% dos pacientes esperam bem mais do que isso para começar o tratamento. "É uma série de joga para lá e para cá; faz outro exame; revisa a lâmina da biópsia... Tudo para driblar a lei. Sabemos que os hospitais estão lotados e que precisam de infraestrutura e de pessoal", explica Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, uma associação que reúne profissionais de saúde e pacientes e ex-pacientes de câncer.
Uma das críticas pertinentes à lei é que a regra foi aprovada sem garantir recursos para que o sistema de saúde tenha condições de aplicá-la. "É como se o câncer só passasse a existir a partir do dia em que está no papel. O  paciente sofre muito antes, sem imagem, sem biópsia, esperando o resultado da patologia, que pode demorar 60, 90 dias", lamenta o oncologista Gustavo Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Em nota, o Ministério da Saúde explica que, nos últimos cinco anos, houve um aumento de 34% no número de pessoas com câncer atendidas no SUS e, para dar conta da demanda, a pasta ampliou em 68% os recursos para tratamento oncológico, passando de R$ 2,1 bilhões de reais, em 2010, para R$ 3,5 bilhões, em 2015.  
Seu Vitório, por exemplo, teve que esperar dois meses para se tratar. A expectativa inicial era de passar por 25 sessões de radioterapia e fazer a quimioterapia. Uma sessão por dia. Mas, já se vão dois meses. "Aparelho de radioterapia e tomografias quebrados. Cada vez são quatro, cinco dias pra consertar. Falta muito remédio...", relata Arlinda, a esposa dele. A expectativa é de terminar o processo até o fim do mês, conseguir uma consulta com oncologista e descobrir se podem, finalmente, voltar para casa. Enquanto isso, o lavrador e a esposa vivem em uma instituição que ajuda pacientes com câncer (veja box).  
Além dos vários problemas de infraestrutura na rede pública, o SUS ainda oferece um tratamento muito "tradicional", muitas vezes ultrapassado. O remédio que trata câncer de mama no mundo inteiro, por exemplo, é oferecido pelos planos de saúde no Brasil desde 1999 e, até hoje, não consta na lista de medicamentos ofertados pelo SUS. A droga é, inclusive, listada pela OMS como básica, junto a remédios como dipirona ou morfina. "A estimativa é de que se tenham perdido 33 mil anos de vida por falta de tratamento. Parte deste sangue está na mão do governo, mas outra parte está na mão da indústria farmacêutica. Se os preços fossem mais razoáveis, certamente teríamos mais acesso", afirma Gustavo.
Segundo Luciana Holtz, comparado ao rol de medicamentos que o serviço privado oferece, a rede pública deixa a desejar. "A gente batalha para melhorar, para ser menos distante, mas o que vemos hoje é que o paciente que depende do tratamento do SUS tem menos chance de vida. Ele não tem acesso às inovações dos últimos 10 anos", afirma. O problema é que o Sistema Único de Saúde não tem condição ou verba para manter o protocolo atualizado em todas as frentes. O desafio do governo é imenso. Nenhum país de dimensões continentais como o nosso se propõe a cuidar da população de maneira adequada como faz o sistema público de saúde.
"Temos 200 milhões de pessoas no país, 80% dos quais são dependentes do SUS. O compromisso é lindo, mas requer um esforço da sociedade. Mesmo que a gente tenha cinco vezes o recurso que temos hoje, não ia ter como atender todo mundo", avalia Gustavo. 
Instituto de Apoio ao Portador de CâncerO tratamento de câncer é pesado e exaustivo, fisicamente e emocionalmente. Não só para o paciente, mas também para a família e cuidadores. Muitas vezes, quem depende do SUS não pode contar com atendimento especializado em sua própria cidade ou perto de casa. Para amparar essas pessoas, existem algumas instituições que recebem os pacientes. O Instituto de Apoio ao Portador de Câncer, no Núcleo Bandeirante, por exemplo, é onde seu Vitório e a esposa encontraram abrigo. A casa hospeda pacientes que vêm de fora do DF ou que moram no entorno. Ali, oferecem quarto, cinco refeições por dia, transporte para o hospital, lavanderia, sala de estar com televisão, ambulatório para emergências e tudo o que o paciente possa precisar. Funciona totalmente à base de doações. Quem não pode ajudar com dinheiro pode doar roupas usadas para um bazar permanentemente montado no local.Mais informações: (61) 3552-2030. 

O SUS na capital 
Depois de denúncias feitas por um médico do Hospital de Base, a Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Câmara dos Deputados verificou, no fim do mês de maio, a situação in loco. "Descobrimos que tudo o que a gente achava que era ruim, na verdade era muito pior. Saímos de lá absolutamente estarrecidos", conta o deputado Professor Reginaldo Veras, presidente da Comissão.
Segundo o relatório emitido pelos deputados, há somente um aparelho de radioterapia funcionando. Outros dois estão sem manutenção há dois anos, quando a obrigatoriedade do ajuste é a cada dois meses. O hospital também tem um equipamento de ponta, o pet-scan, que rastrea tumores pelo corpo, mas nunca foi instalado. Além disso, faltam vários medicamentos.
"A primeira coisa que temos que reconhecer é que as definições de "caótico" ou "calamidade" correspondem à realidade. A situação é grave e, feito esse reconhecimento, as frentes estão abertas. A necessidade de normalização do abastecimento e dos contratos de manutenção é aguda", garante Bruno Sarmento, gerente de cuidados com câncer da Secretária de Saúde do DF.
Há problemas em todas as etapas do tratamento oncológico em Brasília. Na área de diagnóstico, a tomografia é o principal gargalo, uma vez que não atende a demanda total, que extrapola os casos de câncer. Nas cirurgias, necessárias para quase 70% dos pacientes, o modelo que funciona atualmente não é o ideal. Os procedimentos são feitos nos hospitais regionais e, como o tratamento oncológico é de alta complexidade, exige especialização. "Tem gente sendo operada por médicos não especializados e os pacientes de câncer disputam espaço com as vítimas de traumas urgentes", afirma o médico.
Quanto aos remédios, há uma lista de 53 remédios listados para tratamento oncológico e, hoje, faltam 12 na capital. Se o paciente precisa de um tratamento que está disponível, tem que esperar uma semana ou até 10 dias. Caso a droga possa ser substituída por outra disponível, o paciente começa a se tratar com mais rapidez. Mas se o remédio está em falta, o hospital tenta comprar, respeitando um orçamento máximo de R$ 8 mil reais. Quando não consegue, o paciente pode entrar na justiça. "Os medicamentos que faltam estão em processo de compra", Bruno tranquiliza.
O cenário mais grave em todo o tratamento oncológico é o da radioterapia. A rede não foi ampliada nos últimos anos de acordo com o crescimento e a necessidade  da população. A OMS recomenda a existência de uma máquina para cada meio milhão de habitantes. Pela SES-DF, no entanto, existem apenas três disponíveis, que atenderiam 1 milhão e meio de pessoas, ou seja, a metade da população da capital. Para agravar a situação, os aparelhos não trabalham  com o desempenho máximo. Por serem muito antigos, é difícil encontrar manutenção. "O funcionamento é confiável, porque a cada dia o físico responsável faz medidas. Mas não podemos tratar muitos pacientes e trabalhamos com mais ou menos a metade da capacidade. A fila já supera 900 pessoas atualmente", lamenta Bruno.
Mas, este ano, há pelo menos uma boa notícia. A fila de pacientes aguardando consulta em oncologia clínica chegou a zero. "Sabemos que não quer dizer que o paciente vai ser tratado, mas é uma vitória que precisa ser registrada. Sem a consulta, o paciente fica em casa, ansioso, sem saber qual a chance de cura, enquanto a doença progride. Quando ele entra no consultório, as perguntas são respondidas e alguns sintomas começam a ser tratados, além de conseguir a prescrição do tratamento", comemora.
No começo deste mês, os deputados da Comissão tiveram uma audiência de quase duas horas com o governador e representantes da SES-DF para encontrarem, juntos, formas de amenizar as carências. "O secretário disse que era questão de orçamento, então, conseguimos fazer um remanejamento de crédito de R$ 35 milhões para o Hospital de Base", explica o deputado Reginaldo Veras. 
A verba será destinada, principalmente, para quitar as dívidas com os fornecedores de remédios, comprar novos medicamentos, garantir a manutenção dos equipamentos de radioterapia, concluir a instalação do pet-scan, além de contratar clínicas particulares em caráter emergencial para atender a população que depende urgentemente do serviço público. "Estamos otimistas. Agora, é fiscalizar cada passo", garante o deputado.
Obviamente, o dinheiro soluciona alguns problemas, mas outros não são resolvidos apenas com o auxílio financeiro. Para instalar o pet-scan, por exemplo, é preciso um projeto de engenharia. "Esperamos lançar um edital em 30 dias para contratar prestadores de serviço privados, mas é caro e a expectativa de oferta de vagas é pequena", afirma.
Há planos de dar início a obras e recuperar os centros de tratamento já existentes, além de criar o Hospital Oncológico de Brasília. O projeto, em parceria com o Ministério da Saúde, existe desde 2012, e a expectativa é de que a licitação saia ainda este ano. A equipe que desenhou o projeto é a mesma que participou da construção do Icesp e da ampliação do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
"Será uma referência regional, com capacidade para fazer no mínimo 5 mil cirurgias por ano. Serão 162 leitos, sete salas para cirurgia e uma para emergências, com a capacidade total de absorver mais 2 mil pacientes. Continuaremos com os atendimentos no Hospital de Base e no Hospital Universitário, mas a pressão vai diminuir bastante", prevê. Se tudo correr bem, a expectativa é que o hospital esteja funcionando em, no mínimo, três anos. "Temos a perspectiva de que, daqui a quatro ou cinco anos, tenhamos uma assistência oncológica decente, no nível que a população deseja e espera."

 
       
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O caminho dos remédios oncológicos

CORREIO BRAZILIENSE - DF REVISTA DO CORREIO Matéria 26/06/2016

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Em primeiro lugar, o medicamento precisa de um registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "No caso de um fármaco inovador, ou seja, caso a substância ativa ainda não tenha sido registrada na mesma concentração, forma farmacêutica ou indicação desejada, será necessário todo um processo de Pesquisa e Desenvolvimento. Descrito de forma geral, se inicia com a descoberta e síntese de uma molécula, desenvolvimento farmacotécnico do medicamento e posteriormente realização de estudos pré-clínicos (em animais) até se chegar na pesquisa em humanos (fase de pesquisa clínica)", explica a assessoria do órgão.
A agência, então, analisa os dados e, se aprovados, recebem um número de registro e podem seguir para a precificação. O processo de análise do registro de um medicamento novo dura, em média, de oito a 12 meses, podendo ser maior, dependendo da complexidade da análise. Medicamentos oncológicos seguem o mesmo caminho de qualquer outro remédio.
O processo passa, então, para a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). O órgão é formado por cinco Ministérios: Saúde, Fazenda, Indústria e Comércio, Casa Civil e Justiça. "A câmara tem que enquadrar o medicamento em uma das seis categorias definidas pela resolução. Se o produto conseguir, por meio de estudos e evidências científicas robustas, provar que é um grande diferencial em termos de eficácia ou de menor efeito colateral em relação ao tratamento antigo, ele recebe o menor preço pelo qual é comercializado entre nove países definidos", conta Pedro Bernardo, diretor de Acesso da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
Como a indústria farmacêutica gasta pelo menos 15 anos e muito dinheiro para criar um novo medicamento, ela espera que o preço esteja de acordo com a expectativa de lucro. Se o valor definido pela CMED não for aceito, a indústria pode solicitar uma revisão da proposta ou simplesmente desistir de lançar o produto.
A partir daí, o medicamento tem dois caminhos. Para seguir para o SUS, é preciso mandar um pedido para incorporação do medicamento junto à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). "Apesar de ser responsabilidade e interesse do Ministério da Saúde oferecer novos tratamentos, quem faz o pedido são as indústrias, as associações de paciente e a sociedade de oncologia. O Ministério tem obrigação de cuidar das pessoas", pressiona Gustavo Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.
Segundo uma pesquisa da Interfarma, 56% dos pedidos de incorporação são negados e 79% das solicitações, em geral, é feita por agentes externos ao governo. "A maior parte das negativas diz que as drogas não funcionam, o que é uma leitura diferente do que acontece no resto do mundo. É discordar de especialistas do mundo inteiro, porque o medicamento que chega aqui já é usado lá fora. Gente que nunca participou de uma pesquisa clínica avalia o que os outros fizeram e reprova", continua o presidente da SBOC. Outra justificativa comum é a falta de dinheiro ou que o custo-benefício não vale a pena. Sem acesso ao medicamento pelo SUS, o paciente pode entrar na justiça para garantir a droga.O outro caminho é para entrar no rol de medicamentos que devem ser ofertados pelos planos de saúde. 
A lista é atualizada a cada dois anos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). "Esse processo de revisão ocorre com a participação da sociedade, no âmbito do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (Cosaúde), formado por representantes de órgãos de defesa do consumidor, prestadores de serviços, operadoras de planos de saúde, conselhos e associações profissionais, representantes de beneficiários, dentre outras entidades", explica a assessoria da ANS. São avaliadas a segurança e a efetividade do tratamento, custo-benefício e disponibilidade de rede prestadora, entre outros quesitos. A proposta final vai para uma consulta pública e, depois de aprovada, entra na lista de medicamentos disponíveis. A última atualização foi feita em janeiro deste ano e foram incluídos 40 medicamentos quimioterápicos orais.
O grande obstáculo nesse processo é a demora na atualização pela ANS. O paciente tem que esperar pelo menos um ano pela aprovação na Anvisa, a precificação e, depois, mais dois anos para contar com o tratamento. "Imagina a quantidade de gente que morre nesse tempo, a quantidade de gente que deixa de ser atendida. O paciente de câncer não tem esse tempo para esperar. A lei dos 60 dias existe no atendimento público, mas no particular o paciente pode esperar mais de 700 dias?", questiona Gustavo. Segundo a ANS, o método atual só pode ser modificado quando a lei for mudada.
VOCÊ SABIA?Dos 80 medicamentos de indicações gerais incorporados ao SUS, a maioria, 45 deles, é formada por terapias disponíveis no mercado há mais de 15 anos. Já remédios lançados mais recentemente, com até cinco anos no mercado brasileiro, tiveram uma incorporação bem menor, de apenas 13 produtos.Fonte: Interfarma: Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa
Onde se tratar na rede pública de BrasíliaHospital Universitário de Brasília/Fundação da Universidade de Brasília (Unacon com serviço de Radioterapia)Hospital de Base do Distrito Federal/SES do Distrito Federal (Cacon serviço de Oncologia Pediátrica)Hospital Sarah /Associação das Pioneiras Sociais (Unacon)

Câncer na rede particular 
Na rede privada, o desenrolar do diagnóstico acontece muito mais rápido. Ao perceber os sintomas, o paciente marca uma consulta. Se encaminhado para um oncologista, a ANS garante em lei que o atendimento seja feito em até 14 dias. A partir daí, o médico decide o tratamento e, se tudo der certo, o paciente começa logo a luta pela vida.
O problema é que a medicação precisa estar incluída no rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, definido pela ANS, que é atualizado a cada dois anos. Se não for o caso, o paciente doente deve brigar pelo atendimento na Justiça, protagonista de um processo conhecido como judicialização da doença.
Enquanto o paciente tem direito de ser atendido com o que há de melhor, a maioria das causas, se bem defendidas, é ganha. "O Judiciário tem tratado o tema com maior juridicização, não existindo espaço para decisões apenas com fundamento na urgência da causa e risco de morte do autor", conta a advogada Karolina Leal. "Como não há ainda um caminho de ações coletivas bem delineado no país, predominam as ações individuais e, nestas, o desdobramento mais comum é a obtenção de decisões favoráveis aos pacientes já no início do processo judicial." Apesar disso, o processo poder se arrastar por até três anos.
Ou seja, as operadoras de saúde são defendidas de processos pelo rol da ANS, e o paciente precisa processar o Estado para conseguir o tratamento. Mas claro que não é uma decisão simples para nenhuma das partes envolvidas. Cabe ao médico, o advogado e o paciente avaliarem se é válido o desgaste de um processo judicial. Em alguns casos, o medicamento receitado é oneroso e não garante muito tempo de vida ao paciente.
No caso de seu Antônio, o remédio era caro, mas ele teve como bancar sua chance de cura. Além de passar por uma reabilitação bem desgastante, o desconforto de ter que gastar mais de R$ 30 mil reais em remédios que deveriam ser cobertos pelo plano é grande. Em outubro de 2015, o engenheiro entrou com um processo na Justiça pedindo o reembolso do montante dispendido. "O gasto é, certamente, um transtorno. A resposta da Justiça ainda não saiu, ficamos esperando o retorno. Mas em janeiro deste ano, o remédio foi incorporado pelo rol e, agora, o plano de saúde assumiu os gastos", explica.
É um caso complicado. O maior problema da judicialização do câncer para o governo é que tem um impacto grande no planejamento do Ministério da Saúde. A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, por exemplo, estima que se gasta cerca de R$ 1 bilhão por ano só para pagar processos judiciais. "Dava pra construir uma rede de postos de saúde ou um hospital com esse dinheiro", contabiliza Gustavo. "O paciente está no direito de garantir o acesso ao melhor tratamento e a Justiça tem uma atuação bem bacana, no sentido de tentar defender o cidadão. Mas, às vezes, a disparidade só se aprofunda mais, porque, além de uma diferença no acesso à saúde, existe o acesso à luta pelos próprios direitos. O Ministério da Saúde tem um levantamento que afirma que a maior parte do dinheiro é pago para famílias de alta renda", continua. O dinheiro que é gasto com a judicialização é o mesmo que se investe no funcionamento geral do SUS.
Pedro, da Interfarma, afirma que a judicialização é, no fim das contas, ruim para todo mundo. Desorganiza o sistema. O planejamento do Ministério tem que ser alterado. A indústria tem que lidar com compras sendo feitas de forma esporádica, sem previsão e acaba tendo que manter um estoque de custo elevado para garantir a entrega do medicamento, sem nenhuma garantia de que o produto será, no fim das contas, vendido. "O melhor seria se o governo se sentasse com o laboratório, negociasse o preço, fizesse um planejamento e organizasse uma venda única. Acabaria sendo mais barato e eficiente para todos os lados", afirma Pedro. Mas essa venda única dependeria da aprovação da Conitec, e a aprovação esbarra em um problema conhecido: a falta dinheiro.
O futuro 
Quem acompanha o cenário do tratamento oncológico no Brasil sabe que ainda há um longo caminho para que os protocolos de tratamento daqui se equiparem aos internacionais. Atualmente, o Ministério da Saúde apaga incêndios com pouca verba todos os dias. "A agonia é que a gente não faz nada hoje. É preciso educar as pessoas sobre ter hábitos saudáveis e tentar se preparar para o que vem pela frente. Discutir o que vamos oferecer, o que é o mínimo obrigatório. Precisamos falar mais sobre câncer. Só escutamos filas, demora, desigualdades, mas o câncer também tem a face que sobrevive, de gente que vira a página, gente que trabalha, gente que envolve e se engaja. Não é necessariamente uma sentença de morte", afirma Luciana Holtz, do Instituto Oncoguia.
"O que eu acho que o Brasil tinha que se esforçar para montar estruturas de pesquisa clínica. Primeiro, para diminuir o custo. É uma fonte diferente para tratar o paciente, seja financiada pela indústria ou por órgãos governamentais. Segundo, porque dá acesso ao paciente, a essa enormidade de drogas e a tratamentos novos. Além de melhorar o perfil do profissional brasileiro", explica o oncologista Murilo Buso, do Cettro. Para isso, as regras, as questões legais e os modelos precisariam ser mudados. "Falta mobilização, pressão da sociedade."

 
       
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Vacina da leishmaniose protege homem e cães

CORREIO BRAZILIENSE - DF SAÚDE Matéria 27/06/2016

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Belo Horizonte - Uma vacina que pode significar o fim da eutanásia dos cães nos casos de leishmaniose visceral, além de reduzir o potencial de disseminação da doença, está sendo desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em vez da imunização, a abordagem promete impedir que o cachorro contaminado se mantenha como reservatório do protozoário que causa a doença, interrompendo a transmissão para outros cães e, até mesmo, para humanos. Com isso, o animal doente deixa de ser considerado um risco à saúde pública e pode ser submetido a tratamento, o que atualmente não é recomendado pelo Ministério da Saúde.

A técnica para controlar a disseminação de leishmaniose visceral é inédita e conduzida pelo Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo o professor Rodolfo Cordeiro Giunchetti, coordenador dos estudos, a vacina tem, na composição, o antígeno do próprio inseto. Usa uma proteína do flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, conhecido popularmente como mosquito-palha, para gerar, no cão, anticorpos que inibam as etapas de desenvolvimento do inseto.

Assim, quando a fêmea picar o cachorro infectado em busca de sangue, ela não será infectada e, portanto, não poderá transmitir o protozoário causador da leishmaniose. "Há indícios de que o hospedeiro contaminado bloqueia a infecção no inseto, o que interromperia o ciclo de transmissão, de modo que ele não conseguiria infectar novos cães ou mesmo o homem", diz o pesquisador.

O primeiro resultado mostrou que as fêmeas de flebotomíneos que se alimentam do sangue do cão vacinado diminuem em 47% o número de ovos que colocariam na natureza. "Isso quer dizer que, ao longo dos anos, poderíamos controlar o número de flebotomíneos", complementa Giunchetti. Segundo o professor, reduzir a quantidade de mosquito-palha é um grande ganho, já que a forma de exterminá-lo não é tão objetiva como as medidas para combater o Aedes aegypti, por exemplo. Enquanto o mosquito transmissor da dengue se reproduz na água parada, o vetor da leishmaniose usa matéria orgânica.

Inédita
A pesquisa começou a ser feita com roedores, e o estudo controlado mostrou que, além dos efeitos apresentados no ciclo de transmissão da doença, não teve efeitos colaterais. Ao testar em cães, a equipe científica confirmou os resultados. A vacina vem apresentando bom desempenho nos diferentes experimentos. Segundo o professor, parte do ciclo do protozoário Leishmania chagasi se desenvolve no trato digestório do inseto, até ele chegar a uma forma infectante capaz de transmitir para cães e homens.

É nesse foco que o pesquisador trabalhou, diferentemente de outras vacinas tradicionais. "Essa tem uma nova característica, de favorecer o cão. Mesmo que ele fique doente, poderá permanecer na área endêmica e não precisará ser submetido à eutanásia, pois não oferecerá risco à saúde. Não há ninguém no mundo que trabalhe com essa abordagem para controlar a leishmaniose visceral", garante.

Superparasita
Os sintomas da leishmaniose nos cães são perda de apetite, lesões de pele, emagrecimento crônico e prostração. Na forma visceral, ela compromete órgãos vitais, como rins, fígado, baço e medula óssea, podendo levar à morte do animal. Embora já tenha havido decisões judiciais contra a eutanásia, a recomendação do Ministério da Saúde é sacrificar o cão contaminado para que ele deixe de ser um reservatório do protozoário que causa a leishmaniose.

O professor Rodolfo Cordeiro Giunchetti afirma que, independentemente do tratamento que é feito em algumas clínicas, o animal continua com o parasita no sangue e, por isso, oferece risco. "Pesquisadores da área acreditam que o cão, sendo submetido a tratamento, pode, inclusive, gerar um parasita ainda mais virulento. O animal melhora clinicamente, mas se mantém com o status de reservatório. Pensando em dar uma contribuição para amenizar isso e trazer uma alternativa à eutanásia é que estamos trabalhando no desenvolvimento da vacina", afirma o pesquisador.

Um dos perigos de se manter cães infectados é que a doença também pode atingir os humanos. Nesse caso, a leishmaniose visceral causa alteração nas vísceras, como fígado, no baço e na medula óssea, provocando um abalo muito grande no sistema imune. "A pessoa pode ficar mais propensa a uma série de infecções e, com isso, morrer, por exemplo, de pneumonia. A própria infecção causa uma alteração renal gravíssima que pode levar à falência do órgão", explica Giunchetti.

Segundo o pesquisador da UFMG, há ainda a dificuldade de  diagnóstico. A descoberta  da leishmaniose visceral humana costuma ser lenta porque há poucos profissionais preparados, além da baixa procura por  novos tratamentos. "A indústria farmacêutica não tem muito interesse em desenvolver remédios porque a doença é restrita a países pobres. Mesmo na Europa, onde existe leishmaniose, ela não é considerada de importância para a saúde pública porque, lá, somente um grupo especial pode desenvolver a doença, os pacientes com HIV", diz. No Brasil, idosos, moradores de regiões mais pobres e crianças subnutridas são as principais vítimas.

Ativa no Brasil
É a forma mais grave da leishmaniose. Pode ser fatal se não for tratada corretamente. Tem como sintomas crises irregulares de febre, perda de peso, anemia e aumento do tamanho do fígado e do baço. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, anualmente, surjam entre 200 mil e 400 mil novos casos do tipo visceral da doença, sendo 90% deles em seis países: Bangladesh, Brasil, Etiópia, Índia, Sudão e Sudão do Sul.

"A indústria farmacêutica não tem muito interesse em desenvolver remédios porque a doença é restrita a países pobres. Mesmo na Europa, onde existe leishmaniose, ela não é considerada de importância para a saúde pública porque, lá, somente um grupo especial pode desenvolver a doença, os pacientes com HIV"
Rodolfo Cordeiro Giunchetti, professor da UFMG e líder do estudo

Aplicação conjunta
A única vacina no mercado contra leishmaniose disponível é a Leish-Tec, desenvolvida também pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com proteção de 96%. Houve a Leishmune, que teve, em 2014, a comercialização proibida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por não atender os requisitos "referentes à avaliação da eficácia vacinal", conforme divulgado em nota técnica. De acordo com o pesquisador Rodolfo Cordeiro Giunchetti, não existe, para as próximas décadas, perspectiva de uma vacina que proteja 100% dos cães porque os protozoários têm vários mecanismos de escape do sistema imune. 

A vacina em desenvolvimento não substitui a atualmente disponível porque ela não prevenirá a doença. Poderá, por exemplo, ser aplicada em cães que forem diagnosticados com leishmaniose, de modo que eles não precisarão ser mortos. Mas também poderá ser associada à Leish-Tec, fazendo com que, caso o animal venha a ter o protozoário, não seja um transmissor da doença. 

Para a solução chegar ao mercado, Giunchetti está em busca de parcerias. "Não temos um horizonte favorável de novos editais (públicos), acho que levaria mais de cinco anos para produzir, a não ser que eu consiga uma parceria com alguma empresa. A expectativa é de que haja interesse", afirma. A pesquisa conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Saúde. (JC)

 
       
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Unimed promove Curso de Atualização em Obstetrícia

DIÁRIO DA AMAZÔNIA - RO JI PARANÁ Matéria 25/06/2016

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A Unimed Ji-Paraná iniciou ontem o curso de Atualização em Obstetrícia e Ginecologia voltado aos profissionais da área de saúde. Cerca de 30 médicos participam do curso que tem como objetivo discutir de forma prática as mais recentes aquisições da especialidade e temas mais relevantes vivenciados por profissionais no dia a dia para cuidar dos pacientes da melhor forma possível. O evento acontece na Sede da Cooperativa e encerra no domingo (26).

A Educação continuada de seus cooperados é parte dos valores da Unimed Ji-Paraná, que busca investir na excelência do atendimento médico prestado por seus cooperados. "Para que possamos oferecer o que há de melhor dentro da medicina é fundamental que promovamos eventos como esse, fomentando ainda mais a troca de conhecimento", destaca o presidente da cooperativa médica, Alcílio Souza.

O curso é ministrado por importantes e renomados médicos do País como o doutor Reginaldo Guedes, diretor do Serviço de Ginecologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, pelo doutor Umberto Gazi Lippi, diretor do Serviço de Assistência Materno Fetal do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e pela doutora Raquel Arruda Martins, médica assistente do Serviço de Ginecologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

 
       
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Hoje é dia de Unimed Night Run

DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ - PR MARINGA Matéria 26/06/2016

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Um evento voltado para a família e que mistura esporte, entretenimento e gastronomia. Esta é a proposta da Unimed Night Run Etapa Coração, segunda prova do Circuito de Corridas Paraná Running. Os atletas começarão correr às 20h deste sábado, mas, a partir das 12h, diversas atrações serão concentradas no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro.

Wilson Teixeira é gerente de Produtos de O Diário, realizador do Paraná Running. Ele explica que o formato do evento foi pensado para atender todos os públicos e inspirar os visitantes a optarem por hábitos saudáveis.

"É pelo exemplo que a gente começa a cativar para o esporte e qualidade de vida. Quando a família é reunida e o filho é levado para brincar, comer no food truck, escutar uma música, participar das brincadeiras, ou assistir à corrida, ele é inserido em um ambiente seguro, motivador e que só faz bem", comenta.

Ao meio-dia, 12 food trucks ficarão à disposição dos visitantes e oferecerão cardápio variado com hambúrgueres, crepes, churros, pratos e bolinhos.

Entre os veículos adaptados para servir ao público, estará o do Boteco do Neco, da empresária Déborah Kemmer. E ela comemora o clima familiar do evento. "Participei da edição passada e posso dizer que é um momento com muitos casais e pais e filhos e de lazer com gastronomia, esporte, cultura pois há música também", frisa.

Ruas interditadas Para garantir a segurança dos corredores, a Secretaria Municipal de Trânsito e Segurança (Setrans) conduzirá uma operação especial de interdição de ruas e avenidas, com início às 18h30.

O esquema para organizar o trânsito terá a participação de 40 agentes da Setrans e 50 integrantes do Tiro de Guerra. O pedido do secretário de Trânsito e Segurança, Fábio Ribeiro, é que os condutores de veículos evitem as regiões com interdições.

"Caso isso não seja possível, os motoristas devem passar devagar, de forma prudente e seguir as orientações dos agentes. Na edição passada da corrida, a organização do trânsito aconteceu sem transtornos e esperamos que seja assim novamente", ressalta.

Característica do percurso Para profissionalizar o percurso da Paraná Running, os trajetos de 5 e 10 quilômetros foram aferidos pelo medidor e também árbitro oficial da Confederação Brasileira de Atletismo, José Ernandes Feitosa.

Ele explica que o nível de dificuldade da prova é baixo, ideal para atletas amadores. "É um percurso tranquilo de fazer. Ele é plano na maior parte, sem muitas subidas. Uma prova ideal para quem quer se divertir." A assessoria de imprensa da Prefeitura de Maringá informou que lâmpadas de postes em ruas e avenidas no no percurso da corridas que estavam queimadas foram trocadas.

 
       
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Melhoria constante: humanização no atendimento e valorização dos cooperados

JORNAL DE UBERABA - MG GERAL Matéria 26/06/2016

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Eficiência, qualidade, competência, profissionalismo, transparência, comunicação e integração foram as bases dos pilares estruturados que transformaram todo o trabalho realizado em resultados efetivos. As auditorias comprovaram que a gestão da Cooperativa demonstra um sucesso pelo desempenho final, em 2015, de 105,5% com novas práticas de equilíbrio e sustentabilidade.

Com uma média mensal superior a 190 mil atendimentos, presenciais, virtuais e por telefone, as equipes de Relacionamento com o Cliente conseguiram a marca de tempo médio de espera de cinco minutos. As demandas registradas no Call Center atingiram o pico de 98% de satisfação. Índice, superior a 98%, também, foi documentado por meio de pesquisa realizada com os clientes empresariais. O resultado é inédito. Focada no objetivo social e na integração dos médicos, a Unimed Uberaba referencia-se como uma Cooperativa geradora de empregabilidade, contribuindo decisivamente para o sucesso do município, oferecendo soluções em saúde, priorizando o atendimento humanizado.

Fundamentada na gestão integrada para o fortalecimento das ações cooperativistas, visando à expansão da qualidade, continuamente traduzida no cumprimento das metas de cada projeto, investindo nos colaboradores, nos cooperados, nos usuários e nos diversos públicos, posicionando-se com indicadores fortes em favor da saúde e da vida, essas são premissas da Unimed Uberaba com modelos avançados de Desenvolvimento Humano e Organizacional. Com programas sociais estruturantes, a Cooperativa destaca-se na eficiência operacional, posicionada num novo patamar para cumprir as responsabilidades, superar desafios, gerar empregos nesse importante segmento social e transformar ameaças em oportunidades de crescimento.

 
       
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Falta dieta enteral no HGP e hospital particular empresta

JORNAL DO TOCANTINS - TO ESTADO Matéria 25/06/2016

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Os pacientes que recebem alimentação através de dieta enteral ficaram sem se alimentar ontem no Hospital Geral de Palmas (HGP), inclusive os que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conforme uma funcionária que não quis se identificar.  A medida paliativa veio de um hospital particular que teria emprestado algumas unidades para os pacientes não ficarem de jejum durante o final de semana.

Conforme a funcionária, as unidades são poucas e não são as adequadas. "Só vai chegar uma compra emergencial na terça-feira. O hospital da Unimed emprestou algumas unidades para os pacientes não ficarem de jejum o final de semana", informou.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que os estoques já estão regularizados e que a situação ocorreu por atraso nas entregas das fórmulas pelos fornecedores. A pasta informou também que nenhum paciente ficou sem alimentação na UTI.

A secretaria informou ainda estar honrando os compromissos contratados em conjunto com a Secretaria da Fazenda (Sefaz) e Procuradoria Geral do Estado (PGE) com a empresa Litucera.

 
       
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Chega a seis o número de mortes por H1N1

O DIÁRIO DE MARINGA - PR MARINGÁ Matéria 25/06/2016

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É o maior registro de óbitos por esse vírus desde a pandemia de 2009, quando 13 pessoas morreram na cidade

Vítima é uma mulher de 70 anos, doente pulmonar, hipertensa e tabagista, perfil que a colocava no grupo de risco

Maringá registra seis mortes por complicações da gripe H1N1 este ano. Um novo óbito foi confirmado esta semana. Já é o maior número de mortes pelo vírus H1N1 desde a pandemia de 2009, quando 13 pessoas morreram na cidade. Naquele ano, foram confirmados 132 casos da doença em Maringá.

A sexta morte por complicações da gripe aconteceu em maio, mas só foi confirmada ontem. A vítima é uma mulher de 70 anos, doente pulmonar, hipertensa e tabagista; perfil que a colocava no grupo de risco para a doença.

Segundo a Secretaria de Saúde, a paciente foi levada para a Santa Casa de Maringá por uma ambulância do Samu. Aos médicos, ela se queixou de febre alta e dificuldade para respirar. Ela faleceu no hospital no dia 9 de maio.

Além das seis mortes, 98 pacientes foram internados em Maringá e receberam o diagnóstico de gripe H1N1. Ainda há 530 notificações.

O secretário de Saúde, Ênio Molina, diz que a confirmação de mais uma morte deixa o município em alerta para a doença. Estamos monitorando os casos e intensificando o trabalho de orientação, com distribuição de materiais informativos e reforçando a atenção no tratamento.

As seis mortes têm em comum o fato de as vítimas pertencerem a grupos de risco e que foram prioritários na campanha de vacinação da rede pública. Dos óbitos, 66% foram de idosos e a maioria tinha problemas respiratórios. O H1N1 acomete o sistema respiratório e, quando uma pessoa que já tem alguma enfermidade sofre com o vírus, o risco é muito maior , avisa.

O secretário reforça as dicas de prevenção, como manter os ambientes arejados, fazer a higiene das mãos com frequência e evitar aglomerações. A qualquer sintoma grave é preciso procurar um médico porque quanto mais rápido o tratamento começar maiores são as chances de cura.

O Paraná pediu ao Ministério da Saúde o envio 100 mil tratamentos de Oseltamivir em razão do aumento de casos de gripe. O Estado tem 671 confirmações de H1N1 este ano.

Vacina

Em Maringá, restam poucas doses da vacina contra a gripe na rede pública. A Sala de Vacinas, na sede da secretaria, é o único local com doses disponíveis. Nos estoques, há entre 150 e 200 doses. Não temos previsão de receber mais lotes , diz a coordenadora de Vacinação, Izabela Gomes Ferrari Sócio.

Entre os grupos prioritários da campanha, o das gestantes foi o único que ainda não atingiu a cobertura de 80%. O índice entre as grávidas está em 74,97%.

DENGUE TEM ALTA DE 3,6%

Os casos de dengue confirmados em Maringá este ano subiram para 2.579. O comparativo com a semana anterior mostra um aumento de 3,6% nos casos positivos. As notificações permaneceram estáveis em 8.040. Duas pessoas morreram por complicações da doença em Maringá, que está em epidemia. As informações são da Secretaria Municipal de Saúde.

Nesta semana, foi confirmado mais um caso de zika vírus. Até agora, 26 pessoas receberam o diagnóstico da doença que, assim como a dengue, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Outros 171 casos estão em investigação, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem.

As confirmações de febre chikungunya permanecem em três em Maringá; as notificações de suspeita da doença são 81. /// Carla Guedes

 
       
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Por que a Agemed Planos de saúde vai crescer 60% este ano, apesar da crise

DIÁRIO CATARINENSE - ON LINE Matéria 25/06/2016 10:06:00

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Neste período de recessão profunda, a Agemed , empresa de planos de saúde de Joinville , fundada pelo economista  Pedro Assis, cresce de forma acelerada. Nesta entrevista, ele e a filha Soraia (foto), que é uma das vice-presidentes, contam um pouco das razões do sucesso. Companhia familiar, tem os outros dois herdeiros também em vice-presidências.

Que serviços a Agemed oferece e como está no mercado?

Pedro Assis - A Agemed é uma operadora que em poucos meses será a maior de Santa Catarina em número de beneficiários. Hoje estamos com 180 mil pessoas, somente atrás da Unimed Grande Florianópolis , com cerca de 190 vidas. Oferecemos plano de saúde somente para empresas. Hoje temos grandes companhias em nossa carteira, como a Tupy , Docol , Kavo do Brasil , Angeloni e Centrosul .

Como entrou no segmento de planos de saúde?

Pedro Assis - Em 1992 eu era assessor da diretoria de Recursos Humanos da Tigre . Na época, a empresa tinha um ambulatório para atender colaboradores e o presidente da empresa, Cao Hansen , decidiu em 1992 criar um plano de saúde que oferecesse consultas, atendimento ambulatorial, exames e internações hospitalares. Fui incumbido de buscar alguém no mercado que oferecesse esse modelo. Tinha o Bradesco e a Unimed. Considerando os valores cobrados elevados e decidimos ter um plano próprio, com autogestão. Desenhamos o produto, teve sucesso, reduziu preços. Em 1995, eu saí da Tigre e comprei essa empresa. Em 1998, eu fundei uma empresa especializada em planos de saúde, a Agemed. Focamos as pequenas empresas, conseguimos deslanchar e formar uma base boa.

Por que as grandes empresas também estão contratando o plano de vocês?

Soraia Assis - Como atendíamos empresas exigentes no início, passamos a prestar serviços às pequenas da mesma forma. Oferecemos planos diferentes, de menor custo.

Acompanhe as publicações de Estela Benetti

Quem são os sócios e quanto estão crescendo?

Pedro Assis - Somos uma empresa totalmente familiar. Temos 22 agências em Santa Catarina, duas no Rio Grande do Sul , em Porto Alegre e Canoas , e uma em Cuiabá .  Nossa previsão para este ano é chegar a faturamento próximo de 400 milhões. Ano passado vamos fechar com quase R$ 250 milhões/ano. Vamos crescer cerca de 60% este ano. Esse salto foi possível porque entraram grandes contas. Enquanto o mercado brasileiro está decrescendo 2% e em SC, há queda de 4%, nós estamos crescendo.

Qual e a razão do sucesso da companhia?

Soraia  Assis - A gente tem planos diferentes e 300 corretores próprios. Isso é um diferencial.

Como é o projeto do hospital da Agemed?

Pedro Assis - Vamos construir um hospital de alta complexidade no início do bairro Boa Vista, em Joinville. Esperamos inaugurar em 2019 ou 2020. Terá bela arquitetura.

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Unimed de Itaipava fica sem pronto-atendimento

DIÁRIO DE PETRÓPOLIS Matéria 25/06/2016 00:16:00

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Unimed de Itaipava fica sem pronto-atendimento

Eric Andriolo

A Unidade de Atendimento de Itaipava não será mais o local de atendimento dos clientes da Unimed Petrópolis, que está de mudança para novo endereço. O novo local não terá pronto-atendimento, apenas ambulatório. Será na Clínica do Dr. José Veríssimo, localizada na Rua Maria Joaquina Fêlix de Almeida, número 100 (rua transversal a Estrada União e Indústria, próxima à Igreja Adventista).

O endereço funcionará a partir do dia 04 de julho. Segundo a assessoria de imprensa do convênio, a decisão foi tomada porque "a característica de atendimentos na região é ambulatorial" e o número de pessoas que buscavam o pronto-atendimento seria baixo. Os agendamentos das consultas estão sendo realizados através do telefone 2222-4117.

Direitos do consumidor

A Unimed disse que cumprirá a resolução 365 da ANS (RN nº 365/2014). A determinação diz que os pacientes devem ser avisados com 30 dias de antecedência caso o profissional de saúde e seja substituído, e que essa substituição só pode ocorrer com outro profissional equivalente.

 
       
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Campanha da Unimed valoriza saúde

DIÁRIO DO NORDESTE - ON LINE - CE Matéria 27/06/2016

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A nova ação da Unimed Fortaleza convida os habitantes da capital cearense a deixarem o sedentarismo de lado de uma maneira divertida e saudável. Uma área ao livre de mais de 400m² foi inaugurada em 18 de junho no Aterro da Praia de Iracema, aberta a quem quiser realizar um pouco de atividade física sem gastos extra. O Espaço Unimed Ativa, como foi batizado, oferece mais de 70 itens para a prática esportiva. Dentre eles estão rede de vôlei de praia, skate, patins, frescobol, patinete, bola de futebol, equipamentos de segurança e acessórios necessários à prática de stand-up paddle, beach tênis, frisbee e slack line.

Como empresa que promove saúde, queremos criar benefícios que motivem a prevenção por meio de ações que sejam possíveis não apenas para o nosso cliente, mas que alcancem a cidade. É uma atitude ousada, não temos referência de nenhuma outra empresa com uma ação gratuita similar a essa. Mas a escolhemos por compreendermos que ela é poderosa para motivar as pessoas a terem uma vida mais saudável , explica o presidente da Unimed, João Borges. A aposta na estratégia, criada em conjunto com a agência Acesso Comunicação, é tão grande que o Espaço estará disponível até 31 de agosto.

Para todos

Segundo o diretor Comercial da Unimed Fortaleza, Elias Leite, o Espaço Unimed Ativa é uma opção para mostrar às pessoas que é possível cuidar da saúde e se divertir ao mesmo tempo. Queremos ver nossa cidade cada vez mais ativa e engajada rumo à saúde. Essa é uma ação que propõe uma ideia motivadora e incentiva a prática de atividade física atrelada ao lazer , acrescenta. Por isso a área é aberta à população. Clientes da Unimed podem utilizar os equipamentos durante todo o dia, enquanto não clientes têm 1h por dia para desfrutar do espaço. Basta levar um documentação de identificação com foto e assinar o termo de responsabilidade. A área está disponível de terça a sexta-feira, das 16h às 21h, e aos sábados e domingos, das 9h às 21h.

 
       
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Fraude em compra de remédios lesou Petrobrás em R$ 6 milhões mensais

ESTADÃO - ON LINE Matéria 26/06/2016 23:53:00

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RIO - O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga um esquema de compra irregular de medicamentos por funcionários da Petrobrás que lesou a empresa em cerca de R$ 6 milhões por mês. A denúncia foi divulgada neste domingo, 26, pelo programa "Fantástico", da TV Globo. A fraude é no programa de compra de remédios, um benefício que era concedido a 300 mil pessoas, o que representava um gasto de R$ 20 milhões para a estatal. Destes, o TCU calcula que 30% fossem dispendidos indevidamente.

A compra só pode ser feita em farmácias credenciadas, pelo próprio beneficiário, mediante receita em seu nome e apresentação do cartão do plano de saúde da empresa. A fraude incluía compra de remédio para próstata por mulheres, de estimulação à produção de leite materno por homens e até remédios para cachorros.

Foram identificadas mais de 13 mil receitas irregulares em apenas seis meses. Entre elas, receitas sem o nome do médico e com outras informações deixadas em branco.

Um dos casos é de uma aposentada de Salvador em cujo nome foram feitas compras em farmácias de nove cidades diferentes de quatro estados no mesmo dia. Outro é de uma beneficiária de Curitiba que adquiriu remédios veterinários - ela alegou à reportagem que o cão (doente) "também é da família".

O programa tem 10 anos e foi suspenso pela Petrobrás em setembro de 2015, por determinação do TCU, em razão dos desvios. Ao "Fantástico", a Petrobrás informou que os funcionários que cometeram irregularidades podem perder seus cargos e serem obrigados a ressarcir a empresa dos valores que gastaram indevidamente.

O TCU vai julgar se o programa deve ser encerrado de vez. Por ora, os beneficiários estão comprando remédios com o próprio dinheiro para, futuramente, pedir ressarcimento da Petrobrás.

 
       
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Atraso nos repasses e crise deixam saúde pública à beira do colapso no interior de Minas

ESTADO DE MINAS - ON LINE GERAIS Matéria 26/06/2016 06:00:00

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Cortes orçamentários, serviços não habilitados por falta de verbas e atrasos na liberação de recursos por parte do governo do estado e da União estão levando prefeituras a um passo do colapso no atendimento de saúde. Com pelo menos R$ 1 bilhão do governo de Minas em atraso, os municípios mineiros enfrentam dificuldades para pagamento de médicos, fornecedores e prestadores de serviços. Estão demitindo para enxugar o quadro de funcionários e reduzir gastos com folha de pessoal. Também suspenderam cirurgias, exames e consultas eletivas e até paralisaram programas e atendimentos para manter funcionando a urgência e emergência. Os cortes, cujos resultados vêm sendo monitorados quase que diariamente, são um esforço das cidades para equilibrar as contas, já que muitas prefeituras alegam gastar, atualmente, quase o dobro do valor que devem aplicar obrigatoriamente em saúde, que é 15% de sua receita. Para isso, outras áreas da administração municipal estão sendo sacrificadas.

"Se esse fluxo não for reestabelecido a curtíssimo prazo, a saúde vai entrar em colapso. Os municípios, já em crise, estão tendo ainda que suprir a falta de repasses do estado e do governo federal para que o atendimento se mantenha. Está ficando impossível", afirma o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Antônio Andrada, prefeito de Barbacena. Na cidade da Região Central de Minas, considerada um polo regional, a saúde já começa a sentir a pressão de municípios vizinhos, como Ressaquinha, Ibertioga, Carandaí e Bias Fortes que, segundo Antônio, suspenderam serviços. "Já atendíamos procedimentos de alta complexidade. Mas, agora, pacientes dessas cidades estão vindo procurar serviços medianos", contou o prefeito que já planeja corte de serviços e de pessoal se o quadro se mantiver.

Em outras cidades a situação é ainda pior. Municípios enfrentam um desarranjo total nas contas e já não conseguem atender toda a demanda. Com o orçamento no vermelho, Francisco Sá, no Norte de Minas, acumula uma fila de 700 pedidos médicos de ultrassom; mais de 120 de ressonância magnética e tomografias e 300 consultas de ortopedia em espera. "Estamos devendo prestadores de serviço e fornecedores. Só estamos fazendo esses procedimentos de emergência", afirma o prefeito Denilson Silveira.

Seis meses de espera

Com a demanda reprimida, o prazo médio para o paciente aguardar pelos procedimentos chega a até seis meses. "É o tempo que o estado deixou de fazer os repasses", afirma. Ainda segundo o chefe do executivo municipal, cirurgias eletivas, a exemplo das de otorrino e de vesícula, sofreram corte de 40% na cidade. Entre as verbas em atraso, Denilson citou os recursos do programa Saúde em Casa no valor de R$ 600 mil, do governo estadual. "Não recebemos no ano passado inteiro nem neste ano", informou. Ele disse ainda que há repasses do governo federal em atraso. "Tem faltado insumos básicos para trabalhar, como luva e soro", conta.

Outro agravante na já crítica situação da saúde é a onda de demissões em vários setores da economia. Gestores da saúde afirmam que, com a perda dos empregos, cada vez mais pessoas têm procurado o Sistema Único de Saúde (SUS), por terem ficado sem plano de saúde. "Essa situação está ficando insustentável. Somos referência para a micro e para a macrorregião de Juiz de Fora. A saúde precisa ser planejada para 1,6 milhão de pessoas, mas estamos com recursos atrasados e outros sendo parcelados", afirma a secretária de saúde de Juiz de Fora, Elizabeth Jucá. Segundo ela, o hospital municipal da cidade não pode ser credenciado junto ao governo federal por indisponibilidade financeira da União.

Também presidente da Associação de Municípios do Médio São Francisco, Denilson Silveira explica que o efeito tem sido em cascata. "Temos um hospital municipal que já não consegue mais atender como antes. Para piorar, ele vem sendo mais procurado pela população de cidades no entorno", afirma. Segundo Silveira, a mesma situação ocorre em Montes Claros. A cidade, que atende média e alta complexidade da macrorregião, está sobrecarregada.

Em Pará de Minas, no Centro-Oeste do estado, a falta de recursos impede melhorias e aumenta o gargalo do atendimento à saúde. Com uma queda de 22% na arrecadação, segundo o secretário de Saúde do município, Cleber de Faria Silva, a cidade enfrenta dificuldade para oferecer assistência médica à população. Na quinta-feira, a reportagem do Estado de Minas flagrou duas pacientes nesta situação no pronto atendimento da cidade. A aposentada Conceição Pereira Duarte, de 80 anos, já estava há seis dias na unidade, quando o recomendável é no máximo 24 horas. "Aqui é um pronto atendimento e estão fazendo serviço de hospital. Em Pará de Minas não temos nem neurologista. Tivemos que pagar por uma tomografia particular em Itaúna e contamos com um especialista de lá para nos ajudar", disse a sobrinha da paciente, Dalva Maria Barbosa, 41 anos, técnica em enfermagem.

 
       
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Número de partos por cesárea cresce 40% e consolida domínio da prática

FOLHA - ON LINE COTIDIANO Matéria 25/06/2016 02:00:00

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Ao mesmo tempo em que há uma leve queda no número de nascimentos, a quantidade de partos por cesariana no Brasil aumentou mais de 40% em uma década e meia. Nesse período, a predominância do parto normal foi desfeita: se no ano 2000 as cesáreas representavam 38% dos nascimentos, os dados recentes mais completos indicavam uma taxa de 57%.

As estatísticas, que fazem parte do Sistema Nacional de Informações sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, mostram como esse procedimento cirúrgico, indicado para partos de alto risco, ganhou espaço mesmo em casos sem indicação médica e se consolidou como líder no país nos últimos seis anos.

O alto crescimento de cesáreas tem levado governo e entidades profissionais do setor a tomarem medidas para diminuir os riscos aos bebês.

AVANÇO DAS CESÁREAS - Nos últimos 15 anos, opção se tornou mais comum

O CFM (Conselho Federal de Medicina) lançou nesta semana uma resolução que define que gestantes têm direito de optar pela cirurgia, mas veta que ela ocorra com menos de 39 semanas de gestação -antes desse período, avalia que os bebês ainda não estão totalmente maduros. As cesáreas foram responsáveis em 2014 pela chegada de 1,7 milhão de bebês -contra 1,2 milhão em 2000.

Dados preliminares do ano passado, obtidos pela Folha , já mostram ao menos 1,6 milhão de cesarianas. Apesar de mais baixo que no ano anterior, a quantidade ainda pode crescer assim que todos os dados forem contabilizados.

MÚLTIPLOS FATORES

Há mais de 30 anos que os números [de cesáreas] vêm aumentando , diz Eduardo Cordioli, da Sogesp (associação de obstetras de SP). É um problema crônico que está chegando a um limite insuportável para o sistema.

Ele e outros especialistas ouvidos pela Folha apontam alguns dos motivos para o crescimento: medo de sentir dor no parto normal, falta de leitos nas maternidades e de profissionais, baixa remuneração dos médicos e falta de informação às gestantes.

A lista vai além. Os médicos passaram a organizar a agenda em função de fazer partos cesáreas, os hospitais deixaram de ter lugar para parto normal e ampliaram a UTI neonatal, e as mulheres passaram a entender o parto cirúrgico como uma tecnologia. Vários mitos foram criados , diz Martha Oliveira, diretora da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Ela lembra que a situação é mais grave nos planos de saúde -chega a 84,6%. Em 2015, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendou a adoção de um sistema universal de classificação da taxa de cesáreas. Com base nessa classificação, o ministério estima que a taxa de referência para o Brasil seria entre 25% e 30%.

Nascimentos por semana de gestação (2014) - Em %

No ano passado, a ANS lançou medidas que vetavam a cesárea agendada. Após críticas, voltou a liberar a possibilidade, desde que a gestante assine um termo de consentimento. Agora, a ideia é investir em parcerias com hospitais para reorganização do modelo de atendimento.

A mudança no modelo é defendida por Ana Cristina Duarte, do Grupo Maternidade Ativa. Se não houver medidas, a tendência sempre vai ser fazer o que dá mais dinheiro e gasta menos tempo , diz ela, que prega a maior participação de enfermeiros obstétricos em partos de baixo risco.

Apesar de também defender uma reorganização do modelo de assistência, Olímpio Moraes Filho, membro da câmara técnica de ginecologia e obstetrícia do CFM, diz que é preciso valorizar o direito da mulher de escolher. A melhor via de parto é a vaginal. Mas não podemos obrigá-la a fazer. Se forçar um parto normal em uma mulher que não deseja, há grandes chances de ele complicar.

 
       
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Cooperativistas fazem mutirão no Centro Olímpico da Vila Nasser

FOLHA DE DOURADOS Matéria 25/06/2016

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Neste sábado, dia 25, voluntários do Sistema OCB/MS e de cinco cooperativas da Capital: Unimed Campo Grande, Uniodonto Campo Grande, Sicredi União MS/TO, Sicredi Campo Grande e Conacentro, irão fazer um mutirão para pequenos reparos e pintura da fachada do Centro Olímpico.

Essa ação faz parte do Dia C- Dia de Cooperar, maior rede cooperativista de voluntariado do país. A grande celebração dessa rede será no primeiro sábado de julho (2/7), quando os cooperativistas se reúnem no Centro Olímpico Vila Nasser, em Campo Grande, para oferecer orientações em saúde e atividades educativas para a comunidade.

Este ano, 28 cooperativas participam do Dia C, desenvolvendo projetos de responsabilidade social, por meio de mais de 1800 voluntários. As ações chegam a 11 municípios do estado e a expectativa é beneficiar mais de 30 mil pessoas. As cooperativas realizam arrecadação de donativos, campanhas educativas e ações em benefício de instituições filantrópicas.

Para o presidente do Sistema OCB/MS, Celso Régis, o papel das cooperativas mostra-se fundamental na redução da desigualdade porque oferece às pessoas uma forma digna e sustentável de ganhar a vida e promover a paz. Partindo da premissa que o Dia C visa transformar a realidade das comunidades, os cooperados estão cada vez mais engajados com boas práticas de sustentabilidade, respeito às pessoas e engajamento no voluntariado , afirma.

TODO DIA É DIA DE COOPERAR

O Dia de Cooperar, também conhecido com Dia C, nasceu em 2009, em Minas Gerais, e logo ganhou a adesão de cooperativas de todo o país. Com o apoio do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e de suas Unidades Estaduais, o Dia C é um programa de responsabilidade social, promovido pelas cooperativas brasileiras por meio do voluntariado. A grande novidade este ano é que as cooperativas passam a contribuir para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), nova agenda da ONU para acabar com toda forma de tirania, desigualdade e destruição ambiental (saiba mais: nacoesunidas.org). Em todo o país, são mais de 1200 cooperativas mobilizadas nesta grande corrente do bem. Somente em 2015, o Dia C já beneficiou mais de 2,5 milhões de pessoas com projetos que trazem uma verdadeira transformação social para as comunidades.

Esse mutirão é mais uma ação dessa grande rede cooperativistas de voluntariado que mobiliza as pessoas pelo país.

 
       
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Projeto oferece serviços gratuitos de saúde no fim de semana em Manaus

G1 - AMAZONAS AMAZONAS Matéria 25/06/2016 09:31:00

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Acadêmicos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que integram o Programa UEA Cidadã , realizam duas ações gratuitas de prevenção e promoção à saúde neste fim de semana.

No sábado (25), a ação ocorrerá, das 8h às 12h, na comunidade Novo Amanhecer, BR 174, km 21, na Estrada da Cooperativa Ramal.

Domingo (26), a atividade ocorre no mesmo horário, na Comunidade de Petrópolis, Rua Maria Mansor no bairro Petrópolis, Zona Sul da capital.
Serão realizadas diversas atividades, entre elas, aferição de pressão arterial, glicemia, levantamento do índice de massa corporal e aplicação de flúor, orientações sobre a prevenção de diabetes e hipertensão, além de atividades lúdicas.

 
       
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Diagnóstico precoce para artrite reumatoide ainda é desafio no Brasil

JB - ON LINE - RJ CIÊNCIA E TECNOLOGIA Matéria 25/06/2016 01:07:00

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Receber aos 39 anos de idade, no auge da vida produtiva, o diagnóstico de uma doença crônica e progressiva, com alto potencial incapacitante, provoca um impacto profundo na vida dos pacientes. Essa é a idade média em que os brasileiros com artrite reumatoide têm sua enfermidade identificada, derrubando o mito de que a doença estaria relacionada unicamente aos idosos, conforme indica uma pesquisa com mais de 3 mil pacientes realizada pelo Instituto Nielsen no Brasil e em outros 12 países, a pedido da Pfizer.

Embora não exista cura para a artrite reumatoide, é possível manter a doença sob controle e evitar danos irreversíveis nas articulações se a doença for identificada em seus estágios iniciais, de modo que o paciente possa receber a medicação mais adequada. No Brasil, contudo, esse processo pode levar muitos anos, em um percurso que obriga o paciente a passar por vários médicos antes de obter uma resposta.

Por isso, é essencial alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, assunto que está entre os destaques da XXIII Jornada Cone Sul de Reumatologia. O evento, que será realizado entre hoje e domingo (dias 23 e 26), em Foz do Iguaçu (PR), também abordará os avanços e as novidades no tratamento. "Quanto mais cedo a artrite reumatoide for diagnosticada, mais rapidamente o paciente poderá ser tratado, levando à diminuição da atividade da doença e proporcionando alívio da dor e melhora da qualidade de vida", diz a reumatologista Rina Giorgi, diretora do Serviço de Reumatologia do Hospital do Servidor Público Estadual e integrante da Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia. LimitaçõesEstima-se que a artrite reumatoide afete 2 milhões de pessoas no Brasil, o equivalente à população de uma cidade como Belo Horizonte (MG).

Trata-se de uma doença crônica e inflamatória, que compromete as articulações e pode causar rigidez, deformidade articular e desgaste ósseo, incapacitando os pacientes até mesmo para executar tarefas cotidianas, como escovar os dentes. Normalmente, a artrite reumatoide atinge inicialmente as articulações das mãos e dos punhos, nos dois lados do corpo, mas a evolução do quadro pode causar deformidades e desvios maiores, alcançando as articulações mais centrais ¬- como cotovelos, ombros, tornozelos, joelhos e quadris. Há, ainda, o risco de alterações na estrutura das articulações, com comprometimento dos ossos, cartilagens, tendões, ligamentos e músculos. Na pesquisa do Instituto Nielsen, o impacto das limitações físicas advindas com a doença é um elemento de destaque.

A maioria dos brasileiros entrevistados (59%) afirma que teve de parar de desempenhar algumas atividades a partir do surgimento dos sintomas - ante 47% da média global. Fragilizados e temerosos de sofrer quedas, os pacientes relatam ainda que preferem realizar ações rotineiras na companhia de outras pessoas. No Brasil, apenas 43% dos pacientes ouvidos disseram que conseguem executar seus afazeres sem a ajuda de ninguém.

Vida profissional

Como o diagnóstico da artrite reumatoide ocorre principalmente em adultos jovens, no auge da vida produtiva, muito frequentemente o paciente passa por perdas profissionais importantes, como a necessidade de reduzir o número de horas trabalhadas e a aposentadoria precoce. Em relação às atividades laborais, as doenças reumáticas ocupam o 2º lugar entre as causas de afastamento do trabalho no País, de acordo com o Ministério da Previdência Social. Por isso, o impacto econômico relacionado à doença é importante tanto para a União como para o orçamento das famílias. Na pesquisa da Nielsen, 35% dos 324 brasileiros ouvidos disseram que a doença abalou sua vida profissional, obrigando 14% deles a se aposentar. Outros 17% pediram demissão, uma taxa superior à média global dos países envolvidos na pesquisa, que foi de 10%. Além disso, 16% tiveram de trocar de trabalho, porcentual também superior à média geral dos países, de 10%. A maioria dos pacientes (55%) reclama do estigma decorrente da doença, o que também acaba interferindo na vida profissional. Isso porque, segundo a pesquisa, o medo de sofrer discriminação desestimulou 19% dos entrevistados a procurar emprego. Outros 22% não buscam apoio emocional na família e 17% evitam se socializar com parentes e amigos.

A pesquisa

O levantamento do Instituto Nielsen integra uma iniciativa internacional, chamada RA NarRAtive (Rheumatoid Arthritis), desenvolvida pela Pfizer em parceria com um painel global de médicos e organizações de pacientes. "O objetivo desse projeto é identificar as dificuldades dos pacientes e conhecer melhor os impactos da doença na vida dessas pessoas", afirma a líder médica da Unidade de Negócios de Produtos Inovadores da Pfizer, Marjori Dulcine. No total, foram ouvidas 3.649 pessoas, entre setembro de 2014 e janeiro de 2015. Além do Brasil, a pesquisa engloba Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália, França, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Turquia e Argentina. No País, 20% dos pacientes ouvidos relataram ter artrite reumatoide grave. O público feminino representou 67% dos entrevistados, dos quais 37% tinham entre 18 e 44 anos; 32% tinham entre 45 e 54 anos, 21% tinham entre 55 e 64 anos e 11% tinham 65 anos ou mais. Do universo pesquisado no Brasil, 67% de pessoas eram casadas ou viviam em união estável, 18% eram solteiros, 13% estavam separados ou divorciados e 4%, viúvos.

Comorbidades

A presença de comorbidades é comum no paciente com artrite reumatoide. Na pesquisa, 26% dos brasileiros disseram ter outra doença inflamatória, 22% apresentavam distúrbios cardíacos e outros 22% eram diabéticos. Além disso, a enfermidade levou 44% dos brasileiros a desenvolver ansiedade e outros 33% a sofrer de depressão. Assim, só 43% do público pesquisado tem um estado de saúde considerado excelente ou bom. Tendo em vista a complexidade da doença, quase todos os pacientes do Brasil (95%) dizem ter alguma preocupação ligada à artrite reumatoide, principalmente quanto ao impacto sobre a qualidade de vida e à extensão dos danos provocados nas articulações.

Tratamento

Os especialistas mais procurados pelos pacientes com artrite reumatoide no País são os reumatologistas (66%), seguidos dos ortopedistas (48%). São nesses profissionais que 64% dos brasileiros confiam para saber mais sobre o tratamento e receber conselhos. Outras fontes de informação são a internet (46%), o noticiário (43%), os amigos e familiares (42%) e os portadores da doença (32%). Uma queixa comum entre 60% dos pacientes entrevistados é a burocracia necessária para receber os medicamentos - porcentagem que é de 41% na média global. Eles reclamam que o preenchimento da documentação toma mais tempo da consulta do que a própria conversa sobre o tratamento. De acordo com a pesquisa, a média anual de consultas médicas no Brasil é de 8,2 por paciente. Contudo, mais de 70% deles gostariam que esse número fosse ampliado. Os principais entraves para a marcação mais frequente de consultas são problemas na agenda dos médicos (57%), falta de cobertura do plano de saúde (34%) e o fato de o paciente morar longe do consultório (20%). Para se tratar, 64% dos portadores de artrite reumatoide usam algum tipo de medicação, 60% praticam exercícios físicos e 49% seguem uma dieta específica. Metade dos entrevistados toma um medicamento modificador do curso da doença reumática (DMARD), que controla o processo inflamatório característico da artrite reumatoide. Quase 60% dos pacientes definem o tratamento como bem-sucedido quando o inchaço e a inflamação nas articulações diminuem, mas 67% deles desejam dispor de mais opções de medicamentos. Além disso, sete em cada dez gostariam de mudar algo nos remédios existentes. As principais alterações desejadas se referem à eficácia no alívio dos sintomas (29%), ao número de eventos adversos (24%) e à frequência para tomar o medicamento (25%).

 
       
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Unimed Uberaba completa 45 anos renovando o compromisso com a saúde

JORNAL DE UBERABA - ON LINE - MG GERAL Matéria 26/06/2016

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Divulgação

Qualidade, profissionalismo, transparência, comunicação e eficiência são pilares que edificam os resultados que colocam a Unimed Uberaba entre as melhores operadoras de planos de saúde do Brasil.

A Cooperativa é referência em boas práticas e atua com responsabilidade socioambiental. O aniversário marca o pioneirismo e a inovação dos médicos uberabenses ao se dedicarem à produção de novos produtos, processos e serviços que buscam ampliar a qualidade de vida dos clientes e valorizar o trabalho do cooperado. O complexo de saúde da Unimed Uberaba é formado por clínicas médicas, farmácia própria e uma gama de serviços para a saúde integral com especialistas que atuam em projetos de medicina preventiva, promoção da saúde e atendimentos domiciliares.

A Unimed Uberaba é certificada por normas internacionais, como ISO, recebeu uma das notas máximas da Agência Nacional de Saúde Suplementar pelos diferenciais de gestão, é autenticada com selos que comprovam os diferenciais de administração. A Cooperativa é presidida pelo médico especialista Vítor Guilherme Maluf Curi. Tem na Diretoria Executiva, também, os médicos Gustavo Roberto Carvalho Tiveron, Luciano Luzes Borges, Sônia Regina da Silva, Wilson Adriano Abrão Borges. Fazem parte, ainda, da administração direta, os conselheiros que atuam em favor da valorização cooperativista.

Qualidade, profissionalismo, transparência, comunicação e eficiência são pilares que edificam os resultados que colocam a Unimed Uberaba entre as melhores operadoras de planos de saúde do Brasil.

A celebração dos 45 anos é um marco para Uberaba. A Cooperativa é uma empresa sólida, que apresenta resultados progressistas. Torna-se destaque nesse cenário mercadológico de desafios econômicos e para a prática das políticas de saúde. Os cooperados são valorizados com a inovação dos modelos de gestão e referenciados pelo importante trabalho que desenvolvem, salvando vidas e edificando novos patamares de soluções diante de tantos obstáculos, como o desemprego, as desestruturas sociais, os crescentes custos da saúde suplementar e os hábitos e rotinas da nova Era.

 
       
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Unimed Uberaba investe em projetos sociais e promove a saúde entre os uberabenses

JORNAL DE UBERABA - ON LINE - MG GERAL Matéria 26/06/2016

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A Unimed Uberaba investe na Adefu, com a Bocha adaptada. A modalidade de esporte para deficientes físicos busca a inserção social por meio do esporte. Ao todo são atendidos 40 atletas, sendo que alguns são destaques nas competições nacionais e internacionais. Vitória que é sinônimo de melhoria da qualidade de vida, mais saúde e sucesso. A parceria com a Duratex atende jovens da comunidade, oferecendo saúde.  A prevenção de drogas, feita com os filhos de dependentes em regime de internação na Comunidade Nova Jerusalém, é outro destaque. Campanhas de agasalhos, Natal, e até de doação de cabelos já foram referenciadas a partir de ideias desenvolvidas pela Cooperativa para atender públicos em necessidades especiais. A Unimed Uberaba arrecadou lacres de latas de alumínio, que foram vendidos e o dinheiro revertido para a compra de cadeira de rodas. O programa Unimed Vida desenvolve projetos de educação para a saúde com crianças e adolescentes, contribuindo para a formação de adultos com estilos de vida mais saudáveis. A Unimed Uberaba tem, ainda, um inventário de emissões de gases de efeito estufa, e para contribuir com a mudança e a melhoria ambiental desenvolve o replantio de árvores em bairros com planos de evolução ecológica.

No Departamento de Medicina Preventiva os atendimentos iniciam com o Programa de Planejamento Familiar. Posteriormente, as novas famílias podem dispor dos melhores ensinamentos na programação para o "Casal Gestante". O projeto acompanha a gravidez até o parto, proporcionando o encaminhamento para o Programa de Incentivo e Apoio ao Aleitamento Materno e de Vacinação. Desde o casamento até o desenvolvimento dos filhos, a Unimed Uberaba se faz presente. Continuando a zelar pelo crescimento saudável, a Unimed Uberaba acompanha de perto, com uma equipe multidisciplinar, filhos e pais. Eles desfrutam do Projeto "Infância Saudável". Nesse grupo, adultos e crianças recebem as melhores informações sobre nutrição, atividade física e o desenvolvimento para o bem viver. O Programa "Quero Mais Saúde" foi criado pelo Departamento de Medicina Preventiva da Unimed Uberaba. O projeto oferece uma série de iniciativas para a terceira idade, aos colaboradores da Cooperativa, por meio de várias ações educativas, e é extensivo aos clientes empresariais que dispõem de diversificadas parcerias para investir na saúde de funcionários, promovendo a prevenção.

A Unimed Uberaba faz parte de um sistema criado e administrado por médicos, desde 1967, que valoriza a ética, a medicina humanizada e a responsabilidade social. 110 mil médicos são cooperados. 84% do território nacional têm cobertura. 20 milhões de clientes e 73 mil empresas escolheram Unimed. A rede nacional tem 3.078 hospitais, dos quais 107 são hospitais próprios, 11 são hospitais-dia e 2.960 são hospitais credenciados. Diversas menções têm sido feitas pelos serviços prestados. Por vinte e dois anos consecutivos a Unimed é a marca Top of Mind em Planos de Saúde. Outro destaque é o Prêmio Plano de Saúde em que os brasileiros mais confiam, recebido pela décima terceira vez consecutiva, na Pesquisa Marcas de Confiança.  A Unimed é a maior experiência cooperativista de saúde do mundo.

 
       
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Parauapebas será a capital do Cooperativismo em julho

BLOG ZÉ DUDU Matéria 25/06/2016

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No próximo dia 2, o Dia de Cooperar mostrará voluntariado e cidadania para a população

O interesse pela comunidade tornou-se uma tendência em empresas engajadas no ideal de economia responsável, prática que as cooperativas já desempenham há anos. Prova disso é o Dia de Cooperar, a maior campanha de voluntariado do Brasil estimula a execução de projetos voltados para o bem-estar social das comunidades em que as cooperativas estão inseridas. Em 2016, Parauapebas foi o município escolhido para sediar a grande celebração do Dia C, que ocorre no dia 02 de julho da Praça de Evento de Parauapebas. Será uma grande ação de cidadania, cooperativismo e voluntariado em prol de beneficiar as pessoas com atendimentos médicos, emissão de documentos, serviços de beleza, arte, esporte, cultura e lazer. A expectativa é beneficiar cerca de 3 mil pessoas.

Nesta data, todos os estados brasileiros festejam simultaneamente o Dia Internacional do Cooperativismo com a realização do Dia de Cooperar.  Na área de Cidadania, haverá cadastramento e recadastramento do Bolsa Família e do Cadastro Único para Programas Sociais e emissão de carteira de idoso. Na área de saúde, a Unimed Sul do Pará e a Unimed Belém farão atendimentos médicos em várias especialidades. Haverá verificação de índice de Massa Corporal (IMC), de pressão arterial, teste de glicemia e HIV, vacinas contra Hepatite, Tétano e HPV. Já a cooperativa Uniodonto fará distribuição de kits de higiene bucal e palestras de orientação sobre o assunto.

Na área de beleza, haverá lavagem, hidratação e corte de cabelo, design de sobrancelha, esmalte para unhas e curso de maquiagem. Já na área das artes, a cooperativa Mulheres de Barro realizará oficinas de modelagem em biscuit, confecção de brinquedos artesanais, modelagem em argila e oficina de audiovisual. Grupos folclóricos de carimbo e de Hip-hop farão apresentações culturais. Ainda haverá aulas de dança. Para as crianças, será destinada uma área de recreação com diversos brinquedos. Para as mulheres, serão feitas oficinas de autoestima e ações de combate e prevenção à violência contra a mulher.  Na área de responsabilidade ambiental, as cooperativas Cooperturi e COEX farão orientação educacional sobre preservação do meio ambiente e distribuição de mudas de plantas.   "As pessoas precisam sentir o que é ser um voluntário, o prazer de fazer o bem e ver a felicidades, alegria a quem estamos voluntariando. Isso só quem serve voluntariamente sabe", destaca o coordenador estadual do Dia C, Diego Andrade.

O Dia de Cooperar (ou como também é conhecido Dia C) é uma campanha nacional de incentivo às cooperativas de implantarem projetos de voluntariado nas comunidades onde estão inseridas. É uma forma aplicação do 7º princípio do Cooperativismo, que trata sobre a interação com a comunidade. A celebração ocorre nacionalmente desde 2014. No Pará há dois anos, a capital do cooperativismo foi Santarém, com 1.500 pessoas beneficiadas diretamente e 12 mil no total durante o ano todo. Em 2015, esse total de beneficiados pulou para cerca de 20 mil pessoas, 3 mil só em Paragominas, sede do dia C no ano passado.

A grande novidade este ano é que as cooperativas passam a contribuir para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), nova agenda da ONU para acabar com toda forma de tirania, desigualdade e destruição ambiental (saiba mais: nacoesunidas.org ). Em todo o país, são mais de 1200 cooperativas mobilizadas nesta grande corrente do bem. Somente em 2015, o Dia C já beneficiou mais de 2,5 milhões de pessoas com projetos que trazem uma verdadeira transformação social para as comunidades. Segundo a Diretora Técnica da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Flávia Gomes, as pessoas poderão conhecer o que é o verdadeiro cooperativismo. "Tive a oportunidade de conhecer a campanha na 1ª edição. De lá para cá, o Dia C ficou mais forte e já se pode ver uma série de benefícios que a população ao descobrir o cooperativismo poderá vislumbrar como uma excelente opção econômica e social".

Durante este mês, outros 19 projetos de responsabilidade social serão realizados em todo o Estado, com a participação de mais de 500 voluntários. Participam do Dia C este ano: COOPTRANSP-TUR, Uniodonto, COOMPRO, Sicredi Norte MT/PA, COOPERNOVA, Sicredi Nordeste PA, Mulheres de Barro, Sicredi Carajás PA, Muiraquita COOP e CTECCH. A ação específica de Parauapebas conta com a parceria da Prefeitura Municipal e as secretarias de Cultura, Assistência Social e da Mulher. O instituto Embeleze, o Projeto Saúde e Movimento e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) também apoiam o Dia de Cooperar.

O cooperativismo é um segmento de mercado que, por meio da união de pessoas, consegue unir trabalho e capital a partir de 20 pessoas. No Pará, cerca de 120 mil pessoas fazem parte direta ou indiretamente do cooperativismo. "É uma grande oportunidade para que se conheça o cooperativismo e o trabalho das cooperativas. Suponha que se você tiver apenas R$ 100,00 para abrir um empreendimento de doces e salgados e se agrega a mais 19 pessoas com mais R$ 100,00 cada, ao final serão R$ 2 mil. Dá ou não dá para começar? Detalhe, a remuneração é proporcional à produtividade, ou seja, trabalhou - ganhou. E o melhor: todos são donos do negócio, em outras palavras, são sócios entre si, responsáveis pelos caminhos do empreendimento", explica o presidente do Sistema OCB-PA, Ernandes Raiol.

SERVIÇO: Dia de Cooperar será na Praça de Eventos de Parauapebas, Rua E, de 8h às 12h.

 
       
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